Hope acordou com uma dor de cabeça horrível.
Horrível era um adjetivo até leve para isso. Se sentiu extremamente esquisita e um pouco enjoada. A luz do sol entrou pela janela, mas parecia estar do lado errado do seu rosto, como se o sol tivesse mudado de posição ao nascer, ou sua janela. Suas costas também doíam. Havia uma sensação estranha sob seu toque quando passou a mão na roupa de cama.
Hope abriu os olhos bruscamente, fechando-os de novo quando a claridade os machucaram. E então, quando decidiu abrir de novo, um desespero tomou conta dela.
Estava em um quarto estranho. Não era sua cama, nem seu quarto, muito menos sua casa. Olhou ao redor e tentou perceber se não era um sonho. Não. Hope estava sentindo tudo e tinha certeza de que estava acordada. Estava sozinha e tudo o que conseguiu pensar foi: o que aconteceu ontem à noite?
Flashes da festa surgiram na sua cabeça e ela viu o rosto de um homem desconhecido em sua mente. Sabia o nome dele, alguma coisa com G... ou com J... ela não se recordava agora.
Seria essa a casa dele? Eu vim aqui na noite de ontem? Hope começou a sentir um desespero ainda maior, pensando na possibilidade do pior dos cenários ter acontecido. Seu coração batia rápido demais quando pensou que poderia ter dormido com o homem. Hope era virgem. Se tivesse perdido a virgindade com um homem qualquer que nunca viu na vida, bêbada, ela nunca se perdoaria.
Reunindo toda a coragem que havia em si, ela lentamente ergueu o lençou sobre seu colo, constatando que ainda vestia uma calcinha e o vestido da noite anterior. Suspirou de alívio. Isso não era certificado de nada, mas teria tido um ataque se visse que lhe faltavam roupas.
Fazendo um esforço para não gemer de dor quando balançou a cabeça, Hope levantou da cama. Vasculhou o lugar pelo seu celular, e encontrou sua bolsa em cima de um criado-mudo velho de madeira. Constatou que seu celular, dentro da bolsa, estava totalmente descarregado. Ótimo.
A porta do quarto estava fechada e, se não fosse pela janela, podia jurar que o ambiente seria extremamente escuro, com suas paredes num tom de cinza.
Pegou a bolsa e agarrou em suas mãos. Respirou profundamente, tomando coragem de abrir a porta, que rangeu quando o fez, e saiu do quarto. Entrou em uma sala, que já era bem mais iluminada que o cômodo anterior. Tinha paredes mais claras, mas o revestimento de tinta estava descascando em alguns pontos. Um sofá com um couro escuro e desgastado e uma mesinha de madeira ao centro eram os únicos móveis, além de uma rack e a televisão, não muito grande, acima dessa. O espaço em si não era muito grande.
Hope estava perdida e por um instante cogitou sair do lugar às pressas, sem procurar por ninguém pelas explicações, pedir um Uber e ir para casa. Mas ela não tinha carga no celular, não fazia ideia de onde estava e precisava saber o que havia acontecido ontem.
Então ela viu uma sombra vindo à sua direita e não pôde evitar mas pular de susto.
- Merda! - ela praguejou baixinho, levando a mão ao coração. Sua cabeça latejou. Olhou o homem mais uma vez e quase deixou o susto tomar conta de sua pessoa.
O homem do bar.
Luke observou a garota com um pouco de divertimento nos olhos, o que conseguiu disfarçar bem. Segurava uma xícara de café nas mãos. Vestia apenas o que sempre lhe serviu pela manhã, uma calça larga de moletom e só. Seu cabelo estava bagunçado e vez ou outra tinha que jogar os fios para trás, para não atrapalhar sua visão.
- Bom dia. - Luke falou de forma monótona, bebericando seu café, assim que a menina se recompôs.
Hope piscou atônita, abraçando a bolsa contra seu peito.
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Bartender // l.h. au
FanficEra para ser apenas um encontro entre sua irmã e o namorado dela, mas Hope acabou esbarrando com o bartender. . . . (Atenção: linguagem explícita e violência).