- um o quê?! – indagou o moreno de queixo torto.
- Jaguadarte – respondeu Vernon e o moreno o fitou com surpresa.
- entendeu o que esse cara disse? – questionou vendo o Boyd franzir o cenho, olhando ao redor e vendo todos, com exceção de Peter e Stiles lhe fitarem com surpresa.
- qual é? Jaguadarte. Vocês não leem livros não? – argumentou o homem de cabelos raspados vendo todos se entreolharem.
- não. Prefiro esperar até fazerem o filme – respondeu Scott vendo o outro rolar os olhos.
- Alice Através do Espelho – ditou Vernon enquanto olhava para o desenho do espelho, perdendo o momento em que os agentes se entreolhavam.
- na verdade, depois que o Stiles falou, ficou bem óbvio. É parecido com o desenho do livro – falou apontando para o desenho feito com sangue.
- e qual é a desse Jaguar? – questionou Erica olhando para o traficante com curiosidade.
- Jaguadarte. É um dragão descrito como um monstro terrível que irá devorar tudo que não o conseguir enfrentar com coragem e força – respondeu Vernon enquanto se virava para olhar para o corpo de Gina.
- É aquele dragão do live action de Alice no País das Maravilhas. A fera Alice tem que enfrentar usando a Espada Vorpal – disse Peter chamando a atenção dos outros agentes para si
- ela não conseguiu uma dessas na internet – brincou a loura vendo as marcas de mordidas em Gina.
- os legistas chegaram – anunciou um oficial surgindo na porta, sendo seguido pelos cientistas forenses e os legistas.
- vou precisar de um pouco mais de espaço para trabalhar com o corpo – falou legista enquanto se aproximava mais da garota.
- mas o que diabos aconteceu com ela? – questionou o homem vendo as marcas ao redor do ferimento.
- precisa trocar os óculos? – questionou Stiles, irritado, chamando a atenção para si. O homem, meio envergonhado, ajustou os óculos no rosto enquanto se abaixava.
- parece que ela foi mordida depois de morta – comentou o legista enquanto analisava o corpo.
- ela foi comida até a morte – ditou Erica, abaixada ao lado do homem.
- como sabe? – questionou vendo a mulher tocar no corpo com a mão sem luvas.
- não pode...
- preste atenção. Aqui. Ele a mordeu no pescoço. Uma mordida que veio por trás. Ela não sabia que ele estava aqui – ditou a Reyes apontando para o pescoço do cadáver, antes de olhar bem para o quarto enquanto os forenses fotografavam tudo.
- ela... Estava sentada nessa cadeira. Focada no computador, não viu ele se aproximando – explicou enquanto via os forenses fotografarem tudo, a encarando com surpresa em suas expressões.
- ela foi mordida ainda sentada. Com a dor, se debateu e foi jogada no chão. Se arrastou um pouco, antes de ele a imobilizar e começar a se alimentar da carne dela – explicou a loura e, quando deu por si, estava sendo observada por todos que não eram da divisão com admiração.
- você... É muito boa – elogiou o legista vendo aquela mulher bonita sorrir para si, enquanto passava a brincar com uma mecha de cabelo.
- ah, eu sei. Você precisa ver aquele cara ali – ditou a loura apontando para Stiles, que encarou o homem com uma seriedade que preocupou o pobre legista.
- mas ele só... Começou a comer ela? Sem cortar com uma faca, nem nada? – questionou o oficial parado na porta.
- ele não precisa de facas – ditou Stiles vendo o legista se concentrar no corpo, tentando fugir do seu olhar.
- na verdade, eu acho que ele usa algo, sim. Mas não sei o que é. Ela tem marcas no perímetro do ferimento que não condizem com as mordidas que levou – comentou o legista e o castanho suspirou.
- ele tem suas próprias armas. Não precisa de facas - falou Stiles se aproximando do corpo.
- como sabe? – indagou Derek, desconfiado.
- não são facas. São garras – respondeu Stiles abrindo as mãos como se fosse arranhar algo e a colocou próxima ao ferimento, fazendo os dedos se posicionarem exatamente sobre as marcas.
- vocês dois são ótimos! Por que tem dois de vocês em uma mesma equipe? Não seriam melhor ter um em cada? – questionou um dos forenses vendo a loura e o castanho se entreolharem.
- a doutora Reyes é melhor em compreender as ações da vítima. O Doutor Stilinski é melhor em compreender as ações do assassino. Unindo os dois, nós praticamente temos o assassinato gravado em vídeo – ditou Peter chamando a atenção do grupo.
- vamos nos reunir no outro quarto. Quero conversar com vocês em particular – falou o Tate enquanto seguia para fora do quarto.
