- o computador realmente foi utilizado pelo nosso criminoso – ditou Isaac enquanto entrava na sala da delegacia, chamando a atenção de Lydia, Scott e Derek, que olharam para o grupo imediatamente.
- ótimo. Descobriram mais alguma coisa? – questionou Scott vendo o grupo adentrar a sala calmamente.
- estamos trabalhando nisso – ditou Erica enquanto seguia para o quadro, voltando a analisar o mesmo.
- Lydia continua tentando hackear o site. Ele não tem usado um computador só, então ela vai verificar todos os IP’s usados pelo nosso suspeito para rastrear qual ele usou com mais frequência – ditou o moreno de olhos castanhos e logo o grupo inteiro passou pela porta.
- e Alice? – questionou Derek assim que viu Vernon fechar a porta.
Erica, ao lado do moreno de olhos verdes, rolou os olhos enquanto suspirava. Vernon suspirou pesado, enquanto se sentava na cadeira. Isaac cruzou os braços enquanto direcionava o olhar para Allison em um silencioso “eu te avisei”. A morena suspirou. A agente encarou o homem enquanto cruzava os braços e seguia para o lado do mesmo, passando a analisar o quadro junto de Erica.
- Stiles ficou na biblioteca, investigando o computador que rastreou – respondeu a agente Argent, já esperando a explosão por parte do moreno de olhos verdes.
Scott olhou para Lydia, que o encarou com seriedade, antes de os dois olharem para o agente Hale, que encarava a morena a sua frente com igual seriedade. Derek pensava com calma e clareza. Ele não iria deixar o desespero e a raiva lhe tirarem a razão novamente. Allison era uma especialista em armas experiente. Ela já havia trabalhado o suficiente no FBI para saber em quem confiar. Derek não era um novato. Assim como o tio e o pai faziam, Derek puxava a ficha de qualquer pessoa com quem ele iria trabalhar. Allison havia trabalhado em muitos casos e todos com bastante eficiência. Havia feito ótimos interrogatórios com homens bastante perigosos. Ela era experiente o suficiente para saber em quem confiar.
- olha, eu sei que... – Isaac tentou justificar a escolha de Allison em deixar Alice para trás.
- contanto que ele volte quando acabar, está bom – ditou o Hale voltando a se focar no quadro a sua frente, surpreendendo todo mundo.
- é o quê? – questionou Isaac, confuso.
- nós precisamos pegar esse cara rápido. Assassinos virtuais são difíceis de se pegar. Se deixarmos isso se estender ele apaga o rastro digital e nós perdemos ele – ditou o moreno de olhos verdes cruzando os braços e se afastando do quadro.
- espera! Sem histerismo? Sem gritaria? Sem reclamações? – perguntou o Lahey, surpreso.
- mas isso é a prova viva da evolução. Argumenta, agora, igreja! Lacrou, Darwin! – exclamou Erica vendo o homem com o qual fazia piada lhe fitar com irritação no olhar.
- apenas vamos pegar esse cara logo – ditou o Hale antes de as portas da sala se abrirem, revelando Peter, que era acompanhado pelo delegado.
- é normal as investigações serem tão paradas? – questionou o oficial enquanto via o federal suspirar, cansado.
- sim. Quando se está atrás de um criminoso virtual, é comum que toda a ação se concentre bem ali – respondeu o louro apontando para Lydia, que dedilhava com velocidade.
- e o que nós fazemos? – questionou o homem vendo o outro se jogar sentado na cadeira ao lado da de Vernon.
- fiquem de olho em qualquer pessoa suspeita. Ela costuma ser reclusa, possivelmente socialmente estranha, que prefere passar o tempo no computador do que saindo de casa – respondeu Derek e o homem riu nasalado.
- você acabou de descrever a nova geração de adolescentes, agente – ditou o delegado suspirando e vendo o moreno de olhos verdes dar de ombros e suspirar.
