XXIII - Encontro com o desconhecido

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21 de Agosto de 2020.

Era uma noite de sexta feira, as cigarras já cantavam do lado de fora da casa de Carol. Judy bateu na porta do quarto, e Carol deixou ela entrar.

-Ah, graças a Deus você chegou. Estava com medo de ter que passar a sexta a noite sozinha! - Carol abriu a porta para Judy, que entrou no quarto sorrindo. Carol estava de cabelo preso assim como Judy, e usava um roupão de banho. Judy não pôde deixar de notar as unhas pintadas de rosa de Carol.

-Uau, amei suas novas unhas! Seus pais deixaram você pintar? - Judy pegou sua mão, analisando-a de perto.

-Como se eu precisasse de permissão! - Carol deu uma risadinha e fechou a porra atrás delas. Havia diversos livros escolares abertos, e Carol se acomodou na cama novamente - Ainda bem que veio, estou bem encrencada com essas matérias.

-Eu também estou precisando de alguém pra estudar comigo, então amei quando você me chamou. - Judy se deitou também - Aonde seus pais vão? Eles parecem bem arrumados...

-Vão a um restaurante chique comemorar os vinte anos de casados, e só chegam de madrugada. Temos a noite toda pra nós! - Carol bateu palminhas, e ambas se assustaram ao ouvirem o som de algo batendo na janela do quarto. Ao se virarem, viram que era apenas um pássaro tentando entrar. As duas suspiraram.

-Deus, que susto! - Judy riu.

-Deus, eu odeio pássaros desde que terminei com o Niall... - Carol sussurrou, no caso dos pais ouvirem a conversa. Ela suspirou, mexendo nas páginas.

-Ei, você nunca me contou o motivo do término de vocês dois. Deve ter sido algo horrível, você adorava os pássaros dele. - Judy se aproximou da mesma, falando baixinho.

-Ah, uma série de coisas. - Carol mexia na sua pulseira de flores em seu pulso - Mas ele sempre me deixava meio...desconfortável. Parecia até que estava obcecado por mim. - Carol revirou os olhos - Mas enfim, vamos estudar evolução.

-Obcecado como? Falando de você o tempo todo? - Judy riu - Meninos são tão típicos!

O canto direito da boca de Carol tremeu.

-É, algo do tipo... mas enfim, deixa pra lá. Eu já estou em outra. - Carol balançou a cabeça. Os cabelos dela pareciam bem hidratados e ondulados, presos com o grampo dela.

As duas ouviram uma batida na porta.

-Querida, estamos indo agora. - Era a voz do pai de Carol.

-Claro, pai.

-Não fiquem até tarde estudando. Judy, fique a vontade para dormir aqui se quiser.

-Claro, Sr. Candance!

Elas ouviram passos se distanciando. Em seguida, o barulho do motor do carro sendo ligado e depois ele dando partida. Judy já estava lendo o terceiro parágrafo do livro quando Carol se levantou do nada.

-Ai, graças a Deus aqueles palermas saíram! - Carol deu uma risada, tirando o roupão de banho. E para o choque de Judy, Carol estava usando um vestido tomara que caia bem justo, de cor vermelha. A bunda dela era bem empinada, coisa que Judy não notara tanto antes. O vestido devia custar cerca de 800 dólares para alugar. Carol pegou um colar de pérolas super chique e colocou ao redor do pescoço - Espero que não se incomode de te que estudar sozinha hoje, J.

-O... o quê?

Judy não estava processando direito. Ela viu Carol pegando duas botas pretas com salto, com bolinhas brancas, e os calçando. Ela soltou os grampos do cabelo e eles caíram em volta dos ombros, seus cachos impecáveis e os fios altamente hidratados.

O Mal Infiltrado (LIVRO 1) - Mistérios de GreenworshOnde histórias criam vida. Descubra agora