Parte 15 🥂

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Evan estava sujando todo o banheiro de sangue , e eu ficava mas nervosa do que eu já estava por não conseguir fazer oque eu tentava fazer.

ㅡ Ele está morrendo porra ㅡ o garoto diz alto.

ㅡ Ainda não ㅡ digo tirando a blusa do Evan que continuava com seus olhos entre abertos , piscando apenas algumas vezes , me levantei jogando meus saltos pra longe e tirando meu casaco o entregando ao garoto , liguei o chuveiro me molhando junto a ele , que era pesado pra caramba , mas se apoiou na parede me ajudando a equilibrar , e seu sangue escorreu junto com a água , e fitei seus olhos próximo aos meus e sorri fraco.

ㅡ Não vai morrer ao meu lado , nem se atreva ㅡ digo e ele ri de canto fechando seus olhos , o banho foi rápido , apenas para limpar o sangue e fazer ele despertar.

Almofadas altas embaixo de sua cabeça e toalha morna sobre sua testa , o garoto me ajudava com o kit de primeiros socorros , na verdade com álcool e curativo que era as únicas coisas que achamos no banheiro , Evan apenas me olhava me deixando mas nervosa ainda com oque eu tentava fazer usando agulha fina e linha improvisada.

ㅡ Carrega agulha na bolsa ? ㅡ o garoto me pergunta.

ㅡ Quase fiquei pelada em uma festa ㅡdou de ombros ㅡ é sempre bom carregar agulha e linha. Nunca se sabe quando seu vestido vai te deixar na mão.

Ele ri e Evan também , mesmo com aquela cara de morto , e quando começo a custurar a ferida pequena vejo ele cobrir o rosto com a toalha que estava em sua testa , mas acho que por ele estar tão mal , ele quase não reclama. E termino aquilo colando de vez o curativo e indo até o telefone do motel.

ㅡ Recepção ㅡ a garota diz.

ㅡ Oque tem no cardápio ? ㅡ pergunto e quando ela começa a falar todos aqueles nomes eu apenas peço a primeira coisa que ela disse e um bom wisky com gelo , ele iria precisar.

[...]

ㅡ Herdeira da máfia ㅡ o garoto diz se sentando no sofá enquanto eu observava o Evan dormir.

ㅡ Oque você tem contra mim ? ㅡ o encaro e ele nega.

ㅡ Nada ㅡ ele diz molhando os lábios ㅡ gosto do seu jeito , te acho sexy.

ㅡ Já me conhecia ?

ㅡ Apenas boatos ㅡ ele ri e eu nego.

ㅡ Não acredite em tudo que ouve ㅡ dou de ombros encarando meu celular.

ㅡ Tem um filho com ele não é ? ㅡ ele diz e eu o encaro novamente ㅡ Isso eu não ouvi de qualquer um , ouvi dele.

ㅡ Não é da sua conta ㅡ digo amarga e ele ri concordando.

ㅡ Calma ㅡ ele diz me olhando ㅡ eu quero ser como ele um dia , estou aqui pra ser treinado. Não vou sair espalhando coisas pessoais que envolva ele. E eu sei que o seu filho pode ser ponto fraco dos dois agora.

ㅡ Isso , continua não sendo da sua conta ㅡ pisco pra ele e vejo o Evan ri tirando a toalha do rosto e me olha de canto , e ouço baterem na porta e me levanto indo até lá , puxando o carrinho agradecendo ao garçom que logo se retira após a gorjeta.

ㅡ Eu não sabia que era isso ㅡ digo encarando o prato de ostras e o Evan nega me encarando ㅡ ao menos tem pães com nutella.

ㅡ Pede outra coisa ㅡ Evan diz rouco tentando se sentar e eu reviro meus olhos.

ㅡ Eu como isso ㅡ o garoto ri pegando o prato e eu nego rindo , ele era mesmo engraçado.

Depois de pedir outro prato me sentei ao lado do Evan olhando a ferida que não sangrava mas.

ㅡ É , vai sobreviver ㅡ digo soltando sua camisa e ele me encara.

