Hey, Hands Up!

Capítulo 63

Bambam havia pintado o cabelo de vermelho e quando a divindade chegou no apartamento em que viviam, após sair da faculdade, parou no lugar, sem saber o que fazer.

— Yug... que cara é essa? Não gostou?

— Por que você mudou o cabelo?

— Ah... você não gostou. — O estudante mordeu o lábio inferior, se sentando no sofá, com uma expressão triste. Não que ele precisasse da opinião do namorado para alguma coisa, mas era um pouco decepcionante receber aquela resposta. — Achei que estava na hora de mudar a aparência... Estava com o loiro há uns dois anos.

— Bam, claro que eu gostei. — A divindade ocupou o lugar ao lado do loiro, quer dizer, ruivo, ele se corrigiu mentalmente e sorriu para o outro. — Você... está muito lindo. Na verdade, você é lindo de qualquer maneira, até careca.

— Hm... — O novo ruivo murmurou, não totalmente satisfeito com a resposta e Yugyeom não precisou ler a mente do namorado para saber disso.

— Bam, olha para mim. Você está ótimo com o cabelo assim... A verdade é que eu fiquei surpreso com o quão bonito você ficou, sério.

— Hm...

— Bam. Bambam, acredita em mim. — A divindade, segurou o rosto do namorado entre as mãos, se aproximando até que seu nariz roçasse levemente no do outro, sorrindo abertamente para o modo como o mais baixo riu baixinho com o gesto. — Você sabe que é o homem mais lindo do mundo para mim, não é?

— E do Céu?

— Bam...

Bambam sorriu, encerrando o espaço entre eles, em um calmo beijo enquanto levava os braços até o pescoço do outro, os entrelaçando na nuca do mais alto.

— Então... Eu fiz pipoca.

— Pra que, amor? — questionou o moreno, varrendo a mente do outro e balançando a cabeça rapidamente. — Ah! Você não esqueceu dessa história, né?

— Claro que não. Como assim Haneul é divina? Quero explicações.

— Vai lá pegar a sua pipoca, então.

O tailandês se levantou, realmente indo buscar a vasilha arredondada. Logo o ruivo se sentou no sofá, com as pernas em forma de lótus e depositou o recipiente entre elas, enchendo uma mão e levando a boca.

— Pode começar.

— Okay... — A divindade coçou a cabeça por um momento e pensou na melhor maneira de iniciar a explicação. — Não tem os demônios?

— Hum... sim?

Bambam estranhou a forma com o namorado começou a falar. O que demônios tinham a ver com Haneul? Ele esperava que nada.

— Lembra que eu te falei que humanos podem ir para o inferno? — O estudante concordou. — Há uma diferença, sabe? As almas que vão para o Inferno, não são os demônios que rondam por aí.

— Não?

— Não... Os demônios são mais poderosos. Hum... Acho que você se lembra disso.

Bambam concordou, comendo mais pipoca para não relembrar os momentos de tensão que passara preso no próprio corpo enquanto aquele ser maligno o dominava.

— Então, os demônios são divindades... Pelo menos, eram. Eu não consigo explicar o porquê alguém iria desistir do Céu para se tornar um demônio... Mas não é raro acontecer. — Yugyeom suspirou, lembrando dos livros que havia lido. Aquilo tudo havia acontecido muito antes dele vir ao mundo. — A forma turva é por causa dos anos lá embaixo... Eles perderam o formato, entende? Por isso precisam entrar nos corpos de outras pessoas.