Kim corria o máximo que suas pernas feridas conseguiam correr. Ele estava cansado e seu corpo não estava na melhor forma possível. O universitário de cabelos castanhos estava coberto de ferimentos. Todas as vezes em que era obrigado a se deitar com aquele homem ele saia ferido. As garras dele o feriam ao lhe tocar, os dentes dele lhe perfuravam ao lhe morder em um ato intenso do sexo o qual ele odiou cada segundo.
As suas pernas estavam cobertas de cortes e mordidas que lhe impossibilitavam de correr mais rápido. Por mais que ele fosse um membro do time de futebol, ele era humano. Tinha limites para o seu corpo. E o seu limite estava perto. Sentia os joelhos fraquejarem durante a movimentação de suas articulações.
Aquilo só poderia significar uma coisa.
Não demorou nada para que, ao realizar um passo em meio a sua corrida desesperada, o Matarazzo sentisse o joelho fraquejar intensamente, permitindo que o seu corpo fosse ao chão. O arranhou que Kim gerou em seu queixo ao bater com o mesmo no cimento da calçada combinou perfeitamente com as marcas de dentes que haviam por seu rosto. Mas ele não se importou com a dor que sentiu no queixo. Estava mais preocupado com sua perna.
Estava óbvio que ele não conseguiria manter o ritmo de uma corrida daquele jeito. Aquilo era desesperador. Ele só tinha aquela chance. Kim tinha que alcançar a delegacia. Mas ele se quer sabia onde estava. O rapaz de cabelos castanhos suspirou ao olhar para a própria perna. Ela tremia. As suas duas pernas tremiam. Ele estava nervoso demais. Se demorasse, aquele homem poderia ser morto. E então, ele viria atrás de si. Aquele maldito homem lhe mataria também.
Kim se viu mais desesperado ainda.
Aquela chance era única. A sua única chance de sair vivo daquela situação. Ele não poderia vacilar. O castanho de olhos azuis respirou fundo e, ignorando a dor latente de seu corpo, se colocou de pé. Ele não poderia ficar perdendo tempo se lamentando da situação lamentável de suas pernas. O Matarazzo precisava agir. Pelo seu bem. Pelo bem do homem que estava arriscando a vida para lhe dar aquela chance. Pelo bem dos dois.
O rapaz de olhos azuis e corpo marcado por cortes e mordidas se colocou a andar o mais rápido que conseguia com as suas pernas naquele estado. Não importava quanto tempo ele levasse. Ele iria avançar. Precisava se mover. A ajuda não iria até ele naquele ambiente. O castanho precisava alcançar a civilização. Precisava encontrar gente. Pessoas para que pudessem o ajudar. Necessitava apenas de algum ser vivo com um celular disposto a ligar para a polícia. Mas parecia impossível. As pessoas pareciam ter sumido daquela parte de Miami.
Após alguns bons minutos caminhando, o rapaz fora agraciado pelo som de carros e buzinas. Caminhando um pouco mais, o castanho fora abençoado com a visão de uma rua movimentada. Kim mancou, chamando a atenção das pessoas, até um café próximo a si, adentrando o mesmo com dificuldade. Assim que colocou os pés no ambiente climatizado, o jovem, aliviado e emocionado por ter conseguido, se permitiu cair no chão, chamando a atenção dos clientes e da garçonete.
- Você está bem? – questionou um senhor vestido com calças jeans e camisa xadrez surrada. A garçonete se aproximou, vendo o castanho de belos olhos azuis com o rosto marcado por mordidas olhar desesperado em sua direção.
- eu preciso que chame a polícia - pediu o rapaz deixando todos confusos.
- mas o que houve com você? – indagou a garçonete ao ver as marcas de dentes no queixo do rapaz.
- chama a polícia! Tem um canibal atrás de mim. Nós precisamos de ajuda! – exclamou o Matarazzo vendo a garçonete lhe fitar surpresa.
- não passou algo sobre um canibal no noticiário? – questionou o homem, desconfiado de ter ouvido algo a respeito.
- meu Deus! Você foi o rapaz sequestrado! – exclamou a garçonete vendo o Matarazzo lhe olhar com olhos desesperados.
- chama logo a polícia! Ele ainda está com outra pessoa lá! – exclamou o rapaz e só então a mulher percebeu a gravidade da situação.
- qual é o seu nome? Eles podem vir mais rápido se souberem que você está aqui – inquiriu a mulher já puxando o telefone fixo do estabelecimento e discando o número da emergência.
