-Consegue ver alguém dai? - Perguntou Luke, comendo o Doritos que levara.
-Não. Só estou vendo um bando de gente dançando, se beijando, conversando, e.... Deus, eu queria estar nessa festa. - Resmungou Kate.
-Não se preocupe. Vamos fazer festas de dezesseis muito mais impressionantes. - Luke piscou pra ela - E a galinha da Lucy nem vai ousar pisar na nossa festa.
-É impressionante como Elliott se comporta naturalmente na festa, como se não tivesse nada a esconder. Talvez Lucy nem saiba o que ele e os amiguinhos dele andaram fazendo na floresta.
-A Lucy? - ele soltou uma risada - Ela é uma adorável coelhinha nas mãos dele, ele nem faz ideia de com quem se mete. Já diziam as más linguas: cuidado com quem você namora. Talve o serial killer esteja em cima de você na sua cama...
-Eca, Luke! - Kate fez uma careta, o encarando.
-O quê? Ah, me perdoa, mas você ainda vai ter que fazer isso, Kate.
-Nem tão cedo, cruzes! - Kate revirou os olhos, voltando a espionar a festa - Bem, agora que eu terminei com o Ross, não vou perder a virgindade tão cedo.
-Eu sinto muito, Kay. - Luke acariciou o seu braço - Eu sei o quanto você realmente estava gostando dele.
-É só que... o Ross foi a primeira pessoa que me colocou em primeiro lugar, sabe? - ela suspirou - A primeira pessoa que preferiu a mim do que a qualquer outra pessoa.
-Ah, para, a gente também sempre te coloca em primeiro lugar, Kate. Você é a N°1 para nós.
-Até parece. - ela soltou uma risada seca - Vocês na primeira oportunidade me trocaram por outros amigos, me largando sozinha. Ele foi o meu consolo quando eu não tinha mais vocês.
Luke engoliu em seco.
-Me perdoa, Kate. Eu só...não queria falar sobre o que tinha acontecido. Me perdoa. Mas você entende, não é?
Kate suspirou, olhando para ele.
-Eu entendo. Só...podia ter se aberto mais. Eu poderia ter te ajudado também com as suas questões.
-Bem, não há muito o que ajudar, eu só conversei com uma suposta Carol na floresta e ela quase me matou. Não há tanto o que dizer sobre isso. - Disse ele, espionando através do seu binóculo.
-Eu não tô falando da noite na floresta. - Ela franziu os lábios.
Eles se encararam por um longo momento. Kate sentia que o momento de falar sobre aquilo chegara, e agora que Aurora estava longe, ela não aguentaria mais esperar.
-Se relacionando com o professor? Luke, o que estava pensando?
-É justamente por isso que eu não contei! - ele bufou - Por que iria me julgar.
-Eu não estou julgando, eu só não entendi a sua lógica. Tudo bem pegar homens mais velhos, mas o professor casado com a tia da sua melhor amiga?
-Eu nem sabia que a Aurora e o Corm tinham qualquer relação, para começo de conversa. - Ele revirou os olhos.
-Corm? É assim que você chama ele? Deus, Luke...
-Não me julga! Tá vendo? É por isso que eu não quis contar. Eu não sou tão perfeito quanto você, Kate. Você é uma Morris. Tem uma família exemplar e notas exemplares, muito dinheiro, mães maravilhosas e casadas, e eu... - Luke suspirou, abaixando o binóculo - Sou um Albefort. Um menino abandonado pelo papai, que não tem tanto dinheiro assim, que explodiu o carro da mãe e se apaixonou perdidamente pelo professor. E que tentava esconder isso de todo mundo para não dar nada errado. Feliz agora em saber disso?
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Mal Infiltrado (LIVRO 1) - Mistérios de Greenworsh
Ficção AdolescenteAVISOS: Esta história contém cenas de morte. Já passou pela experiência de algo simplesmente sumir de repente? Como o celular que você jurou ter colocado em cima da mesa, de repente, puf!, sumiu? Mesmo sem explicação alguma? Bem, em Greenworsh isso...