Capítulo 41

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Mark ainda estava um pouco preocupado com Youngjae quando saiu do bar. Estava tarde, como sempre e ele ainda tinha que ir no apartamento de Jinyoung buscar Haneul. O bartender estava cansado, mas conseguiu pegar o ônibus a tempo; se ele tivesse perdido aquele, teria que ligar para Jackson ir buscá-lo.

A cada quebra-molas que o ônibus passava, ele acordava. O moreno estava com bastante sono e preocupações. Talvez todo aquele stress estivesse ganhando dele, mas com a ajuda da divindade, tudo daria certo e em poucos dias, sua única preocupação seria se Haneul tinha brinquedos suficientes.

O ponto, para a sua sorte, ficava a dez passos do prédio de Jinyoung. A entrada dele já estava autorizada e o moreno encostou a cabeça no elevador frio, enquanto esperava a porta abrir, assim que isso aconteceu, ele seguiu e bateu de leve na porta do advogado. Haneul provavelmente estaria dormindo e ele não queria acordá-la.

Jackson abriu a porta de uma vez, o que fez Mark cair para dentro do apartamento. O chinês o segurou a tempo do outro não desse de cara no chão.

— Mark, você está bem?

— Haneul... Vim buscá-la.

— Anjo, você está acabado. — Jinyoung se aproximou dos dois e logo tirou Mark dos braços do outro. Jackson aproveitou para fechar a porta. — Você está com sono?

— E fome, frio e sede.

— Parece uma criança carente. — Jackson riu baixinho. Mark admitir suas fraquezas para eles era sinônimo de que sua guarda estava relativamente baixa e isso os deixava com aquele fio de esperança que cismava em não acabar. — Tome um banho, eu vou esquentar um pouco de comida para você.

— Isso, Anjo. Eu vou separar alguma roupa para você usar.

O americano não teve qualquer chance de recusa. Jinyoung o empurrava alegremente em direção ao corredor, parando apenas para Mark olhar pela fresta da porta Haneul dormindo tranquilamente no quarto de hóspedes.

Mark não demorou muito no banho, mas ficou o suficiente para sentir seus músculos relaxarem debaixo da água morna. Ele gostava do sabonete que Jinyoung comprava e conscientemente os evitava quando fazia compras porque o aroma lhe trazia lembranças, mas ali ele não tinha escapatória e deixou que o aroma cítrico o envolvesse.

O frio e o sono que antes ele sentia, aos poucos foram deixando o corpo dele, o que o deixou lúcido. Era prudente ficar ali? Do jeito que conhecia os ex-namorados, Jinyoung principalmente, sabia que eles não o deixariam ir embora, pelo menos não naquela noite. Talvez o bartender devesse encontrar uma maneira de sair com Haneul e ir para casa antes que fosse muito tarde, mas a grande verdade era que o americano não queria mesmo ir embora.

A toalha em que ele se secou tinha o cheiro de Jackson e ele não quis pensar no quanto sentia saudades do loiro e mesmo ele estando ali, parecia que estavam longe. Na verdade, era esse o caso. Mark suspirou pensando no quão bom seria ter mais uma noite. Só mais uma, com os homens que amava. O bartender só queria ser abraçado, sabendo que era amado.

O americano riu sozinho, enquanto secava os cabelos com força. Ele era patético, choramingando por algo que havia decidido sozinho e agora não poderia voltar atrás. Mas de que importava se passaria aquela noite ou não na companhia daqueles dois se sua decisão já estava tomada no fim das contas?

Jinyoung havia deixado uma roupa para ele e o moreno logo a vestiu. A barra da calça ficou arrastando no chão e ele sabia que esta era do advogado. Já a camisa de manga cumprida era de Jackson, o aroma não enganava.

Mark logo voltou para a sala e os outros dois conversavam entre si, mas assim que o viram, o incluíram no momento. Aquilo era nostálgico, pensou o jovem pai.

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