O homem adentrou o esconderijo a passos calmos, apesar de toda a irritação que sentia. Ele não tinha tempo para perder com gente incompetente como aquele homem que ele iludiu. Tinha tanto trabalho para fazer. Aquele projeto ainda não estava pronto. Faltava muita coisa para fazer e muito há corrigir para que o mesmo estivesse perfeito. Pois ele tinha que ficar perfeito.
Ele seria o começo de tudo.
Ele que deveria iniciar os acontecimentos que trariam Alice até si e não um maldito retardado que forçava a fala para se parecer com um réptil. O homem voltou ase jogar em sua cadeira com rodinhas e girou a mesma uma vez, tentando aliviar o estresse antes de voltar ao trabalho.
- alguém parece estar irritadinho – comentou Ethan lançando uma faca na imagem de Sagitário presa a um quadro. A lâmina acertou certeiramente o olho da imagem do prisioneiro.
- parece que o encontro com o idiota não foi muito bom – ditou Aiden lançando um faca na mesma imagem que o irmão gêmeo lançara, a vendo se fixar no outro olho da foto de Sagitário.
- eu acho que o bichinho dele fez cocô no tapete da sala – brincou Ethan e Aiden riu provocativo.
Eles dois estavam mais do que satisfeito com aquela situação. Branco havia alertado que iria se encontrar com o homem que estavam iludindo, o chamando de Jaguadarte. Quando viram que o seu superior havia retornado de mau humor, os dois viram ali a chance perfeita de perturbar com o mesmo. E os gêmeos não perderiam aquela chance por nada naquele mundo.
- o que foi, Branco? Parece até que tomou um chá estragado – inquiriu Aiden vendo o homem mascarado lhe fitar por sobre os ombros, visivelmente irritado.
- o que ele fez de errado? Quero dizer, além de se meter com a gente – questionou Ethan vendo o homem voltar a lhe dar as costas.
- quer saber, realmente, o que ele fez? – inquiriu Branco com a sua voz ainda sendo modificada por sua máscara.
- queremos – responderam os gêmeos em uníssono.
- ele sequestrou Alice – ditou o homem mascarado e uma expressão de choque surgiu nos rostos idênticos.
O silêncio se instalou entre os três, antes de Branco retirar a sua máscara, exibindo um sorriso largo para os gêmeos. Quando perceberam que o homem também sorria, os dois irmãos não se importaram mais em segurar o riso que tentavam sufocar. As gargalhadas altas dos três ecoou por todo o local. Aiden levou as mãos a barriga enquanto Ethan se jogava deitado no sofá atrás de si. Branco apoiou a máscara em sua mesa, passando a bater com a mão no móvel. Ethan esperneava no sofá ai mesmo tempo em que o seu irmão gêmeo socava a parede na qual estava apoiado.
- EU PRECISO DE AR! – exclamou Ethan enquanto parava de bater as pernas no sofá e rolava no mesmo com as mãos na barriga, tentando conter as suas risadas
- essa foi boa. Nós se quer vamos precisar matar. Ele mesmo já se matou – comentou Aiden vendo o homem com roupas elegantes que outrora vestia uma máscara de coelho dar as costas para si, voltando a se focar no trabalho manual que deveria estar fazendo.
- aquele cara vai virar sopa! – exclamou Ethan ainda rindo.
- Alice vai fazer uma bolsa com o couro dele – brincou Aiden gerando mais risos em seu irmão.
- PARA, FILHO DA PUTA! – implorou Ethan jogando uma almofada em forma de coração no irmão gêmeo.
Demorou um pouco, mas logo as risada dos irmãos gêmeos foram diminuindo até sumirem completamente, fazendo ambos voltarem ao silêncio.
- mas o que mais me irrita é que ele não serviu para nada. Eu não esperava que ele fosse ser de grande ajuda. Mas eu esperava que pelo menos ele pudesse divertir um pouco mais antes de morrer – comentou Branco enquanto levava a sua máscara de volta ao seu rosto com uma mão, e com a outra ele ligava um maçarico.
- se bem que... Alice está em uma aliança com os federais. Há a possibilidade de o inútil acabar sendo preso e não morto – comentou Ethan e Aiden fora despertado pelo irmão para aquela possibilidade.
- você tem razão. Ele ainda está se submetendo ao governo. Tenho quase certeza de que, se ele matar alguém, voltará para Alcatraz. Ai vai ser game over – argumentou o gêmeo que se encontrava em pé.
- eu sabia que usar um lunático apaixonado por ele não iria ser uma boa coisa – protestou Ethan tomando um bico irritado nos lábios.
Branco gargalhou por trás da máscara. O homem desativou o modificador de sua voz passando a usar a sua própria voz para poder dialogar com os seus companheiros de crime.