- por hora, é tudo o que vocês podem fazer - ditou o agente vendo o oficial suspirar e se retirar da sala.
- por onde você esteve? – questionou Derek vendo o tio ignorar a sua imagem e coçar a cabeça, olhando para o chão.
- nas cenas do crime. Estive conversando com os pais das vítimas da cidade. Um dos adolescentes sofreu um término recente e costumava conversar bastante pelas redes sociais. A mãe dizia que ele costumava fechar a conversa quando ela se aproximava. Provavelmente, o assassino faz algum tipo de contato com as vítimas antes de elas acessarem o site – respondeu o louro vendo Erica puxar o piloto para anotar a informação no quadro de vidro com uma palavra chave.
- ele deve se aproximar da vítima e fazer com que ela acesse o Trick or Treat – falou Scott vendo o louro concordar
- eu também pensei nisso – afirmou e recostando ao assento e puxando um pirulito do bolso.
- não está velho demais para pirulitos? – brincou Derek tentando medir até que ponto o louro fora afetado pela provocação de Scott mais cedo.
- apenas me deixe voltar ao tempo em que corria atrás de coelhos – murmurou o homem enquanto encostava a cabeça na parede, fechando os olhos lentamente e os cobrindo com um dos braços, apreciando o sabor doce que dominou a sua língua.
O moreno de olhos verdes franziu o cenho para o tio. Aquilo fora estranho. Peter não havia respondido a sua provocação obviamente amigável sem uma agressiva de cunho também amistoso. Aquilo fora realmente muito estranho. O seu tio parecia estar cansado e com pouca paciência, o que era algo bastante raro. Olhando para Scott e Lydia, o Hale notou que os mesmos pareciam um pouco tensos, provavelmente preocupados com o afastamento entre Alice e o grupo. Derek não poderia os julgar, ele também estava. Mas eles haviam entendido que, quando tentavam prender os que já estavam presos, deixavam os que estavam livres escaparem. A prova disso fora que, enquanto eles, que tanto discutiam com os detentos, estavam fora, momentaneamente, do foco do caso, eles haviam feito grandes avanços. Eles entenderam que deveriam parar de se focar na divisão e focar nos criminosos que ela caçava e não os que faziam parte dela, do contrário, seriam apenas estorvos que seriam substituídos assim que fosse notado o atraso que o peso de seus atos causava.
O dia se passou e nada de nenhuma informação nova. Nem por parte de Lydia e muito menos por parte de Stiles, o que preocupava Scott mais ainda. Ele já começava a andar de um lado para o outro na sala, enquanto mordia a pele do polegar, nervoso. Derek não estava muito diferente, ele brincava com o botão de uma caneta, tentando se entreter com o estalo gerado pela ativação do mecanismo de saída e entrada do bico da caneta, enquanto disfarçava o seu nervosismo com tédio.
- uma pergunta simples: como o Stiles vai nos informar se descobrir algo? – indagou Derek vendo o grupo olhar para Allison que se viu surpresa quando se deu conta daquele ponto.
- merda! Eu me esqueço que eles não podem ter celular! – exclamou a morena, batendo na própria testa.
- alguém tinha que ficar com ele para servir de conexão – ditou Isaac olhando para os agentes, que se entreolharam, com exceção de Lydia. Peter suspirou, imaginando que teria de se afastar da “base” para poder ficar com o seu detento protegido. Stiles era responsabilidade dele, já que fora um dos agentes que o prendeu, sem contar que era o único que entendia o jeito único de funcionar do castanho.
- eu vou lá – ditou Scott já se dirigindo para a porta.
- deixa. Pode deixar que eu vou – ditou Derek colocando a caneta no bolso do terno, chamando a atenção de Peter.
- para quê? Causar mais intrigas? – indagou o louro já se erguendo.
- é melhor deixar o Peter ir – ditou Vernon chamando a atenção dos dois morenos.