A equipe inteira o seguiu, sendo Stiles o último a sair do quarto, encarando fixamente o espelho ensanguentado. Quando chegou ao outro quarto, o castanho fechou a porta e encarou Peter, como os outros. O homem andava de um lado para o outro no quarto, enquanto suspirava e passava a mão no rosto. Ele estava preocupado. Preocupado ao ponto de não conseguir esconder este fato em sua expressão. Algo muito sério atormentava o homem louro. Derek sabia disso. Ele e os agentes da equipe eram pessoas muito bem treinadas. Sabiam que para algo perturbar um agente como Peter daquele modo, deveria ser algo muito sério.
- eu vou falar sério e preciso que seja sincero comigo – ditou o homem, parado, olhando pela janela.
- somos um time. Uma equipe. Então temos que ser sinceros uns com os outros. Mesmo que... Alguns de vocês não se suportem. Temos que ser sinceros quanto aos casos. E, de você, eu espero muita sinceridade, Stiles – desse o Tate antes de se virar para o castanho, que suspirou.
- eu trabalhei com você há quase uma década e meia atrás. Eu interroguei você. Eu trabalhei com o seu psicológico. Eu fiz o teste do poligrafo em você. E você disse para mim... Me disse que não havia mais ninguém com você. Que você trabalhava sozinho. Me disse que ninguém lhe ajudou a matar aquelas pessoas. Então me diga: o que esse cara tem a ver com você? – questionou Peter vendo o castanho enfiar a mão no bolso do casaco moletom que usava.
- eu sei tanto quanto você. Eu não conheço ninguém com a assinatura de Jaguadarte. Não conheço assassino nenhum. Eu sou isolado no ramo. Fui preso aos onze, se recorda? – respondeu o Stilinski e o Tate suspirou.
- eu lembro, Stiles. Eu só quero entender como alguém tem uma assinatura do mesmo universo que a sua e ainda sabe sobre você – falou Peter se aproximando para colocar as mãos nos ombros do castanho, que lhe abraçou apertado.
- ele sabe sobre o Stiles?! – indagou Isaac, surpreso.
- o verbo “pegar” na frase “me pegue se puder”, está no singular por um motivo específico. Pela assinatura dele, está óbvio que isso é um desafio para Alice. – explicou Allison e o louro fitou o castanho, receoso
- ele escreveu aquilo pra você – murmurou, ainda surpreso.
- eu sei. – ditou Stiles enquanto começava a brincar com as suas cartas.
- Stiles, você realmente não faz ideia de quem possa ser? – indagou Allison vendo o castanho menear positivamente.
- somente o FBI sabia a minha localização. Quem antes sabia sobre a minha existência antes de eu ser preso,, agora está morto – falou o castanho e Derek sentiu um gosto amargo surgir em sua boca ao se lembrar do seu pai.
- bom. A menos que esse cara tenha cavado sete palmos de terra, alguém escapou de você – disse Scott, sorrindo maroto na direção do assassino.
- ninguém escapa de mim, Scott. Seja antes ou depois da festa do chá, todos que eu quero perdem as suas cabeças – Alice tratou de alertar o moreno de queixo torto que lhe encarava com seriedade
- isso é o que vamos ver no final desse caso - ditou o McCall vendo o castanho franzir o cenho em sua direção.
- não pense que vai muito longe, McCall. Esse cara acha que pertence ao País das Maravilhas. Vocês, normais, não vão conseguir seguir ele – falou Alice vendo o moreno franzir o cenho em sua direção, desconfiado.
- isso é um desafio? – perguntou o moreno de queixo torto vendo o castanho sorrir de canto.
- não é um desafio. É um fato – respondeu Stiles dando as costas para o agente.
- o único problema é que ele está se iludindo – falou o castanho, antes que o moreno desse continuidade a discussão.
- com o quê? – questionou Vernon vendo o castanho lhe fitar por sobre os ombros.
- ele se acha um incrível e aterrorizante dragão faminto que pertence ao Pais das Maravilhas. No entanto, acontece que o Jaguadarte é só um poema. – falou o castanho vendo o Boyd lhe fitar pensativo.
- mas ele não parece saber disso – falou Peter vendo o castanho sorrir em sua direção.
- ele quer reconhecimento. Seu reconhecimento – ditou Derek vendo Stiles menear positivamente.
- um reconhecimento desesperado que pode o tornar instável se ele não conseguir – completou Allison vendo o assassino em série da divisão menear positivamente.
- exato – afirmou Stiles vendo os agentes se tornarem preocupados.
- isso vai dar ruim. Toda vez que algum assassino fica instável, ele fica imprevisível – ditou Vernon vendo os agentes menearem positivamente.
- quando o assassino vive uma ilusão, ele se torna imprevisível quando é forçado a sair dela. Ele fica furioso por alguém tentar lhe fazer ver a realidade e se torna extremamente violento – explicou Peter enquanto se aproximava mais de Stiles.
- tem certeza de que não sabe de ninguém que faça esse tipo de coisa? – indagou o louro, colocando as mãos, suavemente, no pescoço do outro, vendo o castanho olhar fundo em seus olhos.
