Capítulo 58

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Mark não poderia estar mais feliz por ter errado. No momento que Jinyoung lhe avisara que haviam encontrado o cativeiro, que todos estavam bem e sendo levados para o hospital, ele quase chorou, mas se manteve forte, pelo menos até ver o chinês, que estava resistindo a dormir, pois queria ver os namorados.

As enfermeiras quase expulsaram ambos do quarto, pois uma choradeira sem fim se deu início, misturada com beijos e juras de amor. Namjoon havia saído do local para não atrapalhar e em pouco tempo Jackson dormiu.

— Não dá nem para acreditar que ele está aqui... — Mark conversava com Jinyoung, enquanto deslizava os dedos suavemente pelos fios aloirados de Jackson que dormia tranquilo com a ajuda de alguns sedativos. — Nada disso teria acontecido se ele não fosse tão cabeça dura.

— Olha só quem está falando... — O moreno riu baixinho, com medo de despertar o loiro. — Ele teria se metido nessa confusão mesmo se Haneul não estivesse envolvida, sabia? É simplesmente... como ele é.

— Nós namoramos um herói, Puppy.

— Infelizmente ele não é feito de aço. — Jinyoung suspirou, novamente com um semblante triste. — Haneul... Eu estou preocupado.

— Meu coração dói só de pensar nela. Mas, eu estou com esperanças. Acharam Jackson... Vão encontrar minha menininha logo.

O advogado concordou e novamente ficou em silêncio, contemplando Jackson dormir tranquilamente. Era engraçado, mas não conseguia mais imaginar a vida dele sem aqueles dois homens e principalmente não sem Haneul. Então, ao mesmo tempo que estava aliviado por Jackson, ainda sentia cada fibra do seu ser temer pela menina, que deveria estar apavorada, com o homem que se intitulava pai dela.

Os dois continuaram a conversar em baixo tom por um tempo, até o advogado avisar que iria comprar café para ambos. Mark pediu o dele bem forte e Jinyoung, mesmo ainda mancando, saiu do quarto em busca da bebida amarga.

No caminho ele encontrou Jimin e Taehyung. Era estranho vê-los ali, depois de os tê-los acompanhado por dois anos pela televisão. Não pareciam mais palpáveis e era uma sensação diferente conversar com os jovens.

Quando o moreno retornou ao quarto, Mark parecia pensativo e o advogado percebeu que talvez fosse o momento de discutirem o assunto delicado que estava rondando a atmosfera, mas nenhum dos dois estava disposto a começar a comentar.

— Anjo, precisamos conversar. — Jinyoung tomou o lugar que ocupava anteriormente e entregou o copo com líquido quente para o namorado. — Sobre o que Namjoon nos falou...

— Não temos o que conversar, Jinyoung.

— Tenho certeza que ele vai se culpar depois...

O moreno ignorou a negação do namorado. Aquilo precisaria ser dito, ele querendo ou não. Em sua humilde opinião, os três já haviam ultrapassado a cota de segredos ou de assuntos que não deveriam ser discutidos.

— Jackson não quer falar sobre, então nós não vamos falar sobre.

— Mark, não é assim que as coisas funcionam. Jackson não quer falar porque provavelmente se sente envergonhado. Ele precisa falar disso e temos que ajudá-lo.

— Eu não o culpo por nada.

— E ele precisa saber disso. Jackson precisa saber que nós o amamos mesmo assim ou isso vai ficar rondando a mente dele. Eu sei que vai. — Jinyoung mordeu o interior da bochecha e logo depois o lábio inferior. — É... vai ser difícil.

— O que você quer falar, Puppy? Conheço esse seu tom de voz.

— Eu... tive um professor de educação física que... hum...

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