Capítulo 20

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Primeiro, o medo o dominou, o fazendo tremer e chorar, para em seguida acordar perdido.

Depois, a memória começou a falhar, o deixando desorientado.

Semanas mais tarde, seus gostos estavam estranhos e seus temores eram outros, eram Yugyeom. O que estava acontecendo com o seu corpo? Para onde havia ido o seu controle?

E, no fim, não havia mais Bambam, somente a escuridão.

***

Yugyeom realmente estava preocupado. Bambam não era de faltar o trabalho sem avisar e muito menos deixar de atender o telefone. A divindade estava cega em relação ao loiro; mais cedo naquele dia tentara pensar no tailandês, para descobrir onde ele estava e o que tinha acontecido, mas nada lhe aparecia na mente.

Parando para recordar um pouco, o outro estava estranho há um tempo. Primeiro foi uma mudança repentina em relação a gostos pessoais e depois foram os compromissos, que o mais baixo começou a faltar, mas não aparecer no trabalho e nem dar sinal de que iria buscar Haneul, era diferente. Era mais grave.

O moreno não pode deixar de se sentir culpado. Ele estava dando mais atenção aos outros protegidos do que a Bambam. Principalmente por vê-lo todos os dias e de alguma forma ter uma conexão com o loiro, a divindade o deixou um pouco de lado, para cuidar dos outros cinco, que lhe davam um baita trabalho.

— Bambam! Você está bem? — O mais baixo abrira a porta do apartamento e o olhava de uma forma estranha. — Estávamos preocupados...

— Tanto faz.

— Como assim tanto faz? Bam, aconteceu alguma coisa?

Nah.

O loiro deu as costas ao outro e sumiu dentro do apartamento. Yugyeom o seguiu, fechando a porta atrás de si. Bambam estava muito estranho e ele não conseguia alcançar os pensamentos do outro. O que estava acontecendo?

— Bambam, fala comigo. Claramente tem algo errado.

Ih, deixa de ser chato e sai da frente... Estou assistindo um filme.

— Bam, fala comigo.

— Cara, qual o seu problema? — O loiro se levantou, empurrando o moreno. — Para de me encher o saco!

Yugyeom realmente estava perdido. Bambam parecia uma outra pessoa. Tinha acontecido algo, mas o rapaz não queria falar o que era e a mente dele ainda estava bloqueada.

— Bambam, estou preocupado... O que foi? Aconteceu alguma coisa na sua família? Alguém te ofendeu? Por que você está agindo dessa forma?

— Sabe o que me ofende? Essa sua cara de otário. — O tailandês tombou o pescoço para o lado direito. — O que você quer de mim? Estou aqui, a disposição...

— Hã? — Yugyeom deu um passo para frente, tentando alcançar o outro. — Você não quer conversar comigo, é isso? Quer que eu ligue para Jackson?

— Se você curtir a três.

— O que você está falando? Não estou entendendo.

— Eu não acredito que mandaram alguém tão imaturo assim! Chega a ser cômico...

Bambam já não soava mais como ele mesmo e seu olhar mesclava maldade e luxúria na medida que ele se aproximava outra vez de Yugyeom. Suas mãos tateando o corpo do mais alto sem muito pudor ou cuidado. Ao fim, uma delas estava na nuca da divindade e a outra o apertando no braço, enquanto o mais baixo se colocava na ponta dos pés para conseguir roçar seus lábios aos do outro, sem quebrar o olhar que ainda estava fixo na divindade.

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