Capítulo 46

237 43 14
                                    

Bambam, assim que viu Yugyeom parado o esperando, começou a correr. Correr provando a liberdade em forma de vento no seu rosto e em seguida o momento que as asas foram cortadas, dando lugar aos braços do moreno, lhe apertando com força e o rodopiando no ar.

O tailandês estava tão feliz que não se importou de estar no meio de uma Universidade; ele simplesmente beijou o namorado, sabendo que estava seguro nos braços da divindade.

— Yug, um professor viu minha prova e me chamou para ser bolsista dele! — Bambam tinha noção que o namorado já sabia daquilo, mas mesmo assim, falou. — Ele achou que eu já era profissional da área!

— Eu disse para que você não se preocupasse com o dinheiro, que ele viria.

Yugyeom não conseguia desviar do magnetismo do olhar do loiro. Era impressionante, mas naquelas poucas semanas de namoro, ele realmente acreditava que um pedacinho do Paraíso estava na Terra e que cada um que amava, tinha direito a essa porção. E ali estava a dele, na forma de um tailandês de sorriso fácil e puro de coração. Naquelas últimas semanas a divindade desculpara o Cupido por tê-lo posto naquela situação, pois fazendo uma pequena varredura nos seus mais de seiscentos anos, o moreno nunca se viu tão feliz na vida.

— Yug, eu te amo! — Bambam afirmou, passando uma das mãos pelo cabelo do outro. — Você me mudou tanto... Eu sou bem mais forte do que era há um ano. Você me fez crer que meus sonhos podiam se realizar e que eu não estava sozinho, como eu passei a achar.

— Oh, meu raio de Sol. — dramatizou a divindade, arrancado algumas risadas do menor. — Eu também te amo. Você também me mudou... Sabe o quão difícil é mudar uma divindade?

— É? O que eu te mudei?

— Você me fez mais paciente. Antes com qualquer coisinha, eu surtava. — falou o moreno, juntando a mão a do outro e caminhando lentamente para a saída do local. — Também me fez parar e observar as coisas a minha volta e me mostrou que um sorriso pode resolver muita coisa.

Os dois continuaram a caminhar enquanto falavam o que gostavam um no outro, mas logo mudaram de assunto e assim seguiram para um parque próximo, onde comeriam algo.

— Yug, como vai a faculdade?

— Ótima? — O moreno riu, achando graça da pergunta. — Você sabe que eu faço tudo de olhos fechados...

— Ninguém suspeita?

— Suspeita de quê?

— Sei lá... Que você seja um gênio ou algo do tipo? Você só tira nota máxima, amor.

— Na última eu errei algo para disfarçar, mas o professor não considerou e me deu dez.

— Olha aí! Isso é um absurdo. Vou falar para Jinyoung te processar.

Yugyeom balançou de leve a cabeça e tomou os lábios do namorado em um beijo. O Bambam de antigamente nunca beijaria na rua, no meio de um parque movimentado, mas quando se está apaixonado, se esquecem as preocupações, ainda mais quando o seu namorado era uma divindade.

— Bambam?

A voz feminina arrancou o tailandês do beijo com os olhos arregalados e o coração disparado. Yugyeom logo apertou a mão do loiro, em um gesto mudo de que ele estava ali. A mulher continuava a mesma de como ele se lembrava, com cabelo castanho na altura dos ombros e de estatura baixa, mas agora ela tinha uma expressão cansada.

— M-mãe?

Bambam sinceramente achou que não veria mais a mãe, não depois de tudo o que ouvira quando contara sua orientação sexual para os pais. Doía lembrar daquele fatídico dia, mas ele havia superado, mas agora tudo parecia voltar de uma vez.

Hey, Hands Up!Onde histórias criam vida. Descubra agora