29 de Agosto de 2020
-O QUE VOCÊ FEZ?
A música da festa de Aurora estava alta, e a lua estava em sua fase primeiro quarto no céu. A voz da cantora Bebe Re$ha inundava os ouvidos dos ali presente. A iluminação da festa estava bem atrás deles, a cerca de quatorze metros de onde estavam. Pessoas lá dentro dançavam tranquilamente, sem fazer ideia do que ali rolava.
-NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO! QUAL É O SEU PROBLEMA?
As árvores altas ao redor deles pareciam julgá-los. Charles chorava. Nicholas estava aflito. Barney andava de um lado para outro enquanto Abraham olhava na direção da festa, com medo de que alguém os flagrasse ali.
-PUTA MERDA, PUTA MERDA. - Charles fungou alto. A terra que era retirada do solo caia em seus sapatos. Montantes de terra, junto com minhoca e raizes eram criadas, sujando suas calças. Mas nenhum deles estava tão sujo quanto Elliott.
-Eu avisei que seria uma má ideia! - Barney gritou, seu corpo estremecido.
Elliott segurava uma pá, e com ela cavava um fundo buraco. Ele tinha a esperança de conseguir cavar o mais fundo que conseguisse. Seus olhos marejavam. Ele tremia. Seu cabelo loiro escuro estava sujo de terra, assim como seu terno vermelho sangue.
-QUAL A PORRA DO SEU PROBLEMA? - Elliott estava histérico. Encarava a pessoa à frente a ele. A pessoa estava parada, parecendo estar em choque, porém calma ao mesmo tempo. Tinha olhos de um surtado.
-Por favor. Sabe que eu não fiz nada de errado...
-VOCÊ É NOJENTO!
O buraco ficava cada vez mais profundo. O corpo estava na beirada. Logo logo estaria no fundo. Mas o buraco precisava ser profundo o suficiente. Elliott estava no fundo naquele exato momento.
-Não imaginei que ela fosse morrer durante... - Charles desatou a chorar de novo. A música alta vibrava forte em seus ouvidos de forma ensurdecedora.
Abraham olhou para os demais. Ele passou as mãos na cabeça, aparentando estar desesperado.
-E se descobrirem? E se formos presos por isso? Droga, Nicholas, eu disse que era uma ideia ridícula. Eu disse. Na festa da Aurora? Com toda essa gente? Você e essa sua mania de querer aparecer. Não acredito que fizemos isso. Não acredito que estamos verdadeiramente fazendo isso.
Ele não conseguia parar de falar. Talvez isso fosse acalmar os nervos agitados dele. Os braços de Elliott estavam cansados de cavar. Ele analisou o buraco. Ótima profundidade. Cerca de seis metros.
-Me ajudem a sair daqui. RÁPIDO! ME AJUDEM!
Ele estirou as mãos e os amigos o ajudaram a sair do buraco. A pessoa que observava o grupo pegou um cigarro de seu bolso, e o acendeu. O levou a boca e em seguida soprou a fumaça lentamente.
-Quanto draminha pra uma noite só, hein, Elliott? Pelo visto o garoto perfeito de Greenworsh não é tão perfeito assim. Bonito para a sua cara, e a dos seus amigos.
Elliott o olhou completamente enojado. Em seguida encarou o corpo. Sabia que precisava fazer isso logo. Ouviu umas vozes atrás deles, mas deduziu ser de pessoas conversando alto na festa.
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O Mal Infiltrado (LIVRO 1) - Mistérios de Greenworsh
JugendliteraturAVISOS: Esta história contém cenas de morte. Já passou pela experiência de algo simplesmente sumir de repente? Como o celular que você jurou ter colocado em cima da mesa, de repente, puf!, sumiu? Mesmo sem explicação alguma? Bem, em Greenworsh isso...