Jaebum não conseguia dormir, comer, pensar. Tudo o que ele queria era ter Youngjae de volta. Após deixar todos os documentos necessários na delegacia e receber a simpatia do delegado — que para o moreno era falsa — ele rondou o bairro e a cidade, a procura de algo, qualquer coisa, mas quando deu duas da manhã e seus olhos estavam pesados, o moreno voltou para o apartamento de Namjoon e foi recebido com um chá quente que Seokjin havia preparado. Amber também estava no local e a mulher não estava diferente dele; ambos desesperados e arrasados.
— Ela tem medo do escuro. — comentou a policial, que estava deitada ao lado de Jaebum. Jin havia colocado um colchão inflável na sala de estar, com a esperança de que os dois dormissem, mas fora um esforço desnecessário. — Eu tenho que deixar a luz do abajur acessa. Tae deve estar apavorada.
— Jae está lá... Ele vai protegê-la.
— Você não tem certeza disso. Como podemos saber se eles estão juntos?
— Você tem razão, não temos certeza, mas podemos ter esperança. — Jaebum suspirou, apertando os olhos. — Youngjae me ensinou a ter esperança, mesmo quando tudo parece perdido.
— É claro que ensinou... Aquele grande sol ambulante. — Amber se deixou sorrir por um momento. — Nós temos que pensar em alguma coisa... Shin vai matá-los.
— Se você fosse psicopata e quisesse torturar alguém só por prazer, onde faria isso?
— Em um local afastado.
— Sim, mas em uma casa? Fazenda? Fábrica?
— Tem uma fazenda afastada da cidade, mas ao mesmo tempo ainda não na área rural. — A loira projetou o corpo sobre o de Jaebum e buscou o celular que estava em cima da mesinha. — Olha essa sua mão boba!
— Foi sem querer! Eu juro.
— Só vou acreditar porque sei que você é louco por Jae. — comentou a policial dando um leve tapa no outro, mas logo encarando o celular e digitando algo para pesquisar — Olha... O dono é desconhecido.
— Melhor averiguarmos no sistema. — Jaebum também pegou o celular e piscou para a súbita claridade, já que o ambiente estava escuro. Não foi difícil ele entrar no sistema com o login e senha. — Hum... também não tem o nome do dono aqui...
— E aí? Acha uma boa ideia irmos?
— Eu vou... Não aguento ficar aqui sem fazer nada. — Jaebum respondeu, já se levantando do colchão e arrumando as roupas. — Meu carro ou o seu carro?
— Vamos no meu, pois estou com menos sono que você. — Amber respondeu e estreitou os olhos, como se desafiasse o outro a discutir com ela. — Vamos em silêncio para não acordar Namjoon e Jin.
— Vamos deixar um recado, só para não os preocupar muito.
A loira concordou e Jaebum procurou por um papel e uma caneta, deixando um rápido bilhete em cima da mesinha. Após isso, saíram silenciosamente e seguiram para o carro da policial.
Amber ainda parou em um local e comprou dois copos grandes de café bem forte para os dois antes de seguirem para a fazenda. O fim da madrugada e o início da manhã os recepcionava juntamente com uma chuva fraca. Jaebum percebeu que no último ano, ele nunca havia ficado separado de Youngjae por tanto tempo e isso o apavorava. Que tipo de sofrimento o namorado estava passando? O moreno sentia um arrepio só de pensar naquilo tudo.
Demorou um pouco para chegarem na fazenda e o moreno acabou cochilando, mas acordando em um rompante após ter um pesadelo.
Assim avistaram a fazenda, pararam o carro e seguiram a pé, com cautela. Porém mesmo escondidos, eles perceberam que ali não era o local. Não havia uma alma viva naquele lugar, mas mesmo assim entraram para averiguar.

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Hey, Hands Up!
FanfictionChoi Youngjae só queria um parceiro novo, mas quando Im Jaebum cruzou o seu caminho, tudo ficou abalado, inclusive antigas convicções do policial. Jackson Wang e Park Jinyoung continuam a se encontrar e seus sentimentos florescem mais a cada dia, ma...