Forty-four

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demorei, mas cheguei. não briguem cmg.

mais de trinta comentários, por favor!

Boa leitura!

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— "Para de chorar, Caroline"– Elana brigou comigo pela sétima vez naquela chamada. Eu estava ligando para todos os meus amigos e familiares desejando feliz ano novo. Eu iria passar o ano novo bem longe deles e não estava preparada para aquilo.— "Logo logo a gente se vê, ruiva, não precisa ficar assim.

— "É triste, ok?"– limpei uma lágrima que escorreu— "É o primeiro ano novo que passo longe da minha mãe, da Thay, do Bruno, do meu irmão. E eu queria passar esse ano novo com vocês que são meus novos amigos.

— "Foda-se. Você não quis se mudar? Agora aguenta! Eu falei pra Dayane que não era pra vocês irem morar longe, mas a bonita não quis, agora estão aí sofrendo."– vi os olhos dela se encherem de lágrimas.— "É o primeiro ano novo que eu passo sem a idiota da Dayane! Tem noção de que eu não vou escutar as piadas sem graça dela? Isso é horrível!"– ela começou a chorar e eu fiquei assustada, eu nunca tinha visto ela chorar.

"Você tem sentimentos!"

— "Cala a boca. Tenho que ir, tchau."

Ela desligou a chamada e eu caí na cama. Eu estava muito triste, querendo minha mãe e a Thay. Essas são as duas pessoas que eu mais vou sentir falta.

— Mama, a mamãe Day deixou eu jogar um jogo de tiro. Eu matei todo mundo!– meu filho se jogou em cima de mim todo animado.

— Meu Deus, eu vou quebrar aquele videogame.– abracei o pequeno corpo do meu filho.

— Não, mama! A mamãe Day disse que tinha outros jogos.

Agora ele só chama eu de "mama" e a Day de "mamãe". Sim, perdi o meu posto de mamãe, fui jogada para um outro nome.

— Ok então, bebê. O que quer fazer?– ele se sentou na minha barriga e fez uma carinha pensativa.

— Eu quero... ver minha amiga nova.

— Acho que ela não está em casa, meu amor. Eu vi a mamãe dela hoje mais cedo saindo com ela.

— Então eu não quero fazer nada.– ele se jogou para o lado e fechou os olhos.

Abracei o corpo dele e fechei meus olhos também. Acabei adormecendo, e acordei apenas pois senti mordidas no meu pé.

— Para, Kiana.– reclamei, mas continuei sentindo as mordidas da gata.— Filha, para!

— Continua, Kiana.– escutei um sussurro. Abri os olhos e vi a Dayane de pé, segurando a Kiana. Mas o que mais me chamou atenção foi o fato dela estar apenas com um sutiã e cueca. Quase abri as pernas.

— Ei, pare as duas!– resmunguei e abri meus braços, em seguida senti o corpo de Dayane em cima do meu.— Que horas são?

— Seis da tarde.

— Amor, temos que arrumar aqui!– tentei me levantar.

— Não, a vizinha chamou a gente pra uma festa. Fiz amizades! Eles têm que comida e cerveja!

— Amizade com quem, Dayane?

— Natalie. Ela e a mulher moram aqui na frente! Elas são atrizes, bebê. Famosas! Dá pra acreditar? Sou amiga de famosas.

— Convidaram a gente ou você se auto convidou?

— Eu estava passando aqui na frente, exibindo o meu belo corpo.– dei um tapa em seu braço.— Brincadeira, eu estava de uniforme. Aí elas me chamaram pra conversar, perguntou se eu era nova no bairro e eu disse que sim. Aí elas disseram que viram o nosso filho no quintal e que a filha delas queriam brincar com ele, falei que a filha delas poderiam brincar com ele. Depois elas me convidaram pra festa.– ela começou a dar beijos em meu pescoço.

— Entendi...

— Ei, conheço esse tom de voz! Não fica com ciúmes. Natalie é casada e super fiel!

— Como sabe que ela é fiel?

— Ela me falou! E quem deveria estar com ciúmes era eu! Ela disse que às vezes te observa passar na rua. Mas ela é fiel. Fiel, entende? Fiel é aquilo que...– interrompi ela.

— Eu entendi. Vai tomar banho.

— Tá dizendo que estou fedendo?

— Sim. Vai lavar o cabelo, Dayane!

— Chata.– ela se levantou e me puxou pela mão.

— Vou te bater.– ameacei

— Chata.– ela falou novamente e saiu correndo.

Ok, agora a minha preocupação é: Com qual roupa eu vou?

coisa raraOnde histórias criam vida. Descubra agora