- Peter tem facilidade em persuadir a polícia. E os oficiais estão ficando impacientes. Precisamos dele aqui para manter a ordem caso as coisas cheguem a sair do controle – disse Derek vendo o tio lhe fitar com seriedade.
Peter pensava seriamente no assunto. De fato, os policiais estavam ficando impacientes, sabendo que o culpado pela morte de dois de seus conterrâneos estava solto por aí, era bem provável que eles perdessem o controle. Mas também havia o fator ódio naquela equação. Derek não suportava Alice. Da última vez que os dois ficaram sozinhos, Derek atirou no detento e os dois se esmurraram um pouco. Deixar Derek e Stiles juntos era igualmente perigoso, naquela situação. Ele poderia muito bem mandar Scott junto, se o moreno de queixo torto não nutrisse tanto ódio quanto Derek. Ele não tinha dúvidas de que Stiles poderia lidar com ambos, caso mais uma briga ocorresse, mas as pessoas não eram a prova de balas e o governo não iria gostar nada de saber que dois de seus agentes estão atirando em um detento sobre a sua custódia sem qualquer motivo coerente.
- deixe o Derek ir – falou Allison chamando a atenção do louro.
- ele evoluiu muito em menos de uma hora – ditou Isaac cruzando os braços na direção do agente Hale.
- a evolução mais esperada do que a do Pikachu do Ash – soltou Erica gerando gargalhadas em Vernon, Isaac e Allison.
- se Allison está dizendo, então vá – disse Peter cruzando os braços e voltando a se sentar.
Derek meneou positivamente, antes de sair da sala com velocidade, enquanto Peter rezava para não se arrepender. O Hale tinha pressa em encontrar o castanho de lóbulos furados. O seu nervosismo estava crescendo. Ele precisava encontrar Alice para confirmar com os próprios olhos que, talvez, apenas talvez, ele pudesse confiar no castanho enquanto o mesmo não lhe dava motivos para mais desconfiança.
- consegui – ditou Lydia chamando a atenção de todos e logo Peter se ergueu, se aproximando da ruiva.
- consegue achar a localização de todos eles? – questionou o louro vendo a ruiva permanecer a mover os dedos com velocidade.
- se consegui copiar todos, sim – respondeu a Martin e logo o louro puxou uma bloco de notas e uma caneta.
- já cuidou da louça? – questionou a mulher vendo o filho menear positivamente.
- lavei, sequei e guardei – respondeu ouvindo a mulher agradecer e voltar a sua atenção para a novela.
Ryan subiu as escadas de sua casa com velocidade, se dirigindo para o próprio quarto. O castanho fechou a porta e se jogou em sua cama, suspirando cansado. Ele havia tido muitos afazeres desde que havia chegado em casa. Ele e sua maldita mania de deixar tudo para a última hora. Ao invés de ter feito os trabalhos que deveria entregar amanhã, durante a tarde, na biblioteca, o rapaz ficou xeretando o computador dos agentes. Sendo assim, quando chegou em casa, teve que começar a fazer tudo. Três malditos trabalhos que eram demasiados extensos. Ele quase surtou com a maldita redação de história. Quem se importa com o que já passou?
E foi pensando nisso que o rapaz se ergueu de prontidão, se sentando na cama e tratando de puxar o seu notebook para o colo. Ele não havia tido tempo de ver o que havia encontrado no computador dos agentes. Ele estava ansioso, quando saiu da biblioteca, mas não teve tempo de dar uma olhada. Muito menos teve coragem de olhar no computador em que estava. Não com aquele homem tão perto deles. Seria muita ousadia. O rapaz abriu o e-mail, vendo os arquivos que ele havia enviado para ele mesmo. Ele começou a baixar os arquivos, enquanto olhava para a porta, para ver se ninguém estava para entrar. O castanho também se dirigiu para a janela do quarto, tratando de fechar a mesma e as cortinas também.
