Capítulo 31

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Oppas, aconteceu alguma coisa... — Haneul se encolheu entre Yugyeom e Bambam no sofá. — Não... faz alguma coisa, por favor... Oppa Yug... por favor...

Haneul começou a chorar baixinho e Bambam olhou espantado para o moreno, que estava com o olhar fixo no nada. O loiro conhecia aquele olhar; o amigo estava vendo algo.

— Querida, calma. — O loiro levantou e pegou a menina no colo. — Vamos, princesa... Está tarde.

O local era a casa de Mark e não estava tão tarde assim, mas o tailandês achou melhor levar a criança para o quarto, pois quem sabe não era um descanso que ela precisava? Mesmo assim aquela situação era estranha e ele realmente não entendeu o porquê de Haneul começar a chorar daquele jeito. Será que era alguma dor? Mas quando questionou a menina, ela falou que era uma dor diferente, que era medo.

Bambam sempre se surpreendia com a garota, que parecia bastante sensitiva e anos cuidando dela o fizeram atentos a toda vez que ela sentia medo, preocupação ou quando confiava em alguém depois de um simples sorriso. Haneul era especial e tudo o que ela fazia ou sentia era digno de atenção.

— Está melhor, minha querida? — perguntou o loiro, após colocá-la na cama, a observando com atenção. — Sente alguma coisa?

— Eu estou muito triste, oppa. Aconteceu alguma coisa... Meu pai está triste.

— Vai passar, Haneul... Daqui a pouco ele chega e você vai ver que estará tudo bem.

O tailandês ficou ao lado da cama, ninando baixinho a menina que em alguns minutos acabou dormindo, afinal Yugyeom havia feito várias brincadeiras e ela estava cansada. Quando a criança respirava em cadência, o loiro saiu do quarto e seguiu para a sala.

— Yug, o que... Oh! — Bambam exclamou assim que viu o moreno com os olhos cheio de água e com um olhar perdido. — Pela divindade! Você está bem? O que aconteceu?

O loiro sentou ao lado do outro e estalou os dedos em frente ao rosto do moreno, que se virou para o mais baixo. Bambam estava bastante preocupado e por um momento notou que a televisão ainda estava ligada e apertando um dos botões do controle remoto, a desligou.

— Yug... Fala comigo. — pediu o tailandês, colocando a mão sobre a da divindade. — Por favor...

— O laço rompeu... — Yugyeom falou para um confuso Bambam. — Eu destruí o amor verdadeiro deles.

— Yugyeom...

— O laço entre Mark, Jinyoung e Jackson se rompeu e é tudo culpa minha!

Bambam finalmente entendeu o problema e sua primeira reação foi levar a mão até a boca e balbuciar alguma coisa, mas logo voltou a atenção para o moreno, que agora batia com os punhos na cabeça.

— Ei, Ei... — O tailandês jogou o braço com força sobre a cabeça da divindade, forçando o moreno a olhar para ele e a parar de se machucar. — Vamos pensar em algo, Yug... Não pode romper e ser para sempre.

— Mas é... Acabou.

— Não! Eu não admito que os três vão ficar amargurados o resto da vida deles. — O loiro bateu com um dos pés no chão, para dar ênfase no que falava. O outro já havia o dito o que acontecia em caso do laço que unia almas fosse rompido, mas o tailandês não podia acreditar que os três amigos ficariam tristes e atormentados até o fim. — Yug, não vamos dar um jeito nisso; nem que eu tenha que ir falar diretamente com o seu pai!

— Bam... Eu sou uma péssima divindade! Eu deveria ser punido! — O moreno olhou para o teto, mas sabia que não haveria resposta. — Pai, me leva de volta.

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