- pela ultima vez, Pet. Eu não sei de nenhum canibal – respondeu Alice vendo o Tate menear positivamente, antes de lhe beijar a bochecha.
- tudo bem. Vamos. Os peritos já devem estar acabando – falou o Tate e Alice se virou para sair daquele quarto.
O louro olhou, de soslaio, para o sobrinho o vendo o mesmo lhe encarar com seriedade. Ele sabia o que se passava na cabeça do seu sobrinho. Derek poderia estar deixando de lado, momentaneamente, todos os problemas que tinha com Stiles, mas isso não significava superar eles. Não significava deixar para trás o que ficou para trás. Até porque, havia uma coisa muito mal resolvida entre eles.
A morte de Alexander era um grande abismo entre Derek e Stiles. De um lado havia Derek como o filho, uma das vítimas da fatalidade que fora a morte do agente Hale. Do outro lado havia Stiles como o assassino, causador da morte que chocou não só a família Hale, como todo o país. Foram semanas apenas documentando o assassinato de um agente do FBI por um garoto de apena onze anos. Aquele abismo seria impossível de ser superado se dependesse dos dois homens.
- estamos levando o corpo para a autópsia – alertou o legista ao encontrar os agentes no corredor.
- quando estiver fazendo a autópsia, verifique se há algum órgão faltando – ditou Alice vendo o homem franzir o cenho, não notando todos os agentes o acompanhando no ato.
- por que quer saber? – questionou o legista, curioso.
- canibais são assassinos em série, pois se não conseguem a carne que querem em lojas, eles tem que caçar. E todo assassino em série tem um ritual, seja antes ou após da morte. Alguns canibais gostam de levar um pouco do jantar para casa, para poder comer sem ter que caçar de novo e se arriscar ser preso – explicou o castanho vendo o legista lhe fitar assustado, enquanto dava meia volta e seguia na direção da saída.
- ainda não acredito que essa pobre garota foi comida – comentou um dos peritos enquanto tentava colher digitais da porta.
- de pobre ela não tinha nada – falou Erica enquanto via Stiles seguir para o computador da vítima.
- a vítima fazia pessoas se suicidarem na frente do computador por as chantagear – falou Scott vendo os peritos lhe fitarem surpresos.
- então a assassina se tornou a vítima? – questionou a outra perita, surpresa.
- isso é muito comum no ramo. Vai por mim – ditou Stiles chamando a atenção para si.
- Peter, ligue para a Lydia e diga para invadir o computador da Gina e achar os artigos que ela roubou de Ryan – ordenou o castanho e o louro obedeceu instantaneamente.
- Lydia, invada o computador da Gina. Estamos no local. Não. Ela está morta. Não. Encontramos ela assim. Acreditamos que Stiles e Erica tenham identificado o suspeito quando entramos, mas ele estava saindo e nós com pressa. Volte para a base o mais rápido que puder. Você sabe o que fazer com o garoto – ditou Peter enquanto caminhava de um lado para o outro no corredor.
- está bem. Vou começar agora – ditou a ruiva enquanto começava a digitar.
- como exatamente ela morreu? – questionou a Martin e todos na sala do xerife a fitaram com surpresa.
- é sério? – questionou a mulher, em choque, parando brevemente de digitar.
- não, tudo bem. Eu já iria fazer isso. Te ligo assim que tiver a resposta. Beijinhos – ditou a ruiva encerrando a chamada.
- quem morreu? – questionou o delegado vendo a ruiva suspirar.
- Gina Willows foi encontrada morta em seu apartamento - respondeu a ruiva e os três lhe fitaram em choque.
- m-mas como isso aconteceu? – questionou Kylle, surpreso.
- isso quer dizer que ela não era o culpado, certo? – indagou Ryan um tanto aliviado.
- não. Gina foi morta momentos antes da nossa equipe chegar lá. Alice e Erica acreditam terem visto o assassino quando estavam entrando no prédio – respondeu a Martin enquanto digitava freneticamente no computador.
- se ela está morta, por que ainda está digitando assim? – questionou o delegado, desconfiado.
- Gina roubou informações importantes sobre nós do notebook de Ryan. Eu quero rastrear estas informações para saber mais do que aconteceu com ela – respondeu a agente vendo o garoto lhe fitar com surpresa.
- eu esqueci de avisar. Há pouco tempo eu achei algo na internet. Alguém que disse ter algo bastante interessante para vender. Arquivos importante do governo. Dois arquivos. Eu tentei derrubar a venda... Mas ela sumiu do nada – falou Ryan, receoso, e a ruiva o fitou surpreso.
- quanto tempo durou? – indagou a agente Martin vendo o castanho olhar no relógio.
- de sete a dez minutos – respondeu o garoto e a mulher franziu o cenho.