Ele queria privacidade para ver aquilo.
O primeiro a baixar fora o arquivo com o nome de Zumbi. Ele clicou no arquivo para abrir o mesmo, mas fora surpreendido quando surgiu uma notificação na tela do seu computador, informando que não havia conseguido abrir o arquivo pois o mesmo não mais existia no computador. O adolescente franziu o cenho, antes de ir para a pasta de downloads, passando a procurar pelo arquivo, mas o mesmo realmente não existia. Ele tentou o arquivo com o nome Alice, mas o mesmo lhe rendeu a mesma mensagem. Irritado, ele tentou baixar os arquivos novamente, mas quando abriu o e-mail mais uma vez, o e-mail enviado por ele mesmo com os arquivos já não mais existia em sua caixa de entrada.
- mas o que porra está acontecendo? – questionou recarregando a página, vendo que o e-mail havia, realmente, desaparecido.
Ele procurou na pasta de spam e na de mensagens enviadas. Procurou pelo e-mail na lixeira, mas também não havia nada. Procurou os arquivos na lixeira do notebook, mas também não encontrou nada. Foi então que ele se deu conta do que estava acontecendo ali. No mesmo instante, o rapaz puxou o celular e discou o número do melhor amigo. Demorou apenas alguns toques para Vincent atender.
- cara, eles hackearam o meu computador – o castanho cortou qualquer chance de o outro iniciar um assunto qualquer.
- como é? Eles quem? – questionou o moreno, do outro lado da linha, enquanto abria o guarda-roupa e jogava a toalha sobre a cama.
- o FBI, caralho! – exclamou o castanho e o moreno congelou.
- Ryan, não brinca comigo, cara. Não brinca com uma coisa dessas comigo, não. Você sabe que eu sou paranoico, meu irmão – implorou o moreno enquanto parava com a cueca na mão, olhando ao redor, preocupado.
- é sério. Os arquivos, eles não existem mais no meu e-mail. E quando eu baixei eles quando cheguei, eles estavam no meu e-mail. Agora, eles foram deletados do meu computador e do e-mail, cara! – exclamou o adolescente, já nervoso.
- mano, é sério. Para. Eu estou ficando assustado – ditou o moreno enquanto vestia a roupa íntima apressado e corria para a janela do próprio quarto, olhando ao redor para ver se a sua casa já não estava sendo cercada pelos federais.
- eu estou falando sério! Eu não sei como, mas eles descobriram a gente! – ditou o adolescente, nervoso.
Ryan fora surpreendido quando o seu notebook liberou o som característico de notificação no chat de uma rede social específica. O castanho se viu surpreso quando viu um nome estranho no chat. A primeira mensagem fora um simples “oi”, seguido da imagem de uma abóbora sorridente. O castanho olhou para aquela imagem por um bom tempo, confuso. Ele achou que fosse spam ou qualquer outra coisa e ignorou, permanecendo a falar com o seu melhor amigo, desesperado. E foi quando outra mensagem chegou que o castanho se viu amedrontado.
“É melhor não me ignorar, Ryan”
O castanho parou, em choque, ao ler a mensagem. Ele estava confuso. Não era estranho saberem o seu nome, mas naquela rede social, sim. Ele nunca havia usado o seu nome naquele site de jogos. Nervoso, o castanho cobriu a boca com a mão, enquanto virava um pouco, se afastando minimamente do computador.
- Vinc, alguém me chamou no chat, aqui. Está estranho – ditou enquanto olhava de soslaio para o notebook, vendo mais uma mensagem surgir.
“Desliga o celular, Ryan”
- mano, o cara sabe que eu estou no celular. O cara sabe que eu estou no celular! – exclamou desesperado.
- desliga essa porra! – exclamou Vincent já vestindo a calça.
- se liga. Eu vou parar de falar com você, mas não encerra a chamada – sussurrou Ryan enquanto olhava nervoso para a tela do notebook.
