Capítulo 59

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Novamente, Namjoon era o líder da investida. Jaebum não podia deixar de notar como o outro havia nascido para aquilo; a postura e a eficiência, juntamente com o caráter, faziam detetive uma excelente escolha para uma liderança.

O grupo era composto basicamente das mesmas pessoas que antes, só não havia Amber dessa vez, que ficara com a namorada. Jaebum pensou que talvez devesse ter feito o mesmo, mas deixara o senhor Choi no hospital e saiu às pressas para ir com o detetive. Claro que ele confiava em Kim, mas precisava ver Haneul, a segurar e constatar que estava tudo bem.

— Vamos evitar tiros, pois tem uma criança no local. — informou Namjoon, com um olhar sério. — E por nossa agente infiltrada, que não está armada.

— Quantos homens no local? — Hyunwoo questionou. Jaebum quase riu, pois era a mesma pergunta que o homem havia feito antes, bem mais cedo naquele mesmo dia.

— Dez... Onze, se contar Lee Joon Gi. — afirmou o detetive. — Então, mesmo esquema: pelos fundos. Segundo a agente, a menina está escondida perto da lavanderia, na dependência de empregados.

Os dez se separaram em dois grupos, pois acharam que assim chamariam menos atenção ao adentrarem a casa.

O local era extenso e parecia uma fazenda. A casa ficava no fundo do terreno e eles tiveram que pular um muro no processo. Hyunwoo foi na frente e sem dificuldade entrou no lugar. Jaebum foi atrás e quando viu a mão estendida para ele, quase chutou o homem na cabeça. Onde já se viu uma coisa daquelas? Namjoon foi o próximo e também ignorou o amigo, pousando em silêncio na grama. Jiwoo aceitou a mão e logo depois piscou um dos olhos para o policial-urso, que pareceu um tanto corado. Jooheon foi o último e também aceitou a mão. Im achou engraçado, mas nada comentou.

Os outros cinco ficaram para trás, como reforço; se fosse necessário, seriam chamados e adentrariam no lugar pela frente.

A porta dos fundos estava destrancada como So Jung avisou que estaria, mas havia um homem fazendo um lanche na cozinha, de costas. Jiwoo nem pestanejou e o desmaiou com uma chave de braço.

Um outro se aproximou, distraído e deu de cara com Jooheon.

— Olá. — sussurrou o loiro. Hyunwoo veio de lado, batendo com a cabeça do homem contra a parede e o desmaiando instantaneamente. — Tchau.

Jaebum escondeu um sorriso, pois conseguia ver naqueles dois algo que era difícil notar em policias, mas quando existia, davam uma grande parceria. Im evitou pensar que Hyunwoo e Jooheon pareciam Youngjae e ele.

Namjoon sinalizou para novamente se separarem e Jooheon e Jiwoo seguiram em direção a sala de estar, enquanto o líder, o homem-urso e Jaebum foram para a outra lateral, procurando a lavanderia.

A casa era bastante grande, então precisaram de mais tempo do que o esperado para encontrarem o local e novamente se separam. Jaebum acabou ficando sozinho, abrindo e fechando portas. Na última porta, o moreno avistou Haneul, que saltou na direção dele, que a pegou em um abraço apertado.

Oppa! Você demorou.

— Ah, meu anjo... — O moreno apertou a criança em teus braços. — Desculpe a demora Haneul.

Oppa... Cuidado!

Haneul tentou avisar, mas não rápido o suficiente. Joon Gi apareceu na porta empunhando o revólver e com uma expressão assassina no olhar.

— Você tem três segundos para soltar a minha filha.

Apesar da ameaça, o policial apenas apertou ainda mais a menina em seus braços, deixando Haneul esconder o rostinho assustado na curvatura de seu pescoço. Ele não a soltaria, jamais! Joon Gi que o levaria ao inferno antes de aquilo acontecer.

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