- isso é estranho. Tem certeza disso? – questionou Lydia vendo o garoto menear positivamente.
- por que é estranho? Coisas são vendidas na internet o tempo todo – perguntou Kylle, curioso.
- vendas criminosas na internet procuram fontes que não podem ser rastreadas, mas que podem ser vistas a quem interesse. Mas elas, com toda a certeza, não ficam por tão pouco tempo na internet. Nem todo mundo fica online o dia todo, nem todos os dias. Principalmente criminosos. Eles precisam de um tempo para ver estes anúncios discretos – explicou Lydia enquanto apertava um botão no computador e logo, no único fone de ouvido que usava, a ruiva ouviu a chamada ser efetuada.
- Derek, isso é extremamente importante. Os arquivos que Ryan baixou e que ela roubou foram a leilão hoje mais cedo – ditou a ruiva ouvindo o moreno xingar do outro lado da linha, antes e avisar que estava no viva-voz.
- é o seguinte. O homem que a matou deve ter pego os arquivos para ele – disse a Martin antes de Stiles negar a sua teoria.
- ele está me protegendo. Ele sabe que se os arquivos vazarem, eu serei colocado de novo na segurança máxima. E se eu voltar para Alcatraz, ele não poderá brincar comigo – a voz de Stiles despertou a curiosidade na ruiva.
- espera. Ele sabe sobre você? – indagou Lydia parando o que fazia, surpresa.
- sim. Ele sabe sobre Stiles. Parece que quer medir a nossa competência, usando Stiles como seu caçador - respondeu Peter e a ruiva suspirou voltando a trabalhar no notebook.
- tudo bem. Vou fazer o que me mandou – ditou a ruiva antes de encerrar a chamada.
- o que temos que fazer? – questionou Ryan, curioso e ansioso.
- me dê um minuto – responde a ruiva enquanto dedilhava no computador com velocidade.
Lydia levou um pouco de tempo para poder invadir o computador de Gina. A defesa do sistema da Willows era incrível, mas com a moça em um necrotério, Lydia estava livre para acessar o computador da assassina a vontade. A ruiva vasculhou todo o computador da nova vítima, se sentindo frustrada quando não encontrou nenhum arquivo do FBI por lá, apenas uma nota digital alertando que os arquivos foram deletados por segurança do “jogo”.
- o que diabos esse cara quer? – indagou a ruiva vendo o modo estranho da escrita da nota.
Haviam muitas letras S, inclusive em locais que não deveriam haver letras S, como no nome Alice. A letra C fora substituída pela S. Aquilo estava extremamente estranho. A ruiva apertou o botão do fone de ouvido e, imediatamente, o seu celular discou o número de Derek. Assim que a chamada foi atendida, o moreno alertou que todos estavam escutando.
- nada. O computador está limpo. Só tem um arquivo. Uma nota digital. Dizendo que os arquivos estavam seguros. Acho que o assassino está com eles – disse a Martin ouvindo Peter concordar imediatamente.
- ele quer ter alguma segurança de que Alice estará no caso. Se souber que o Stiles está fora do jogo, ele vai espalhar isso como folhas ao vento. E como não queremos que isso ocorra, o FBI fará de tudo para que o Stiles participe – explicou Peter e Lydia suspirou.
- isso é ruim – ditou Isaac.
- Lydia, já pode voltar – ordenou Derek.
- positivo – respondeu a mulher já começando a desligar tudo.
- acabou? – questionou Ryan, curioso.
- sim – respondeu a Martin mexendo no notebook.
- m-mas e eu? – indagou o castanho vendo a mulher suspirar.
- aí é você que escolhe – respondeu a ruiva deixando o garoto confuso.
- c-como assim? – perguntou Ryan, nervoso.
- se você quiser continuar ajudando, vai ter que esperar alguns anos. Mas se não quiser, vai ser um desperdício de habilidades – respondeu Lydia vendo o garoto permanecer lhe fitando confuso.
- eu... Acho que não entendi – foi tudo o que o adolescente disse enquanto encarava a mulher com confusão.
- eu acho que ela está lhe sugerindo uma carreira – ditou o delegado vendo o castanho lhe fitar surpreso.
- i-isso é sério? – questionou Ryan, desconfiado.
- eu comecei como você. Invadia os sistemas só por diversão. Para provar que eu era melhor. E eu me entreguei, antes que me encontrassem, e mostrei as falhas do sistema para eles. Me ofereceram uma vaga em uma escola militar especializada. Podem fazer o mesmo com você, se aceitar, é claro – explicou a agente vendo o adolescente tomar um sorriso animado no rosto.
- é claro que eu quero! – exclamou, animado.
- ótimo. Aqui está o meu cartão. Converse com os seus pais. Se eles concordarem, voltaremos a nos falar – disse a ruiva antes de começar a desmontar o seu equipamento.
- o que a gente está fazendo aqui, mesmo? – questionou um rapaz de vinte e dois anos enquanto encarava aquele estranho prédio abandonado.
