Mark estava arrumando as malas, com Haneul o encarando, sentada na cama. A filha parecia o julgar de alguma maneira e ele não estava gostando daquilo.
— Jackson-oppa e Jinyoung-oppa vão vir também, appa?
— Eu já disse que não meu amor. — O moreno suspirou, percebendo que a filha parecia triste. — Haneul, repita comigo: my name is Haneul.
— Papai, eu não quero ir.
— Mas você vai!
Por que Haneul tinha que ser tão teimosa? A passagem já estava comprada e só faltava aquela última mala, na qual ele colocava roupas da filha. Os brinquedos já representavam um problema, pois não dariam para serem levados, mas o americano acredita que poderia comprar novos nos Estados Unidos.
— Querida, escolha algum brinquedo para levar. Só tem espaço para um.
— Eu não quero brinquedos! — Haneul gritou, espantando o pai. — Eu quero Jackson-oppa e Jinyoung-oppa!
Como explicar para a filha que aquilo não era possível? Que estavam fugindo e que não havia espaço para Jackson e Jinyoung? Que aquela era a melhor maneira e que assim todos ficariam bem?
— Filha, fim de discussão! Não quer brinquedos? Ótimo!
Nesse instante, Haneul começou a chorar. Ela estava tão assustada! Desde que acordara, o pai estava em uma correria só, arrumando malas e falando coisas sem sentidos. Por que ela não poderia mais ver os oppas dela? Ou por que ela não veria mais os coleguinhas de escola? E, por que, de repente ela tinha que repetir aquelas palavras estranhas que o pai as falava?
— Appa... Eu não quero ir com minha mãe! — Haneul chorava e tremia. O queixo batendo violentamente. — Por favor... pai... Eu não vou mais... comer doces.
— Haneul... — O americano murmurou, puxando a filha para um abraço apertado, antes de se sentar no pé da cama com ela em seu colo, enxugando o tanto quanto pode das lágrimas da pequena. — É exatamente por isso que nós precisamos ir agora! Para que você não precise ir com ela; para que ela nunca, nunca mais chegue perto da gente. Você consegue entender? Eu amo tanto, tanto você! — Mark se esforçou para não chorar e por muito pouco não se deixou abater pelas lágrimas.
— Mas, appa... eu vou sentir saudades deles.
— Eu sei que vai. Eu também vou, mas nós precisamos fazer isso. Nós vamos entrar em contato com eles depois, eu prometo.
O americano sentiu a mentira queimar e amargar em sua língua. Ele não entraria em contato com ninguém, nunca mais. Mas aquilo pareceu ser o suficiente para ao menos convencer Haneul por hora. A menina estendeu dois brinquedos para o pai. Um urso de pelúcia que ganhara de presente de Jackson e um anjo de pelúcia que ganhara de Jinyoung. Lembrar-se daquilo só fez o amargor em sua boca crescer.
Mark não demorou nem vinte minutos para finalmente estar pronto. Ele chamara um táxi e pagou em dinheiro. O americano estava fazendo tudo em horas pouco convencionais, com dinheiro vivo para não ser rastreado e rezava para que fosse o suficiente. Já sumira do mapa uma vez, o quão difícil seria sumir uma outra?
Ele e Haneul trajavam roupas simples e de cores neutras e carregavam poucas bagagens para não chamarem atenção pelo aeroporto. O coração do americano batia acelerado enquanto ele tentava se convencer de que aquela era a decisão correta, tinha de ser, precisava ser!
— Appa, eu estou com medo. — disse a menina, ainda no colo do pai. — Tem algo errado.
— Shiii, vai dar tudo certo, filha.
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Hey, Hands Up!
Fiksi PenggemarChoi Youngjae só queria um parceiro novo, mas quando Im Jaebum cruzou o seu caminho, tudo ficou abalado, inclusive antigas convicções do policial. Jackson Wang e Park Jinyoung continuam a se encontrar e seus sentimentos florescem mais a cada dia, ma...