Capítulo 51

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O cenário parecia de guerra, principalmente com o sangue cobrindo uma parte do carpete branco e pelos murmúrios tristes.

O apartamento de Bambam estava destruído, mas nada chegaria perto de como o coração de Yugyeom estava destroçado.

— Bam... Bam... Não. Não! — Yugyeom queria vomitar, queria gritar, queria chorar, mas a única coisa que fez foi repetir o nome do loiro. — Bam... Bam...

Jungkook, antes que pudesse se controlar, estava chorando. Mas ele não podia ser fraco, não agora que seu irmão caçula precisava dele. Então, o moreno praticamente se arrastou para o lado de Yugyeom, se ajoelhando e abraçando o outro.

— Ele... disse... que me amava... Foi a última coisa.... que Bambam pensou... — Yugyeom tremia como nunca antes na vida, com outros pensamentos lhe invadindo a mente. Seus outros protegidos precisavam dele, mas ele não conseguia se mexer, a dor tomando todo o corpo. — Meu amor... Meu Bam... Bam.... Bam...

Changkyun olhava a cena com pesar. Foram poucas horas que ele conhecera Bambam, mas dava para perceber que o prometido do seu irmão era uma boa pessoa e a dor que o mais novo deveria estar sentido não poderia ser mensurada. Divindades sentiam tudo dez vezes mais, principalmente amor. Amor sempre seria o sentimento mais forte.

O mais velho se aproximou do corpo de Bambam, para fechar os olhos do rapaz, quando o grito de Yugyeom o impediu de continuar. O mais novo se livrou do enlace de Jungkook e engatinhou ou se arrastou, nenhum dos presentes tinha certeza, até o humano, agora sem vida.

— Vamos, Bam... Acorda. Vamos... Eu te prometi que te levaria na Europa, hein? — Yugyeom passava a mão pelo rosto do outro e tentava sorrir. — Vamos, Bam... Você ainda nem viu o seu carro... Eu ia te mostrar hoje... Eu vou te mostrar hoje. Por favor, abra os olhos.

As divindades mais velhas não sabiam o que fazer. Bambam estava morto, era um fato, não havia muita coisa que eles pudessem fazer agora pela alma humana. A essa altura ele já deveria estar na transição, a caminho do julgamento final.

— Yugyeom... você precisa se acalmar... — Jeon tentou ponderar com o mais novo, que agora estava agarrado ao corpo frágil e sem vida de Bambam.

— Eu não quero me acalmar! Eu não vou me acalmar, Jungkook! Ele está morto! Ele está morto porque eu fui fraco e incompetente como divindade, como namorado! Bambam merecia mais... merecia muito mais que isso!

Yugyeom não conseguia aceitar aquilo, não podia aceitar aquilo! Seu Pai lhe dera um protegido, lhe dera uma alma gêmea, e ele perdera tudo em uma única noite. Aquilo não estava certo! Ele precisava fazer alguma coisa.

— Yugyeom... você não pode fazer isso! É loucura! É suicídio.

— Eu não me importo, Changkyun! Sem ele, não tem sentido continuar vivendo! Quem dirá viver uma vida imortal!

— Yug... Você vai poder vê-lo lá em cima... — falou Jungkook. — Papai vai deixar, tenho certeza.

— Não! Não é a mesma coisa!

— Nosso Pai vai te matar, Yugyeom! — As palavras saíram em um tom elevado da boca de Jungkook, que balançava a cabeça negativamente. — Você não pode trazê-lo de volta!

— Cuidem do corpo dele.

Yugyeom desapareceu e Jungkook soltou um palavrão, socando a parede mais próxima. Seu irmão estava burlando umas cem regras e se saísse de lá com vida, seria punido e não uma punição pequena ou boba. O que fazer nessas horas?

— Kyun, cuide dos protegidos dele.

— Negativo! E os meus?!

— Você só recebe missão no próximo mês! Acha que eu não sei?! Eu especialmente quem escolhi sua missão!

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