- estamos aqui para festejar, Collin – respondeu uma moça de mesma idade ao mesmo tempo em que descia do carro em que estavam com animação.
- qual é, cara? Vai ser legal. Ninguém vai pensar em nos procurar aqui. É o lugar perfeito para ficarmos doidões – argumentou outro rapaz enquanto surgia ao lado do carro de Collin.
- um prédio abandonado, distante de prédios vizinhos, sem fiscalização. É sem dúvida o lugar perfeito para uma festa com muita droga e muita foda – falou um terceiro rapaz enquanto abraçava uma garota castanha que sorriu animada com as suas palavras.
Eram, no total, cinco casais. Eles estavam no terceiro período da faculdade. O grupo de amigos estava planejando uma festa assim havia semanas. O único problema para aquela festa particular ocorrer era o local. Eles precisavam de um local que não houvesse risco da polícia os pegar com as drogas. Na casa de nenhum deles poderia por causa dos seus malditos vizinhos que reclamariam do som alto e acabariam chamando a polícia.
Collin não fumava, nem cheirava. Ele estava ali apenas pela bebida, pelos amigos e pela namorada. Quando desceram do carro, cada um deles levou colchonetes e um caixa térmica com bebidas e algumas porcarias para comerem pelo decorrer da festa. Eles iriam passar a noite toda ali.
- então, em qual andar vamos ficar? – questionou Barbara encarando o louro que abraçava.
- o mais distante dos desses otários. Vamos gritar muito, hoje – falou o rapaz enquanto apertava a bunda da garota que gargalhou com a resposta do namorado.
- até parece – brincou Collin enquanto abraçava a namorada pelos ombros.
- que tal ficarmos em um quarto do segundo? – questionou Lylla, a namorada de Collin.
- por mim tudo bem – respondeu o moreno beijando a moça ao mesmo tempo em que começava a subir com os colchonetes.
- certo. Todo mundo arrumando as coisas em seus quartos – ordenou Kim, o capitão do time de futebol da faculdade.
- se controla, Kim. Não somos o seu time – ditou Lylla ao mesmo tempo em que começava a ajudar o namorado a levar as coisas. O rapaz ergueu as mãos, enquanto os outros riam do corte que levou.
- tudo bem. Eu só queria todo mundo junto na hora da bebedeira – argumentou enquanto começava a levar as suas coisas para o quarto em que passaria a noite.
- esse lugar está caindo aos pedaços! – exclamou Barbara ao mesmo tempo em que analisava o local.
- é um prédio abandonado há anos. O que esperava? – indagou Bryan, o louro do grupo.
- algo mais higiênico, com toda a certeza – respondeu Barbara, ainda olhando para tudo com nojo.
- vamos começar a beber que você esquece disso – ditou Elijah descendo as escadas já com uma garrafa de vodca aberta, servindo a garota com um copo plástico.
A noite se passou com eles rindo, conversando, bebendo e brincando. Eles riam das palhaçadas uns dos outros, das histórias engraçadas vividas no campus e nas salas de aula. Os jovens precisavam daquele momento entre eles para isso. As provas estavam chegando e eles sabiam o quanto o período de provas era estressante. Os amigos não iriam ter um tempo como aquele enquanto as provas não acabassem. Então eles precisavam aproveitar.
Aos poucos, os casais começaram a se separar em seus quartos. Bryan e Barbara estavam deitados sobre os colchonetes, seminus, beijando-se e excitando-se ao esfregarem os corpos um no outro. Eles haviam bebido o suficiente para Barbara esquecer o cheiro estranho que aquele lugar tinha e também para esquecer toda a sujeira ao seu redor.
- espera – pediu o louro enquanto se levantava.
- o que foi? – indagou Barbara, frustrada.
- eu volto em um instante – respondeu o rapaz antes de se levantar com velocidade e caminhar para fora do quarto.
- os quartos tem banheiro – ditou a morena como se revelasse o óbvio.
- que não funciona porque ninguém pagou a água. É rápido – argumentou enquanto fechava a porta do quarto.
Barbara, suspirou, antes de começar a se despir. Ela queria, pelo menos, estar pronta para quando o namorado voltasse. Enquanto retirava a roupa, Barbara ouviu a porta se abrir. Ela sorriu, enquanto tentava retirar a camisa, que havia prendido em seu brinco.
- nossa. Essa foi rápida – comentou e, então, ela conseguiu retirar a camisa.
Ao olhar para a porta, ela viu alguém encapuzado, com luvas, máscara médica, óculos escuros e mangas compridas. Ela olhou para aquilo, descrente, analisando o corpo de cima a baixo. A garota não estava entendendo nada daquilo. O seu namorado havia saído para ir ao banheiro e agora entra alguém mais vestido do que ele em seu quarto.
