Capítulo 9

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Dois dias depois da mensagem, a senhora Ahn foi ao escritório onde Jinyoung trabalhava. Ele já havia avisado ao chefe e o homem logo a recebeu em sua sala. Park foi surpreendido quando Taekwoon o chamou para acompanhar a entrevista.

Seria um caso difícil, constatou Jinyoung logo de cara. A moça havia declarado em juízo que pensara em se matar e matar o filho e aquilo poderia impedir que ela tivesse a guarda da criança, mas a avó poderia ser uma opção e era isso que Jung iria utilizar como argumento. A senhora Ahn que iria cuidar do neto e não Heeyeon. Era um pouco fraco, mas já era um começo. Tirando isso, ainda teria o processo de prostituição, mas esse seria fácil retirar, pois as provas já mostravam que ela havia sido sequestrada e forçada ao ato ilegal. Por último, eles tinham uma boa notícia: as informações que a moça fornecera podia ajudar a atenuar qualquer decisão.

Era um caso difícil, mas não impossível.

— Jinyoung, seu namorado nos trouxe um grande caso. — comentou o moreno alto, bonito e sensual, que por vezes brincara nos pensamentos de Jinyoung, mesmo sem ter consciência disso.

— Ele não é meu namorado... Ele é... complicado.

— Okay, não me interessa. — Jinyoung suspirou. Ele era tão grosseiro e isso o deixava ainda mais sexy. — O que interessa é vencermos esse caso.

— Entendido.

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Jinyoung estava sentado em um banco de madeira de uma praça próxima ao seu local de trabalho. Ele estava com saco de rosquinhas na mão, as favoritas de Jackson, o esperando chegar.

O moreno ainda balançava a perna agitadamente quando avistou o chinês e antes que pudesse pensar melhor, ele se levantou e correu ao encontro do mais baixo.

Jackson somente sentiu os lábios do outro se chocando com os seus, mas assim que se recuperou do susto, retribuiu o beijo, puxando a cintura de Jinyoung para próximo de si. Quando ficou difícil respirar, eles se separaram, mas continuaram na mesma posição.

— Você quase me matou de susto! Como você pode se arriscar daquela maneira? Como? — O moreno bateu de leve o dedo indicador no peitoral do outro. — Jackson, já é a segunda vez que você se arrisca por um desconhecido! Você deve pensar um pouco em si. E a sua segurança, não é importante?

— Eu estava fazendo meu trabalho, Puppy. — comentou o loiro, passando uma das mão no cabelo de Park, que estava fora do lugar.

— O seu trabalho era achá-la e não aquilo tudo o que você fez.

— Jinyoung, eu simplesmente não ia conseguir... Eu a achei e ela precisava da minha ajuda, então eu fui lá e bolei um plano.

O moreno sabia que aquela conversa era uma batalha perdida. Ele estava reclamando do comportamento do outro, mas fora exatamente por aquele Jackson que ele se apaixonara. O homem que mantinha uma casca de "não ligo para nada e ninguém", mas no primeiro sinal de que alguém esteja sofrendo ou sendo oprimido, ele entra em ação.

— Vamos nos sentar? — perguntou Jinyoung, com um sorriso. — Ou você quer ir para outro lugar?

— Sua aula não é daqui a pouco? — Jackson olhou para o relógio digital que ficava em um letreiro, do outro lado da rua. — Por que não conversamos enquanto andamos?

— Não... Eu vou faltar a aula.

— Por quê?

— Para ficar com você.

— Claro que não. — O loiro se separou do outro e puxou a mão gelada do moreno para si. — Vamos andando.

— O professor não cobra presença. — reclamou Jinyoung, acompanhando os passos do outro. — Não irá me prejudicar em nada.

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