Three

3.7K 292 77
                                    

Capítulo de madrugada, hmmmm

Boa leitura!

>>>

— Elana, se liga nessa– corri até a mulher, que caminhava até seu carro— O que o pato falou pra pata?– falei tentando não rir da minha própria piada

— Eu vou te matar?– revirei os olhos. Ela só pensa em morte?— Tá, o que ele falou?

— Vem quá– explodi em uma risada— Entendeu? Vem cá, vem quá

— Era isso? Você é muito idiota, eu odeio pessoas idiotas

— Você não tem senso de humor– parei de rir e dei duas batidinhas no ombro dela— Um dia você encontra o senso de humor. Se quiser o processo mais rápido, eu estou aqui minha amiga, eu estou aqui– falei dramaticamente

Ela deu um soco no meu braço e voltou a andar até o seu carro. Estávamos todos saindo da Delegacia, no dia seguinte eu não precisaria ir ao trabalho, existe coisa melhor do que isso? Talvez exista, mas isso é muito legal para mim

Entrei no meu carro, que é um Lifan 530. Eu não queria um Lifan 530, eu queria um Camaro, mas a minha mãe não deixou eu ter um Camaro. Eu chorei durante uma semana por isso

Antes de dar partida mandei mensagem para a Ruiva, que me deu liberdade para chamá-la apenas de Carol

Eu: Tá afim de sair hoje?

Cinco minutos depois ela me respondeu

Carol: Não vai dar para sair, me desculpa
Prometi ao meu filho que iríamos maratonar Carros
Me desculpa

Eu: Tá tranquilo, Carol. Deixa para outro dia?

Carol: A não ser que você queira maratonar os filmes com a gente

Eu: Chego aí em menos de trinta minutos!

Coloquei o cinto e dei partida no carro, saindo dalí rapidamente, mas me arrependi amargamente por ter esquecido da lombada que tinha logo em frente a Delegacia. Quase saí voando com o carro, pela vigésima, nesse mês

Fui ao meu apartamento apenas para trocar de roupa, eu estava fedendo de verdade. Correr atrás de bandidos não é nada fácil, prendi uns três hoje. Todos eram adolescentes, mas eram atléticos. Ou eu estou virando sedentária?

Eu já sabia aonde a Carol morava, eu já levei ela em sua casa algumas vezes. Estivemos saindo neste mês, nunca nos beijamos, mas o que não faltou foi oportunidade, mas parecia que ela estava com um pé atrás para aquilo. Mas bem, ela deve ter seus motivos

O porteiro de seu prédio me reconheceu e me deixou subir sem precisar ser anunciada. Apertei o botão do elevador e esperei ele chegar, quando chegou, apertei o botão 16, que era o andar da Carol. Fui até a porta de seu apartamento e dei duas batidinhas

Mamãe, eu acho que tem alguém na porta!– escutei a voz de alguém lá dentro— Posso atender?

— Espera!– fiquei olhando o corredor enquanto aguardava alguém vir abrir a porta para mim. Olha só, uma mosca! Será que ela tem pais? Será que é um menino, ou uma menina? Será que tem filhos? Como as moscas transam?— Oi Day– fui tirada de meus pensamentos por uma voz. Olhei para a porta e lá estava a ruiva

— Oi Ruivinha!– sorri para a garota, que me deu um abraço rápido

— Entre, estou preparando a pipoca– ela me deu espaço e eu fiquei esperando ela fechar a porta. Era estranho, eu nunca entrei no apartamento dela

— Titia Day!– um pequeno corpo agarrou

— Pestinha– sorri bagunçando o cabelo do garoto

— Para de chamar meu filho assim– a Carol me empurrou para o lado e passou por mim

Ela estava com um shorts curto de dormir, e eu juro que eu estou tentando não olhar para a bunda dela, mas tá difícil

— Titia, para de olhar para a bunda da minha mãe! É feio– o garoto me repreendeu, dando um tapa em minha coxa. A Carol olhou para trás no meio do caminho, e me encarou com um sorrisinho

— Eu não estava olhando para a bunda da sua mãe– olhei para ele e vi que o garoto ia falar mais alguma coisa, mas fui rápida e tampei sua boca— Vamos para a sala

A Carol já tinha saído dalí e o Pestinha puxava a minha mão, provavelmente me levando até a sala

— Pode ligar o desenho!– a Carol falou chegando na sala. Ela entregou um balde de pipoca para mim e se sentou ao meu lado

O Pestinha apertou o play do filme e veio para perto de mim, enfiando a mão no balde e enfiando a pipoca na boca. O filme já estava na metade, eu estava concentrada no filme, o Pestinha também. Já a Carol, estava quase dormindo

— Mamãe, o papai tá ligando!– escutei o Pestinha quase gritar. Ele pulou do sofá e pegou o celular da Carol que estava em cima da mesinha de centro, o celular vibrava intensamente

— O Alexandre não me deixa em paz!– a Carol resmungou do meu lado— Por que você tinha que ser a cara do seu pai?– ela falou pegando o celular da mão do Pestinha

— A culpa é minha?– o Pestinha riu

— Por que eu fui fazer aquilo sem proteção?– ela falou antes de atender o telefone

>>>
Felipe Biazin

>>>Felipe Biazin

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
coisa raraOnde histórias criam vida. Descubra agora