- isso é algum tipo de fetiche? Porque se for, é um dos mais estranhos que já vi. Sério. Eu aceitaria roupa feminina, roupa de animal, aceitaria até mesmo uma terceira pessoa. Mas uma fantasia de misterioso cracudo?! – falou a morena, descrente do que o namorado estava fazendo.
O encapuzado nada disse. Barbara suspirou enquanto via o outro se aproximar.
- olha. Se essa roupa estiver fedendo, não vai rolar. E você vai ter que me pagar um bom oral por isso – alertou a mulher enquanto via o namorado subir na cama.
Ela sentiu o corpo alheio se instalar entre suas pernas, enquanto levava uma de suas mãos para a sua vagina. Ela não pôde mentir quando disse que havia gostado da sensação da luva de couro lhe tocando. Barbara fechou os olhos, não vendo quando o encapuzado colocou o dedo indicador da outra mão em sua boca. A moça sorriu travessa enquanto mordia a ponta do couro, sentindo o homem puxar a mão, retirando a luva. Ela abriu os olhos, vendo uma estranha mão deformada a sua frente. Aquela mão parecia a de um monstro, com direito a garras afiadas e tudo.
- mas o que é – ela não teve tempo de terminar, pois o encapuzado lhe golpeou o pescoço, criando um grande corte em sua garganta.
Surpresa, a moça levou as mãos ao ferimento, tentando parar o sangramento a todo custo. Ela assistiu, aterrorizada, ao outro retirar a outra luva, a máscara médica e os óculos escuros que usava, juntamente com o capuz. Ele era horrendo. Todo o seu corpo era coberto por cicatrizes, lhe deixando com uma aparência única. Barbara se sentiu mais assustada ainda quando viu aquele homem abrir a boca, revelando dentes afiados, e levou o dedo a boca, provando do seu sangue.
Ela tentou gritar, mas, devido ao ferimento em sua garganta, nenhum som era emitido. O seu corpo tremeu mais quando o homem estranho pediu silêncio, emitindo um som estranho enquanto colava o indicador nos lábios. Barba assistiu, aterrorizada ao homem se erguer sobre os joelhos, antes de lhe golpear a barriga desnuda com as garras, abrindo um grande corte. Ela tremeu com a dor, antes de sentir outro golpe, e outro, outro, e mais outro. E foi sendo golpeada por aquelas garras assustadoras que ela deu o seu último suspiro.
Bryan havia subido um andar para poder urinar, sem se preocupar com o aroma alcançar o seu quarto. Desvantagens do uso do prédio abandonado como local de festa: sem saneamento básico. Mas não importava, agora. Ele só precisava colocar uma camisinha e foder a sua garota como estava desejando desde o início da noite. Assim que abriu a porta, no entanto, a sua visão não fora muito excitante.
- MAS QUE PORRA É ESSA?! – exclamou irritado ao ver um homem sobre a sua garota.
O homem ergueu a cabeça, revelando o couro cabeludo desfigurado o suficiente para não produzir mais cabelos. E então o homem olhou para Bryan por sobre os ombros, enquanto arrancava uma carne com couro com os dentes, puxando o outro pedaço com a mão. Aquilo assustou Bryan. As mãos do homem, assim como o queixo, estavam vermelhas da cor de sangue. Os olhos dele eram estranhos. Eram alaranjados nas íris e suas pupilas eram enormes na cor azul escuro.
- mas que merda é essa? – questionou Bryan, confuso.
Foi então que o homem estranho e deformado saiu de cima de Barbara. Esse foi o momento em que Bryan soube o que estava acontecendo. Barbara estava ensanguentada sobre o colchonete, com a barriga aberta de forma horripilante e nojenta. Bryan gritou, assustado, enquanto começava a chorar vendo a namorada daquele jeito. Barbara era uma líder de torcida. O seu corpo era esbelto e perfeitamente modelado. Mas, agora, o seu abdômen possuía um vão enorme. Aquele homem havia comido quase toda a barriga da garota. E não havia parado, já que permanecia a mastigar e segurava o figado da mulher com uma mão. Os amigos começaram a vir de onde estavam, assustados e curiosos com a gritaria.
- Bryan! Qual foi, cara? – questionou Kim irritado por ter a sua foda interrompida.
- BARBARA! – gritou Bryan, irritado, antes de correr para o interior do quarto, tentando descontar a sua raiva naquele assassino. Tentando o fazer pagar. Os amigos de Bryan caminharam, calmamente até a porta, com exceção de Kim.
- ele deve estar fazendo alguma pegadinha idiota. Eu vou voltar para a minha garota – ditou o capitão do time de futebol, dando as costas.
- PUTA MERDA! – exclamou Collin ao ver o que ocorria.
- CHAMA A POLÍCIA! – gritou o moreno correndo para o interior do quarto.
- mas o que merda está acontecendo? – questionou a namorada de Kim saindo do quarto quando o mesmo alcançou o quarto de Bryan e Barbara.
