22 de Agosto de 2020.
Era uma tarde de sábado, e Carol tocava seu piano tranquilamente. Ela cantarolava a música "Will the circle be unbroken?", música que recém havia aprendido a tocar com uma nova amizade que fizera. Seus dedos passeavam pelas teclas do piano de forma suave, e seus cabelos estavam presos em um coque. Ela usava uma blusa regata rosa, e uma calça comprida. O canto dela misturado com o canto do piano ressoava pela casa.
Ela ouviu passos na escada.
-Carol?
Carol não respondeu. Seguiu a cantar.
"Será que o clico vai se quebrar?
De novo e de novo.
Há um lugar melhor esperando
Lá no céu, lá no céu".-Carol, onde está?
Ela soltou uma risadinha.
-No piano, é claro. Dã!
Ela ouviu os passos apressados da mãe. Ela mal teve tempo de processar tudo quando de repete sua mãe fechou a tampa do teclado no meio de sua cantoria. Por pouco, não atingiu os dedos de Carol, pois ela os tirou rapidamente.
-Mãe!
Ela olhou para sua mãe, que lhe deu um tapa na cara.
-POR QUÊ MINHA MAQUIAGEM ESTAVA NO SEU QUARTO?
Ela passou a mão onde sua mãe havia batido. Estava certa de que estava vermelho. Ela ainda estava assustada em como a mãe quase acertara seus dedos. Ela demorou para processar a pergunta.
-Sua... o quê?
-Minha maquiagem, Carol! Não se faça de imbecil!
Ela agarrou o rosto de Carol com a mão, apertando suas bochechas. Seus olhos frios esperavam uma resposta.
-Eu só estava experimentando, eu juro! Juro que não fui a lugar nenhum! - Ela tinha lágrimas em seus olhos. Seu coração batia acelerado, e ela tremia.
-Então por quê minha bolsa também estava no seu quarto? Hein? CAROL, VOCÊ ESTAVA SE COMPORTANDO COMO UMA VAGABUNDA POR AI?
-NÃO! EU SÓ... ESTAVA EXPERIMENTANDO! PARA VER COMO EU FICARIA EM FRENTE AO ESPELHO! NADA DEMAIS!
Ela soluçava. Sua mãe soltou o rosto dela, ainda a encarando seriamente.
-E os brincos? A chapinha que estava lá?
-Foi tudo teatro, eu juro! - ela acariciava seu rosto ainda dolorido, e fungou alto - Para onde eu iria?
-Acha que eu sou tão idiota? Não é a primeira vez que vejo você sumindo de repente, com o cabelo subitamente bem cuidado. Por um acaso você está namorando alguém? Saindo por ai? Carol, você sabe que filhas de Deus não se comportam assim!
-Claro que não! - guinchou ela - Eu sei que filhas de Deus devem obedecer os pais! Isso é tudo... - ela soltou um soluço alto - para eu ver como vai ser no futuro! Só isso! Só para eu experimentar, mamãe!
A mãe botou as mãos na cintura.
-Carol, nem eu mesma me arrumo assim. Deus, como você me estressa! - ela suspirou, revirando os olhos. Em seguida, apontou o dedo na cara dela - Essa foi a última vez que você fez isso! Entenda de uma vez! E repita: "Nunca mais vou me vestir como vadia". Anda, repete!
Ela ergueu a mão pronta para dar outro tapa caso a filha precisasse. Carol respirou fundo, mordendo o lábio.
-Eu nunca mais...vou me comportar como uma vadia. Eu prometo. - Ela limpou as lágrimas, ainda em estado de choque pela surpresa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Mal Infiltrado (LIVRO 1) - Mistérios de Greenworsh
Novela JuvenilAVISOS: Esta história contém cenas de morte. Já passou pela experiência de algo simplesmente sumir de repente? Como o celular que você jurou ter colocado em cima da mesa, de repente, puf!, sumiu? Mesmo sem explicação alguma? Bem, em Greenworsh isso...