— Deixa que eu pego isso, Puppy.
Jinyoung parou no meio do caminho de pegar uma caixa e deixou que Jackson a levantasse. Ele estava exausto daquela mudança, mas era necessário, pois o advogado queria sair o mais rápido possível daquele apartamento.
— Anjo, você parece bem... — comentou Jinyoung, vendo o namorado carregando duas caixas de uma vez. — Me sinto um sedentário...
— Eu carrego várias caixas de bebida, amor. Isso aqui não é nada.
— Agora sim me sinto um inútil.
— Ah, Mark... Ele quer carinho.
Jinyoung colocou uma das mãos sobre a boca, dando uma pequena risada, logo sentindo dois pares de mãos nele. Jackson o abraçou pela frente e Mark por trás, beijando o pescoço do namorado.
— Você está bem, Puppy?
E lá estava, a conversa que eles haviam evitado por dias. Após Jinyoung desabar em choro, ele fingiu que nada havia acontecido, dizendo que estava tudo bem e que não havia sido afetado por nada que a mãe dissera, mesmo que claramente fosse mentira.
— Eu estou tentando... Ela ligou para Taek.
Mark saiu de trás do moreno e indicou com a cabeça para o loiro encaminhar o outro até o sofá. Quando estavam sentados — Jinyoung no meio, claro — o advogado suspirou fundo.
— O que ela queria com o seu chefe? — questionou Mark.
— Falou para me demitir. — Jinyoung deu uma risada, mas nenhum dos namorados gostou de ouvir aquele som. — Eles se conhecem... de congressos, essas coisas. Ela não disse exatamente: "demita-o", mas foi algo como um aviso do tipo: "não sei se você sabe, mas ele é gay e não afetará nossa amizade se você demiti-lo."
— E ele vai? — A pergunta veio de Mark, que pareceu preocupado.
— Não... Taek sabe. Na verdade, ele me deu folga quando eu voltei com Jackson. Ele sempre soube... principalmente porque eu dei em cima dele muitas vezes...
— Seu sem vergonha. — comentou Jackson, arrancando risadas dos outros dois. — Fala isso na nossa frente.
— Você também já deu em cima dele, Jack. — afirmou o advogado.
— Okay... Ele é meio irresistível.
— Mas ele não é hétero, gente? — Mark olhou de um para o outro, com uma ruga na testa. — Não era isso o que você sempre falou, Jinyoung?
— Eu acho que ele não é. — falou o chinês, balançando os ombros.
— Eu também desconfio. Você tem que ver a cara que ele faz para Hakyeon...
— Hum, mas Jinyoung... Você está fugindo do assunto. — Mark apertou de leve a mão do outro, que suspirou. — Te magoou, né? Sua mãe fazendo algo assim... Além de tirar o apartamento, fala para o seu chefe te demitir...
— Eu sabia que não ia ser fácil... Mas achei que seria mais fácil. Ela pareceu aceitar J com mais facilidade.
— Jaebum não é filho dela. — falou Jackson, com uma expressão triste.
— Ela perguntou se isso era influência dele, pois segundo minha mãe, eu o copio desde criança.
— Não escute isso, Puppy. — Jackson pediu, colocando a mão no pescoço do outro e massageando com cuidado. — Sua mãe não entende...
— Eu sei que não... Mas é difícil. Eu me preparei a vida inteira para esse dia, eu sabia exatamente como eles reagiriam e que isso ia acontecer, eu sabia de tudo, mas ainda sim... — Jinyoung não soube quando começou, mas percebeu que chorava quando sentiu os dedos de Mark afastando as lágrimas de suas bochechas. Ele ergueu o rosto, respirando forte pela boca para controlar o choro, não era hora para aquilo. — Dói para caralho.
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Hey, Hands Up!
FanfictionChoi Youngjae só queria um parceiro novo, mas quando Im Jaebum cruzou o seu caminho, tudo ficou abalado, inclusive antigas convicções do policial. Jackson Wang e Park Jinyoung continuam a se encontrar e seus sentimentos florescem mais a cada dia, ma...