- o quê? Enlouqueceu? Desliga esse computador, cara! – exclamou Vincent, nervoso.
- eu vou parar de falar e fingir que desliguei – ditou o castanho nem esperando o amigo falar alguma coisa.
“Muito bem. Você não vai querer que o FBI saiba que você invadiu eles, não é?”
Ryan gelou com a informação contida na mensagem, antes de ver o mesmo rostinho sorridente da abóbora surgir logo embaixo. O castanho sentia as mãos tremerem e o suor começar a surgir nas mesmas.
“Se quiser manter isso em segredo, jogue comigo”
A mensagem veio seguida de um link. Um link que ele já havia acessado uma vez, mas não viu lógica alguma naquilo. Nervoso, ele clicou no link e logo a interface inicial do Trick or Treat surgiu na tela do seu notebook.
‘O que eu faço?’
Questionou Ryan vendo a mensagem “digitando”, surgir no chat, indicando que “Hallowen Killer” estava digitando. O adolescente estava nervoso. Ele sentia que nada de bom iria sair daquele maldito site. Mas ele não se via com outra escolha. Era jogar ou ser preso. Ele teria de fazer o que quer que seja que aquele maldito site mandasse.
Stiles se encontrava sozinho no escuro da biblioteca, focado no computador a sua frente. O castanho era a única coisa iluminada naquele local, já que a única iluminação existente era a tela a sua frente. O castanho havia conseguido algumas informações novas que lhe iluminaram bastante o caso. Passara quase vinte e quatro horas na frente daquele computador.. Através daquele computador, Stiles conseguiu redirecionar a pesquisa até descobrir um e-mail utilizado no mesmo horário em que o computador havia sido usado pelo administrador do Trick or Treat.
No entanto, o e-mail era de uma das vítimas. Stiles investigou mais afundo e então, se lembrando de tudo o que viu nas redes sociais da vítima, se lembrou de que a vítima postou uma foto do treino de futebol junto de alguns colegas de time. Então era impossível que aquele e-mail lhe levasse a algum lugar. No entanto, quando o castanho resolveu fazer uma limpa no e-mail da vítima, ele foi agraciado com informações interessantes sobre o adolescente. Informações estas que lhe diziam que os adolescentes de hoje em dia talvez não tivessem se tornado tão burros quanto ele pensava.
Ele, então, resolveu acessar o e-mail de todas as outras vítimas enquanto estava na biblioteca. Cada um com um problema diferente, mas todos sendo causados pelo mesmo culpado e no mesmo modus operandi, aquilo lhe fez sorrir com a sua descoberta, mas o seu interior ainda estava agitado. Ele ainda se sentia inquieto e o modus operandi que via ser utilizado lhe inquietava mais ainda. Ele reconhecia aquilo. Não era a primeira vez que via um daqueles. A sua mente viajou longe, lhe trazendo flashs do passado.
Suas mãos pequenas sujas de sangue, o sorriso meigo e gentil, mas que carregava perigo por trás dele. Mesmo estando em um corpo morto, aquele sorriso era tão parecido com o que era usado em vida. O corpo deitado no chão de terra batida, cercado por algumas folhas tinha os olhos voltados em sua direção. Uma risada doce ecoou em sua mente, junto dos flashs enquanto via cabelos longos com algumas mexas azuis se moverem no ar enquanto o corpo girava, com o dono do mesmo rindo divertido. A tatuagem verde em seu pulso quase não era vista, mas ele a reconhecia pela cor. E então, o corpo que antes girava, agora estava dentro de uma cova, sem o brilho no olhar, mas com o mesmo sorriso fino nos lábios. E então a terra caiu como chuva, o enterrando, enquanto o mesmo estendia a mão para si, como se pedisse ajuda. O grito de dor veio em sua mente, lhe fazendo acordar para o presente.
