Seventeen

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Boa leitura!

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— O que vai pedir, madame?– falei puxando a cadeira para a Carol sentar. Eu tinha que pelo menos fingir que sou educada e legal

— Você não já vinha aqui antes? Me dê uma sugestão.

— Acho que você vai gostar do hambúrguer daqui. É o meu favorito da vida! De sobremesa podemos pedir Baked Alaska. Já comeu, não é?

— Acho que poucas vezes, mas sim, já comi.– chamei o garçom e fiz os pedidos e pedi uma Coca para mim e um suco de laranja para a Carol.— Enquanto os pedidos não chegam, vamos conversar. Bate e volta?

— Pode ser, eu começo. Qual é a sua cor favorita?

— Amarelo.– ela sorriu. Eu já deveria saber, a casa dela é praticamente toda amarela— E a sua?

— Cores escuras, porque além de ser religiosa, sou misteriosa também

— Você confundiu Jesus com o David Guetta, Dayane. Você está longe de ser religiosa.– revirei os olhos— Ok, agora sou eu! Qual é a sua banda favorita?

— Paramore, The 1995 e The Neighbourhood. As suas?

— Apenas Paramore, baby. Mas curto as outras duas também

— Comida favorita?

— Salada?

— Credo. A minha é Pizza

— Nada saudável.– ela negou com a cabeça

— Não me importo. Como conheceu o Alexandre?

— Faculdade. Quer saber a história?– apoiei meu queixo em minha mão e assenti com a cabeça.— Eu sentia uma quedinha por ele e ele sentia o mesmo por mim. Começamos a ficar e logo ele me pediu em namoro. Meus pais aceitaram e então ficamos bastante tempos juntos. Ele me pediu em noivado, eu aceitei e fui morar com ele, depois de um tempo, casamos. Nossa vida era ótima sabe? Quase não brigávamos, era tudo tranquilo. Até eu descobrir a minha gravidez. Ele começou a parar de me dar atenção, voltava tarde do trabalho e na maioria das vezes, chegava em casa totalmente bêbado. Eu me sentia um lixo, né?! Descobri a primeira traição, fiquei super nervosa, e isso o Felipe não tinha nem nascido. Perdoei ele, mas quando descobri as outras, perdi a cabeça. Pedi o divórcio e voltei a morar com a minha mãe. Fim

— Que cara escroto!– levantei a cabeça indignada— Se eu fosse casada com você, nunca que faria isso contigo. Você é uma coisa rara, igual você é difícil de encontrar. É difícil, mas tem um coração muito bom.

— Obrigada– ela sorriu sem graça.— Me conta sobre você

— Eu era feliz, meu pai traiu minha mãe, fiquei triste. Fim

— Besta– ela soltou uma risada gostosa— Me conta como que decidiu ser policial.

— Eu e a Aline somos amigas de infância. Eu e ela decidimos isso juntos e graças a Deus estamos na mesma Delegacia.

— Sério? Eu não sabia. Se conhecem desde pequeninhas?

— Sim. Meus pais eram amigos dos dela. Crescemos juntas, era bem legal

Conversamos mais um pouco, até que o nosso pedido chegou. Comemos em meio a conversas. Nós estávamos nos conhecendo cada vez mais.

Estava tudo tranquilo e agradável. Um clima perfeito eu diria.

Eu estava dirigindo, indo até o Central Park. Estacionei na frente do parque e saí do carro.

Abri a porta para a Carol, que conseguiu ficar mais linda ainda com a minha jaqueta. Tranquei o quarto e entrelacei nossos dedos, entrando no parque.

Segui até uma área que eu julguei ser boa. Sentei na grama e a Carol também, ela deitou a cabeça no meu ombro e eu sorri.

— Você me faz bem– ela disse de repente.— É uma sensação ótima. Obrigada

— Você também me faz bem. Obrigada você!– encostei minha cabeça na dela, entrelaçando nossos dedos novamente.

coisa raraOnde histórias criam vida. Descubra agora