coisa rara

Fifteen

oi. comentem bastante, ok?

Boa leitura!

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Sabe aqueles dias que você não tem vontade de fazer nada? Sim, aqueles dias que você só pensa em ficar deitada na sua cama. Hoje é esse dia!

Eu estava toda esparramada na minha cama, a porta do meu quarto estava trancada para ninguém me encher o saco. Mas quando você tem um filho, é um pouco difícil ter paz.

— Mamãe, mamãe, mamãe, mamãe.– ele batia na porta repetidas vezes, e eu apenas fingia que estava morta— Fome, fome, fome, fome!

Ele ficava repetindo as mesmas coisas, enquanto eu tentava dormir. Posso te dar um conselho? Só tenha filhos se você for uma pessoa paciente. Se for igual a mim. Não tenha.

— Baby, Carol, Caroline, Caroline Dos Reis, Caroline Biazin, Carol Biazin, Ruiva, Curupira, Chata, Insuportável, Pimentinha. Eu já falei chata?– escutei a voz da Dayane. Agora pronto, veio outra tirar minha paciência.

A Dayane iria ficar duas semana aqui em casa comigo e com o Felipe. Minha mãe viajou e levou meu irmão junto dela, e ainda pediu para a Dayane ficar aqui comigo e com meu filho. Segundo ela "A menina Dayane vai proteger vocês", eu que tenho que me proteger da Dayane. Ela parece uma tarada.

Fica me provocando todos os dias. Quando vou dormir, tenho que trancar a porta para não correr o risco dela entrar aqui e deitar comigo.

— A gente tá com fome, Carol. Eu não sei cozinhar, Carol. Quero lasanha, Carol– a Dayane batia na porta

— QUE INFERNO– me levantei da cama e abri a porta, dando um susto nos dois que estavam no corredor. Dei um tapa no braço da Dayane, fazendo o Felipe correr— Peçam comida em algum aplicativo, hoje eu não quero fazer nada

— Por que está tão brava?– a cínica me abraçou por trás, mas eu dei um cotovelada nela— Ouch! Você não era assim, Carol

— Vai tomar no seu cu. Some da minha frente.– fui em direção a sala

— Me dá seu cartão?– revirei os olhos— É pra comprar a comida.– me deitei no sofá e respirei fundo algumas vezes

— Tá no meu quarto, dentro da minha bolsa

Ela saiu correndo para o meu quarto. Fechei os olhos, tentando dormir novamente, mas fui interrompida por um corpo que se jogou em cima do meu.

— Eu te amo, mamãe– sorri com aquilo. Dei um beijo na bochecha do pequeno e ele retribuiu

— O que você quer?– aquele carinho todo era indício que ele queria alguma coisa, tenho certeza

— Ficar agarrada com você– ele abraçou meu pescoço e eu fiquei fazendo carinho em seu cabelo. Senti sua respiração ficar calma em meu pescoço, ele havia dormido.

— Já pedi, chega daqui a pouco. Posso me deitar aí também?– subi meu corpo, dando espaço para a Dayane deitar atrás de mim. Ela me abraçou e começou um carinho em meu cabelo, enquanto eu fazia o mesmo no cabelo do meu bebê