Stiles teve a sua atenção chamada quando notou um outro monitor acender. Ele olhou para o outro lado da fileira de computadores, esperando ver a imagem da bibliotecária ali, mas tudo o que viu fora o monitor do computador se tornar escuro, como se alguém estivesse programando algo no mesmo antes de o iniciar. Aquilo fez o castanho franzir o cenho, antes de apertar um botão no teclado do computador em que estava, se erguer de sua cadeira e se aproximar, lentamente do computador. Era tarde. Os funcionários as biblioteca já haviam ido embora. Havia apenas ele, ali. O homem franziu o cenho ao ver, aos poucos, letras brancas surgirem no escuro da tela.
“Você não pode pegar o Hallowen”
“Não pode pegar o que não pode ver”
Stiles ergueu a sobrancelha em questionamento, enquanto observava com desdém para o computador, olhando bem para a webcam acima do mesmo. Ele sabia que aquilo estava ligado e que o seu suspeito o estava vigiando naquele momento. O castanho sorriu vitorioso, antes de olhar bem para a pequena câmera acima do monitor e lamber os lábios sensualmente. O assassino deu uma risadinha baixa antes de apertar o botão do microfone.
- mas eu posso ver você. Eu vejo você bem o suficiente para saber onde lhe pegar – ditou o castanho sorrindo travesso antes de desligar o computador, desligando a fonte do mesmo.
O castanho foi surpreendido quando as luzes se ascenderam e logo ele olhou para o lado, vendo um moreno de olhos verdes conhecido se aproximar com a sua típica expressão séria. O mais baixo sorriu ladino, desdenhando do moreno, enquanto retornava para o computador em que estava antes de ter o contato breve com o criminoso que estava caçando.
- até que demorou para você dar as caras por aqui – falou o castanho enquanto via o moreno cruzar os braços.
- eu não vi lhe vigiar – ditou o moreno de olhos verdes, surpreendendo o castanho.
- não? E o que veio fazer aqui, então? – indagou o Stilinski vendo o agente Hale se aproximar mais.
- você não tem celular. Então alguém tem que ser a conexão entre você e o resto da equipe – respondeu Derek e o castanho lhe fitou com tédio.
- e você não ficou nem um pouco desesperado com a minha ausência Uhum. Uhum. Sei – ditou Alice voltando a sua atenção para o monitor atrás de si
- dois coelhos em um golpe só – argumentou o moreno vendo o castanho negar com a cabeça
- me ama muito, você – comentou o mais jovem ignorando a imagem do moreno, que negou com a cabeça, soltando uma lufada de ar pelas narinas, sorrindo.
- o que estava fazendo? – questionou Derek vendo o castanho suspirar.
- ele não apenas sabe que estamos atrás dele. Como também sabe um pouco do que sabemos sobre ele – ditou Stiles enquanto se sentava.
- e como sabe disso? – questionou o Hale vendo o castanho sorrir.
- ele fez contato comigo antes de você chegar – respondeu Stiles e o agente se viu surpreso.
- ele sabe que você está aqui? – indagou o moreno vendo o detento menear positivamente.
- está tentando mexer com o nosso psicológico – ditou enquanto voltava a mexer no computador.
- o que ele disse? Como disse? Ele é recluso demais para tentar contato direto – questionou o agente, curioso, se sentando ao lado do castanho.
- ele hackeou aquele computador ali – ditou Stiles apontando para o aparelho citado, antes de olhar para o mesmo, curioso.
- ele disse que... como ele ligou? – questionou Stiles vendo o moreno lhe fitar com confusão.
- o quê? – indagou Derek vendo o castanho encarar, curioso, o equipamento.
- o computador... ele precisa estar ligado para ser controlado remotamente. Mas só esse computador está ligado. Então como ele conseguiu ligar aquele? – questionou Stiles antes de se erguer, se aproximando do aparelho.
