Capítulo 57

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Jaebum não levou fé naquele bando que Namjoon trouxera, mas era realmente a única esperança deles. Seis homens e duas mulheres — que pareciam animadas demais para a gravidade da situação — estavam apoiados no carro que ainda estava atolado na lama.

— Jooheon! Presta atenção. — Namjoon estalou a língua e revirou os olhos. — Pelas nossas contas, tem uns vinte homens no local.

— E dentro? — questionou um dos outros homens, que Jaebum se lembrou chamar Hyunwoo. — Isso está me parecendo meio arriscado.

— É arriscado, mas é a única chance que temos de tirá-los de lá com vida. — Namjoon retrucou, sério. Os outros concordaram e recomeçaram a trabalhar no plano. — Amber, você viu algo a mais, além de Ji Eun?

— Não... Eu só quero que... ah! — A loira sentiu o celular vibrar e se surpreendeu por ter conexão em um lugar daqueles. — Oh... não!

— O que? — Jaebum, olhou por cima do ombro da policial e prendeu o ar, surpreso. — Temos que ir agora!

— O que houve? — Uma das mulheres perguntou, a de cabelo rosa. Jaebum não contestaria o estilo da moça em uma hora daquelas. — Que? Eles estão mortos?

— Jiwoo! — A outra mulher repreendeu, pedindo desculpas com o olhar. — Eles estão bem?

Namjoon mordeu a própria bochecha vendo a parceira encarar a tela do celular, com os olhos cheios de lágrimas. De relance ele viu Taeyeon sendo torturada nas imagens, o que o fez levar uma das mãos à cabeça antes de puxar o aparelho das mãos da loira.

— Não veja isso!

— Namjoon...

— Não, Amber. Nem você Jaebum! Dá essa porra! — O detetive puxou o outro celular e em seguida sentiu o próprio bolso vibrar. Ótimo! Ele também tinha um vídeo e nem morto olharia Jackson sendo torturado. — Eles estão brincando com a gente! Vamos entrar naquela merda agora!

Então foi o que a equipe fez. Eles eram um grupo relativamente grande e estavam bem equipados, contudo não deixava de ser perigoso, Jaebum tinha consciência disso e Yugyeom também. A divindade detestava aquele tipo de situação, pois sua visão ficava turva e os destinos eram todos incertos, pois os humanos mudavam completamente diante de situação de vida ou morte.

— Caralho, isso é muito pior que a situação de Seokjin. Irmão... o que faremos? — Jungkook questionou, afinal Yugyeom era o responsável e ele apenas um suporte e para ser sincero, não sabia o que fazer. E outra, por que seu protegido estava ali? E se algo acontecesse com Namjoon?! Céus, será que aquele grupo nunca deixaria de lhe trazer problemas? — Se Namjoon morrer aqui, Yoongi e Hoseok vão ficar putos por ele perder o casamento!

— Kookie, não é hora para isso! Eles estão entrando... Eu vou guiá-los até o local. Você cuida de atrasar aquele revólver o máximo possível.

Jeon sumiu no instante seguinte para cumprir o plano, enquanto a outra divindade se concentrou em proteger e guiar os policiais pelos fundos da grande construção, seguindo para dentro da estação de esgoto. Usando seus poderes, Yugyeom desligou as câmeras de segurança do local e também os sinais sonoros; uma falha técnica, algo que seria facilmente explicado.

Jaebum e os outros policiais se moviam de maneira eficaz. Todos muito bem treinados para situações como aquela. A divindade estava aliviada, pois tudo o que ele fazia então era orientar seu protegido pelos corredores de maneira sutil. O policial simplesmente sentia que deveria seguir o caminho e ia. Instinto, os humanos denominariam mais tarde.

Todas as armas dos policiais tinham um silenciador, mas eles pouco as usaram. As mulheres magras, porém, mortais, desmaiavam os capangas de Shin Wonho antes mesmo que os tais pudessem reagir. Os homens seguiam o exemplo delas e, aos poucos, o grupo se separou dentro da estação.

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