- Laisa, chama a polícia! AGORA! – gritou Kim correndo para o interior do quarto.
- Lylla! Vocês e as garotas vão para o lado de fora. Peguem o meu carro e deem o fora. AGORA! - ordenou Elijah quando a garota alcançou a porta do quarto de Bryan e Barbara.
Ao ver o que ocorria lá dentro, a garota gritou assustada e correu até as amigas, as puxando com a mão enquanto gritava que um homem havia matado Barbara. Assustadas, todas correram para o carro de Elijah e fugiram dali as pressas enquanto ligavam para a polícia.
- nada. As digitais não deram em nada – ditou Scott após analisava os arquivos enviados pelos forenses de Miami e os jogava sobre a mesa da sala que estavam usando.
- ele poderia estar usando luvas. Devia estar usando elas durante o crime – falou Allison enquanto dava de ombros, olhando para todos.
- improvável – rebateu Erica retirando um pirulito da boca para poder falar mais.
- as marcas no torso da vitima são de unhas. Ele mordeu ela. Sentir, na própria pele, a vida de outra pessoa se esvaindo faz parte do desejo dele por carne – argumentou a loura se erguendo e pegando os papéis da perícia forense sobre a mesa.
- ele deve ter os dedos desfigurados. Ácidos, alguns compostos químicos e fogo são capazes de remover as digitais de alguém – sugeriu Isaac vendo Peter lhe fitar curioso.
- ele deve mexer com química, ou ser uma vítima de incêndio. Se ele sofreu um acidente, pode ser completamente desfigurado – explicou o Tate vendo o louro de cachos menear positivamente.
- isso explicaria todo aquele desejo de se esconder. As pessoas devem ter aversão a ele. Não gostam de se aproximar, muito menos olhar – ditou Derek vendo o tio concordar.
- isso deve ter desencadeado o modo assassino dele. A rejeição por parte da sociedade o isolou ao ponto de ele se sentir um animal – comentou Allison vendo Derek concordar ao apontar com a mão para si.
- ele não se sente um animal. As pessoas o veem como um animal – corrigiu Stiles vendo os agentes direcionarem o olhar para si.
- ele é visto pelos outros como um monstro. Com raiva por ser tratado assim, ele quer mostrar que, se ele é um animal, é ele quem está no topo da cadeia alimentar agora, não os humanos – explicou o castanho levando uma das mãos a orelha, novamente, não sentindo nada na mesma.
Foi só então que Alice se recordou que não tinha mais os brincos. Quando a ausência do símbolos de espadas e copas se fez presente em seu corpo, Stiles sentiu uma fúria crescente em seu peito. A raiva ia o dominando aos poucos já havia algum tempo. Mas se recordar que seus brincos não estavam mais consigo era duro. No mesmo instante, o braço do castanho começou a tremer e o Stilinski cerrou o punho, tentando se conter.
- cara, você está bem? – indagou Isaac, preocupado
- estou – respondeu Stiles e o louro franziu o cenho.
- então por que parece que o seu braço tem vida própria? – perguntou o Lahey, receoso
- eu já disse que estou bem – respondeu o Stilinski levando a mão para o braço, tentando o conter.
- é sério, cara. Você parece...
- eu já disse – ralhou o castanho olhando para o louro com olhar ameaçador.
- que estou bem – finalizou Alice, sorrindo docemente para o mais alto, que se calou com o olhar do castanho.
- temos uma denúncia de um homem comendo uma garota – alertou a delegada abrindo a porta com pressa.
- vamos – ditou Peter se erguendo e ignorando Stiles que foi o ultimo a sair da sala, por tentar controlar o que sentia.
A viagem até o local fora rápida. O prédio era afastado, mas o caminho até ele não era muito movimentado. No meio do caminho, a polícia encontrou as garotas que fizeram a denúncia. Elas choravam bastante ao explicar para os oficiais o que havia ocorrido. Quando chegaram até o local, os policiais foram os primeiros a entrarem no prédio, pois foram os primeiros a chegarem.
Eles revistaram o prédio, não encontrando ninguém além dos corpos das vítimas. Quando os oficiais liberaram o perímetro, a equipe se dirigiu para o quarto onde se encontravam os mortos. Estava tudo uma bagunça. Havia sangue para todos os lados. Todos haviam sido mordidos, mas apenas Barbara havia sido comida.
- ele matou todos os que avançaram nele, mas apenas comeu ela. Por que? – indagou Derek, confuso.
- fetiche. Gosto. Talvez ele prefira comer mulheres. Talvez ache a carne melhor – sugeriu Peter.
- não. Ele não discrimina presa. Foi tempo. Ele teve tempo apenas de comer ela. Quando os garotos avançaram nele as garotas já deveriam estar ligando para a polícia. Ele mal teve tempo de matar eles – argumentou Stiles enquanto encarava o corpo de um moreno com fixação.