- ele esteve aqui – ditou Derek vendo o castanho se aproximar do aparelho erguendo a mão para a mão do agente, parando o Hale, quando o mesmo ergueu a arma.
- não. Ele não esteve aqui. Ele não tem coragem o suficiente. – ditou o Stilinski se aproximando do computador.
- então o que acha que aconteceu? – questionou o moreno de olhos verdes parando ao lado do castanho, que colou o ouvido no gabinete.
- bate nele – ditou Stiles e o Hale olhou confuso para o castanho, antes de obedecer.
- o que foi? – indagou Derek vendo o assassino andar até o computador ao lado e repetir o ato.
- bate nesse – ordenou o castanho e o moreno, ainda confuso obedeceu.
- o que está fazendo? – inquiriu o agente, perdido.
- ele tem algo dentro – respondeu Stiles voltando para o primeiro computador em que Derek bateu por ordem sua.
- do que está falando? – perguntou Derek antes de Stiles começar a arrancar os fios do gabinete e o virar.
- ele não pode ligar o computador de longe, só se ele tiver um mecanismo para isso. Isso é um lugar público e não deixam os computadores ligados como adolescentes. A biblioteca não é um alvo de controle absoluto, a não ser que – ditou o castanho enquanto procurava algo para abrir o aparelho.
- que ele tenha um mecanismo que ajude ele nisso – ditou Derek vendo o castanho erguer o aparelho e lhe entregar o mesmo.
- pega isso. Vamos levar os dois para a delegacia – ordenou o castanho enquanto olhava bem para o monitor do computador que estava usando, antes de começar a desligar o mesmo.
- não podemos levar os dois computadores. Não temos um mandato ainda – argumentou Derek vendo o castanho pegar o segundo gabinete.
- foda-se! Não tem ninguém para nos impedir. Você quer pegar o cara ou não? Trás o mandato depois – ditou Stiles já se dirigindo para a saída.
- que eu não me arrependa disso. Não se arrependa, Derek. Não se arrependa – ditou Derek seguindo o castanho com o gabinete embaixo do braço.
- a maioria desses endereços são de computadores de locais públicos – ditou Lydia vendo a localização de todos os computadores que foram usados pelo administrador do Trick or Treat em um mapa.
- isso é muito confuso. Ele parece não esconder que é o administrador do site, para as pessoas a sua volta – comentou Isaac vendo Erica olhar para si, meneando em concordância.
- isso é estranho. Ele não tem coragem de criar uma assinatura, mas tem coragem o suficiente para não esconder que é o administrador do site? – indagou Allison, confusa.
- coragem ou burrice – respondeu Erica.
- não. Ele é meticuloso demais. Ele consegue esconder os rastros dele de Lydia. Burrice não parece fazer parte dele nesse sentido – ditou Peter, chamando a atenção para ele.
- talvez ele apenas não saiba como esconder os seus rastros fora do mundo virtual – ditou Isaac deixando uma leve dúvida no ar.
- vocês tem noção de quantas pessoas estão acessando esse lixo? – indagou a ruiva mostrando a tela para os outros agentes, onde mostrava a quantidade de acessos no momento.
- mentira! – exclamou Scott, indignado.
- de onde sai tanta gente burra? – indagou Isaac, igualmente irritado.
- burra ou com necessidade de atenção – argumentou Vernon. A porta se abriu e logo o grupo fora surpreendido pela imagem de Stiles e Derek, cada um carregando um gabinete de computador.
- mas o que é isso? – questionou Peter, confuso.
- não dava para deixar lá e eu tinha que mostrar isso – ditou Stiles enquanto largava o gabinete sobre a mesa do delegado.
- eu vou providenciar o mandato daqui a pouco – falou Derek enquanto via Stiles correr para fora da sala.
- ele está realmente animado com esses computadores – disse Erica vendo o castanho sumir quando a porta se fechou.
- o que ele viu neles? – questionou Isaac vendo Derek dar de ombros.
