demorei um pouco, né? eu estava sem idéias, mas eu pensei em algo que eu não sei se vocês vão gostas e vai ser isso mesmo.
já peço desculpas de agora. não me matem
Boa leitura!
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— E então, filha. O que você tinha para me contar?– escutei uma voz de longe e então saí do transe. Eu fiquei parada olhando para o nada enquanto pensava como ia ser a nossa conversa, e eu espero de coração que seja do jeitinho que eu pensei.
— Mãe... eu estou namorando.
— Encontrou um rapaz ou é o Dreicon?
— Não é nenhum rapaz e também não é o Dreicon. Sabe a Dayane? A detetive.
— Sim, claro que sei! O que tem ela? Não vai me dizer que é com ela que você está namorando– fiquei calada, olhando para o chão— Caroline Dos Reis Biazin, você está namorando uma mulher?
— O que tem de mal nisso?– falei com a voz fraca
— E você ainda pergunta? Já pensou alguém da nossa família descobrir isso? Minha vida estará arruinada. Aonde eu errei?
— Você está preocupada com o que os outros vão pensar de você? É isso mesmo? Olha, eu nem deveria ter falado nada.
— Eu não quero mais olhar para você!– aquelas palavras machucaram muito. Meus olhos estavam cheios d'água, minhas mãos tremiam e eu mais uma vez queria que essa conversa tivesse sido igual a que eu pensei.— Você vai terminar com essa garota!
— Não, eu não vou! Porque ela fez muito mais em poucos meses do que o Alexandre fez em anos. Ela me faz feliz, ela faz o seu neto feliz. Com ela eu me sinto bem de verdade e eu não vou terminar com ela.
— Então você não precisa mais me chamar de mãe, porque pra mim, você não é mais minha filha. Você destruiu tudo mais uma vez!– ela levantou do sofá, bufando de raiva
— E qual foi a primeira vez?– levantei também
— Quando você se divorciou do Dreicon. Ele era maravilhoso!
— Ele me traiu mais de sete vezes, me tratou como um lixo quando descobriu a minha gravidez. Então, Dona Rose, ele não é maravilhoso
— Pelo menos ele é um homem!– ela apontou o dedo no meu rosto
— E que caralhos isso tem a ver?– passei as mãos pelo cabelo
— Olha isso! Agora fala até palavrão na minha cara. Foi aquela imunda! Aquela aberração!
— A porta estava aberta..– a Dayane apareceu com um olhar triste. Minha mãe olhava para ela com raiva— Bem, eu escutei a última frase e acho que foi sobre mim. Acho que devo ir, não é?
— Me espera aí no corredor, Day– falei, caminhando para o meu quarto.
— Eu estou te expulsando dessa casa, Caroline. Ouviu bem?– a Rose veio atrás de mim
— Sim, eu ouvi. Já estou indo, só vou pegar as minhas coisas.
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A Dayane estava me ajudando a levar todas as minhas coisas para o seu carro. Eu sentia as lágrimas escorrerem por meus olhos. Eu estava muito mal.
— Já foi tudo– escutei a voz da Day. Olhei para ela e percebi que ela também estava chorando.
— Ei, o que foi?– fechei o porta malas do carro
— Aquilo que ela falou. Machucou muito!– ela abaixou a cabeça
— Não fica assim, você não é aquilo.– cheguei perto dela, abrindo os braços e ela entendeu o recado, me agarrando em um abraço apertado.
— Eu escutei aquilo quase a minha vida toda. Eu ainda escuto pessoas falando isso para mim, não com tanta frequência, mas ainda assim é bastante. Eu fico muito mal, mas tento fingir que não me abala. As pessoas não entendem que não fui eu que escolhi? Eu sofri bastante na minha infância, eu recebia bastante carinho dos meus pais e eles me falavam para eu não ficar triste e que as pessoas estavam erradas. Eu simplesmente odeio isso, sabe, essa coisa de fazer mal as pessoas. Eu só queria poder acabar com tudo isso.
Eu não sabia nem o que dizer naquele momento, eu só sabia chorar e abraçar a Dayane. Eu nunca vi ela desse jeito, e vê-la assim faz meu coração doer.
Ela realmente só quer o bem dos outros, ela não merece essas coisas de jeito nenhum.
Ela é uma coisa rara!
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coisa rara
FanfictionCaroline decide sair para beber uma noite; o que é irônico pois a mesma não gosta muito de beber. E nesta noite ela encontra Dayane Lima, a melhor detetive de Nova Iorque As duas saem diversas vezes, porém em nenhuma dessas saídas as duas tem algo a...