- como sabe disso? – indagou Derek vendo Stiles se abaixar ao lado da vitima de cabelos negros.
- porque esse daqui ainda está vivo – respondeu Stiles socando o peito do moreno com força e o mesmo se moveu, brevemente.
- você é doido?! E se isso agrava o estado dele? – questionou Scott, irritado.
- acha que não tenho conhecimento disso? – indagou Stiles enquanto levantava e mandava um oficial chamar uma ambulância.
- então por que bateu nele? – questionou Derek, igualmente irritado.
- porque não vai interferir em nada no estado dele. Ele sofreu um corte superficial na garganta e uma pancada na cabeça. Ele só está inconsciente - respondeu Alice vendo o moreno respirar calmamente.
- para ele ter saído sem terminar de matar esse cara, ele devia estar muito apressado – comentou Allison vendo Alice se erguer, passando o dedo pelo sangue de Bryan, o corpo jogado ao lado do sobrevivente.
- Stiles – repreendeu Peter ao ver o castanho levar o dedo aos lábios.
- está fresco. É recente. Esses caras foram mortos poucos minutos antes de nós chegarmos – ditou o Stilinski ignorando o louro completamente.
- Stiles, não faça isso de novo – repreendeu o Tate vendo o castanho lhe fitar por sobre o ombro.
- se não devo investigar, por que raios eu estou aqui? – indagou o castanho vendo o louro lhe fitar com seriedade.
- com certeza não é para lamber o sangue de ninguém – rebateu Peter e o castanho suspirou, revirando os olhos.
- eu vou esperar lá fora. Não estou com paciência para gente normal – disse Alice já dando as costas para a equipe.
- Stiles – chamou Peter vendo o homem de cabelos castanhos lhe ignorar prontamente.
- poxa, o cara só queria ajudar – ditou Isaac vendo o louro mais velho lhe fitar com seriedade.
- você não sabe o que diz – argumentou Peter vendo Derek sair do quarto e seguir ele.
- já vai começar – reclamou Erica cruzando os braços e revirando os olhos.
- ei. Ei! - Derek chamava pelo castanho que já se encontrava descendo as escadas.
- ah, vai se foder. QUEM É QUE EU TENHO QUE MATAR PARA TER UM POUCO DE PAZ NESSE INFERNO?! – gritou Alice, revoltado, socando a parede ao seu lado, antes de alcançar o primeiro andar do prédio.
- tente se acalmar. Você está se deixando levar pela raiva – alertou Derek, irritado com o que o castanho gritou.
- hunf! Olha só de quem estou recebendo esse conselho. Que mundo mais irônico! – Stiles exclamou, sarcástico, vendo o moreno de olhos verdes lhe fitar com seriedade.
- olha eu não vou... – o castanho parou de falar ao perceber algo estranho em Derek.
- isso é estranho – comentou Vernon chamando a atenção da equipe.
- o que é estranho? – questionou Scott, confuso.
- ele levou carne para casa, segundo o legista. A maioria dos órgãos de Gina estavam faltando. Por que caçar tão cedo se há carne em casa? – indagou o Boyd e os agentes pararam, confusos.
- eu não sei. Talvez esteja estocando comida para quando a população começar a ter toques de recolher e começar a andar em grupos – respondeu Scott ainda confuso.
- se fosse isso, ele só precisaria sair para caçar fora – argumentou Erica e Allison olhou curiosa para o local.
- ele caça um grupo, com garotos atletas, em um local abandonado – murmurou a Argent, pensativa.
- ele não tem medo de quem caça. Ele deve ser forte e já praticou esportes – concluiu Erica olhando ao redor.
- olhe para esse lugar. É aberto e com alguns prédios – comentou Peter, pensativo.
- perfeito para um atirador. Mas ele caça as vítimas no mano a mano – comentou Scott enquanto via os policiais entrando no prédio.
- isso não é uma caça por carne – ditou Vernon chamando a atenção da equipe.
Antes que o Boyd pudesse dizer mais alguma coisa, eles escutaram o som de vidro se estilhaçando e o grito de uma voz conhecida. Todos se moveram, em alerta, para o lado de fora do quarto, encontrando um oficial, que os alertou que estavam sendo atacados por alguém armado. Peter olhou para o andar de baixo, vendo o sobrinho, com a mão no torso, ser erguido do chão por Stiles, que o empurrou na direção do corredor.
- mas o que diabos está acon – foi tudo o que o louro mais velho teve tempo de falar antes de uma bala lhe atingir e ele cair com o impacto da mesma.

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Death Wonderland - Livro 1
Fiksi PenggemarA segurança nacional está em crise. O FBI já não está mais dando conta de tantos casos. O sistema carcerário está em crise, a criminalidade apenas cresce no país, e apenas mais casos aparecem, enquanto que o número de casos resolvidos diminui. Deses...