- ele só encostou o ouvido no computador e pediu para eu bater nele um pouco – respondeu o moreno de olhos verdes vendo o castanho retornar com uma chave estrela em mãos.
- o filho da mãe é tão inteligente! – exclamou Stiles enquanto começava a abrir o gabinete aos poucos, ao mesmo tempo em que encarava Peter fixamente com um sorriso no rosto.
- explique – ditou o homem vendo o castanho sorrir animado.
- ele não seria burro ao ponto de usar o próprio computador como administrador. Então ele precisa usar computadores de locais públicos. Mas, tem um problema em fazer isso. O computador só vai estar disponível enquanto o local estiver aberto e o computador ligado. – ditou o castanho vendo a ruiva franzir o cenho em sua direção, assim como Allison e Scott.
- mas quase todos os acessos dele são feitos pela tarde e pela noite – argumentou a ruiva se lembrando muito bem dos horários de acesso do administrador.
- e as mortes aconteceram pela noite – argumentou Scott vendo o castanho arrancar a lateral do gabinete.
- exatamente. Ele precisaria de um computador público ligado nesse momento e de preferência em um local em que ninguém o veja funcionando – ditou Stiles enquanto virava o gabinete para que todos pudessem ver um aparelho grudado na parede interna do computador.
- o que é isso? – questionou Erica vendo o castanho puxar o aparelho para fora.
- o desgraçado acoplou um sistema parecido com o de bombas – ditou Vernon vendo o celular na mão do castanho ser ligado ao gabinete por fios.
- ele criou um controle remoto para computadores públicos. Sempre que ele liga para um desses números, o computador liga – explicou Stiles vendo Lydia se aproximar, surpresa.
- caramba! Isso é incrível! Mas e se o celular descarregar? – questionou a ruiva vendo o Stilinski colocar a mão no gabinete novamente.
- ele já pensou nisso – ditou puxando o carregador do celular, que estava ligado à fonte interna do gabinete.
- que gênio! – exclamou a ruiva vendo o castanho menear positivamente.
- como soube disso? – questionou Erica vendo o castanho cruzar os braços.
- eu estava sozinho na biblioteca, quando este computador ligou sozinho. Era ele, dizendo que nós não podemos pegar o que não podemos ver – disse o Stilinski vendo o grupo se entreolhar.
- ele está tomando confiança – ditou Peter vendo o castanho menear positivamente.
- isso é ruim. Esse cara é muito cauteloso. Se ele se tornar confiante demais, ele vai matar mais – afirmou Derek vendo Scott menear positivamente.
- não necessariamente. A cautela dele é movida pelo medo – argumentou Peter chamando a atenção.
- quando um assassino é cauteloso demais por medo, como esse, quando ele começa a perder o medo, ele deixa de ser cauteloso e passa a ser ousado – explicou Stiles cruzando os braços.
- então só vamos conseguir pegá-lo quando ele matar mais? – questionou Isaac, confuso.
- não necessariamente. Ele pode querer nos desafiar antes, mas isso é muito raro de acontecer – ditou Scott vendo o louro lhe fitar enquanto processava a informação.
- conseguiu mais alguma informação além disso? – perguntou Allison vendo o castanho sorrir. Stiles foi interrompido quando a porta da sala se abriu.
- agentes, tem alguém querendo falar com vocês. – ditou o delegado chamando a atenção do grupo, que o fitou curioso.
- e quem seria? – questionou Allison, curiosa.
- alguém com quem eu acho que vocês vão gostar de falar – respondeu o oficial antes de dar espaço para a pessoa passar.
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Death Wonderland - Livro 1
FanfictionA segurança nacional está em crise. O FBI já não está mais dando conta de tantos casos. O sistema carcerário está em crise, a criminalidade apenas cresce no país, e apenas mais casos aparecem, enquanto que o número de casos resolvidos diminui. Deses...