ㅡ Teria se livrado de um problema hoje se não tivesse me ajudado ㅡ ele diz rouco.

ㅡ Ai eu estaria quebrando uma promessa ㅡ digo e ele franze o cenho ㅡ e eu nunca quebro uma promessa ao Bless.

ㅡ Qual é a promessa ? ㅡ ele pergunta e eu molho meus lábios encarando minhas mãos.

ㅡ Que eu levaria seu pai até ele ㅡ digo fitando seus olhos e ele apenas desvia seu olhar do meu , encarando a janela de vidro do outro lado do quarto.

ㅡ Eu teria sido um bom pai ㅡ ele diz sério ㅡ não precisava fugir como fugiu.

ㅡ Não me deixaria partir ㅡ digo e ele me olha ㅡ e eu precisava ir.

ㅡ É claro que eu não deixaria ㅡ ele diz frio ㅡ estava com meu filho na barriga , e... Não havia necessidade para ir.

ㅡ Eu tinha acabado de perder o meu pai ㅡ digo meio que irritada ㅡ e você me traiu , oque queria que eu fizesse ?

ㅡ Arriscou o moleque doando um dos rins ㅡ ele diz confuso e eu respiro fundo ㅡ me deixou pensar que... Eu era o culpado por tudo aquilo. Você tomou decisões que não eram apenas suas.

ㅡ A comida chegou ㅡ o garoto diz se levantando e eu molho meus lábios me afastando um pouco do Evan , e ele me ignora.

Enquanto ele come eu ligo para a Gin que não me atende , e deixo uma mensagem na caixa postal , pedindo que ela avise ao Bless que estava bem e voltaria anoite.

ㅡ Eu vou deixar que o veja ㅡ digo me sentando na cama novamente e ele me olha bebendo o suco em seu copo.

ㅡ Vai deixar ? ㅡ ele ri irônico.

ㅡ Não adianta me ameaçar ㅡ dou de ombros ㅡ eu posso muito bem comprar um juiz.

ㅡ É , virou mesmo uma crininosa ㅡ ele diz colocando o copo ao lado e me encara.

ㅡ Eu só quero que , vá com calma ㅡ molho os meus lábios ㅡ o Bless é uma criança muito... Bom , ele tem uma imaginação enorme.

ㅡ Ele sabe que tem um pai ? ㅡ pergunta e eu respiro fundo fazendo ele franzi o cenho ㅡ Mentiu pra ele ?

ㅡ Eu disse algumas coisas ㅡ digo e ele nega com raiva passando a mão sobre o rosto , procurando paciência ㅡ ele pensa que o pai é um espião.

ㅡ Espião ? ㅡ ele repete e eu concordo rindo fraco.

ㅡ Disse que você foi fazer uma missão e nunca mas voltou ㅡ mordo meu lábio ㅡ e que se chama Robert Sinkler.

ㅡ Você tem merda na cabeça ㅡ ele diz enquanto nega.

ㅡ Precisamos ter uma trégua aqui pra algo dá certo ㅡ digo e ele me encara.

ㅡ Não preciso de autorização sua pra ver o moleque ㅡ ele diz e eu reviro os olhos ㅡ ele é meu filho.

ㅡ Filho que descobriu ter a apenas um dia ㅡ murmurro e ele me encara e eu sinto que vou levar outro tapa.

ㅡ Não por escolha minha ㅡ ele retruca e eu respiro fundo.

ㅡ Em outro momento conversamos sobre isso , não estou com cabeça pra ouvir suas lamentações ㅡ me levanto e ele ri negando , e eu engulo seco andando pelo quarto com minha roupa ainda meio úmida ㅡ e além do mas , hoje eu salvei sua vida , deveria me agradecer.

ㅡ É mesmo ? ㅡ ele diz rouco e eu sorrio de canto me sentando no sofá olhando as mensagens , já fazia alguns dias que eu tinha algumas coisas atrasadas.

Condenados pelo amor || PARTE 3Onde histórias criam vida. Descubra agora