Capítulo 33

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Jinyoung estava sem fome, mas seu chefe insistira que ele fizesse uma pausa e fosse comer alguma coisa, pois funcionário dele não iria desmaiar por falta de comida.

O moreno resolveu ir comer uma comida rápida e por isso foi no carrinho com diversas massas que sempre estava em frente ao prédio onde ele trabalhava. Não era o ideal de alimentação, mas ele sinceramente não estava se importando.

Após pagar o bolinho frito, o advogado seguiu até um banco próximo e se sentou, suspirando alto ao olhar em volta. Ele se sentia tão triste e sozinho, como se alguma coisa estivesse desencaixada dentro dele.

O bolinho estava sem gosto ou o moreno não estava prestando atenção; era difícil saber. O advogado ainda pensou em olhar o celular, mas desistiu, pois era uma tarefa inútil. Jackson provavelmente não o havia respondido.

— Achei que você odiava esses bolinhos.

Jinyoung levantou a cabeça e encarou a figura loira e esguia que estava parado na frente dele. O que era aquilo? Uma alucinação?

— Agora eu odeio mais outra coisa.

— Outra coisa ou alguém?

— Jackson, o que você está fazendo aqui? — perguntou o moreno, olhando para frente e não para o lado, onde o outro se sentara. — Achei que seu escritório fosse mais importante que o ar livre.

— Que o ar livre, talvez... mas nunca mais importante que você. Puppy, olha pra mim... — O loiro murmurou, puxando delicadamente o queixo do outro, para que eles pudessem se encarar. — Me desculpa...

— Já passamos por essa fase, Jackson.

— Eu sei, eu sei e sinto muito! Eu realmente sinto, Puppy. — Jackson mordeu o lábio inferior nervosamente observando o rosto do namorado ainda impassível a sua frente. Ele não estava convencido e quem poderia culpá-lo? — Não sei o que está acontecendo conosco, mas sei que você é responsável pelas melhores coisas que já aconteceram na minha vida. E eu sou um imbecil por te tratar dessa maneira.

— Também já passamos por essa fase, Jackson. O que eu quero saber agora é: você vai me deixar ajudar ou vai continuar me afastando? Sinceramente... está ficando bem difícil.

— Sim... Eu quero ajuda. — Jackson pensou em esticar a mão e pegar a do outro, mas desistiu no meio do caminho. — Eu te amo tanto, mas ao mesmo tempo parece que tem algo que só me deixa fazer merda. Tá tudo tão errado...

— Está dando errado porque você não tenta! Foi um baque Mark terminar conosco? Foi, mas eu não quero... Não posso desistir de você. Mas Jackson... você está desistindo de tudo sem nem tentar. Nós dávamos certo antes, por que não podemos voltar para aquilo? Sei que nunca será igual, mas vale a pena tentar. A não ser que você queria terminar. Se for isso, tenha a coragem de falar agora e okay... Vou entender.

— Eu não quero terminar, Jinyoung! Pela divindade, o que eu faria da minha vida sem você? E eu acho que era por isso que estava agindo desse jeito. Eu queria me punir por estragar tudo e que punição maior do que perder a única coisa que ainda me faz feliz? — O loiro arriscou se aproximar mais do moreno, que não fez menção de se afastar, mas também não se aproximou, ainda o encarando com certa seriedade. — Mas eu entendi agora, me punir, me privar da sua companhia e do seu amor não vai resolver as coisas, só vai piorar, porque além de tudo eu ainda estarei fazendo mal a você.

Hm... demorou um bom tempo para cair a ficha, hein?

— Sim... — Um sorriso cruzou os lábios do chinês e ele arriscou se aproximar ainda mais, seu joelho roçando contra o do outro. — Um bom tempo e um sermão do Yugyeom.

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