ATENÇÃO!
AVISO DE GATILHO: Estupro.
Haneul estava com medo. Assim que o carro parou e Ji Eun a levou para fora do automóvel, a menina foi entregue para uma outra mulher, que agora tentava fazer a criança comer, mas sem sucesso.
— Vamos, Haneul, você precisa comer!
A menina insistia em desviar a cabeça toda vez que a colher vinha na direção dela. A criança não queria comer. Haneul só queria seu pai e seus oppas. Ela só queria ir para casa.
— Deixa que eu a alimento.
A voz grossa fez a menina se espantar e levar os olhos ao homem alto que a encarava de cima. Quem era aquele? Era o que Haneul se perguntava.
— Sim, senhor Lee.
A mulher se levantou do chão e fez uma rápida reverência ao homem antes de se retirar. O moreno, apesar de parecer intimidador, sorriu assim que pôs os olhos em Haneul e logo se sentou em posição de lótus no chão, de frente para a menina.
— Olá, eu sou Lee Joon Gi. — Haneul cruzou os pequenos braços e nada comentou. — Você tem um lindo nome... Foi seu appa que escolheu?
— Eu quero o meu appa!
— Tudo bem... Talvez você possa ligar para ele mais tarde, mas primeiro você precisa comer. Seu pai deixa você pular as refeições?
Haneul abanou a cabeça. Mark realmente não a deixava comer fora de hora, ela se lembrava de que o pai dizia ficar triste sempre que a menina não comia. A criança ainda estava apavorada, mas talvez comer era como estar agradando ao pai mesmo de longe.
Observando que a pequena olhava atenta o prato de comida, o homem então pegou a vasilha e capturou um pedaço de frango com o hashi, o levando até a boca de Haneul que o comeu, ainda que desconfiada.
— Boa menina.
Não demorou muito para Haneul terminar a refeição, ainda mais por ela estar com fome. Quando o homem se inclinou para frente, com um guardanapo, ela se encolheu, com medo do gesto. Joon Gi parou no meio do caminho e voltou para o local.
— Por que está com medo de mim, pequena?
— Eu não conheço você... Meu appa não sabe que eu estou aqui... Jinyoung-oppa estava machucado...
O homem suspirou pesado ao constatar que a esposa agira por impulso e o pior, agira por impulso na frente da criança. Haneul não era nenhum bebê que não se lembraria da forma bárbara com que fora retirada da onde acreditava ser próprio lar. Era óbvio que por ele, o melhor era que a menina estivesse ali, com o verdadeiro pai, não se arrependera de nada, porém tinha consciência de que as coisas poderiam ter sido feitas de outra maneira.
— Tenho certeza de que seu oppa é forte e ele não está muito machucado. Quanto ao seu appa... ele sabe que você está onde é o seu lugar.
— Ele... deixou? — A voz da menina falhou e o homem nada falou, esperando que a criança tirasse suas próprias conclusões. — Não! Eu quero meu appa!
— Eu sou o seu appa!
— Não, não é! — Haneul bateu as mãozinhas na mesa. — Eu nunca te vi antes! Papais veem seus filhos todos os dias!
— É por isso que você está aqui agora, Haneul. Para que nós possamos nos ver todos os dias. — A menina soluçou, escondendo o rosto por entre as mãozinhas. O homem deixou um novo suspiro escapar por entre seus lábios. Era hora de deixar a menina sozinha para pensar, ele imaginou, então recolheu a louça usada e se encaminhou para a saída. — Antes sua mãe e eu não tínhamos condições de criar você, mas agora as coisas estão diferentes... Nós vamos ser felizes, Haneul. Você vai me chamar de appa um dia.
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Hey, Hands Up!
ФанфикChoi Youngjae só queria um parceiro novo, mas quando Im Jaebum cruzou o seu caminho, tudo ficou abalado, inclusive antigas convicções do policial. Jackson Wang e Park Jinyoung continuam a se encontrar e seus sentimentos florescem mais a cada dia, ma...