- ora, por favor. Foi justamente por isso que eu escolhi ele. Apenas um gênio é capaz de amar uma mulher como Alice – argumentou Branco concentrado na solda que fazia.
- vocês não têm noção do alcance da habilidade de Alice. Tweedles. Nada no mundo vai impedir ele de matar aquele cara. Nem mesmo o agente Tate pode controlar ele, agora – comentou o mascarado parando de soldar o objeto a sua frente.
- e como tem tanta certeza? – inquiriu Ethan vendo o mascarado olhar para si, removendo parte da máscara para lhe revelar um sorriso vitorioso.
- parece que o suposto Jaguadarte andou insultando a nossa musa – ditou Branco, voltando ase focar em seu trabalho.
- e o que ele fez? – inquiriu Aiden, curioso.
- atirou nos brinquedos de Alice – respondeu Branco e os queixos dos gêmeos caíram, antes de sorrisos divertidos surgirem em seus lábios.
- é – ditou Aiden meneando a cabeça, impressionado.
- desta vez ele morre – soltou Ethan mordendo o lábio inferior.
Só Deus sabia o quanto ele queria estar presente quando Alice exterminasse aquele verme de suas terras. O seu corpo gritava em ansiedade e excitação. Ele precisava se aliviar. Não iria suportar toda aquela excitação em seu corpo. Ele precisava de um prazer equivalente. Precisava se mover. Se erguendo bruscamente, o homem de topete se retirou do sofá, seguindo para a saída do esconderijo.
- para onde vai? – indagou Aiden, confuso, vendo o irmão se aproximar de algumas lâminas devidamente organizadas sobre uma mesa.
- caçar. Essa conversa me deixou – respondeu enquanto arrastava uma faca da mesa com a mão após a escolher, aproveitando para pegar uma máscara roxa pendurada na parede ao lado.
O homem abriu o armário com violência. Ele estava desesperado. Analisou todas aquelas armas empilhadas com cuidado. Ele precisava de algo potente para enfrentar Alice. Porque, sim, ele iria matar aquele desgraçado. Ninguém lhe fazia de idiota. Ninguém lhe humilhava e ficava por aquilo mesmo. Ele iria revidar. Ali e poderia ser incrivelmente habilidoso com lutas, mas ainda não era a aprova de balas.
O seu arsenal, graças a sua paranoia, era bem preparado. Tinha de tudo. Rifles de caça, fuzis militares, submetralhadoras, pistolas, até mesmo lança granadas e uma bazuca ele tinha. Ele era um caçador. Estava sempre armado. Mas ele vacilou com Alice. A sua crença de que seria reconhecido e a sua paixão desenfreada pelas habilidades daquele homem lhe cegaram para a verdadeira natureza dele.
Alice era um assassino. Um assassino o crivelmente habilidoso e manipulador. Alguém que usaria todos que fossem necessários para alcançar o seu objetivo.
Manipulação.
Aquela palavra ficou ecoando em sua mente por alguns segundos, tempo o suficiente para ele pegar um dos seus rifles de assaltos e conferir que o mesmo estava recarregado.
E, como o estalo que a arma produziu ao ser destravada, o homem coberto de cicatrizes finalmente percebeu o que tanto incomodava a sua mente, a forçando a repetir aquela maldita palavra em sua cabeça.
Kim havia saído do esconderijo. E então tudo se encaixou. Alice havia sido capturado por si muito facilmente. Quer dizer, o castanho se quer pareceu perceber a sua presença quando ele acertou a cabeça do homem com a coronha de um revólver. Ele havia se entrosado com Kim Matarazzo, a sua Alice particular, com muita facilidade. Kim o obedeceu sem nem questionar a si se poderia acatar as ordens do outro.
Ele havia sido enganado.
Alice havia lhe enganado.
Em um acesso de raiva, ele virou o Robinson Armament XCR na direção em que sabia que Alice estava se arrumando, afinal, era a direção do quarto em que deixara o mesmo. O homem com cicatrizes por todo o corpo puxou o gatilho, disparando com fúria. As balas atravessavam a madeira fina das paredes, levantando lascas de madeira para todos os lados do labirinto. O Jaguadarte movia o rifle de um lado para o outro, disparando em todos os ângulos em que Alice poderia correr para se esconder.
Ele estava decidido. Não iria deixar pedra sobre pedra daquele lugar, se isso significasse matar Alice com as suas próprias mãos. As balas acabaram e a arma se silenciou. Mas ele permaneceu puxando o gatilho. Estava frustrado, estava magoado, estava possesso pela fúria. Ninguém deveria lhe tratar como Alice lhe tratara. As pessoas deveriam lhe temer. Ele era um monstro. Mas aquele homem se mostrou ser outro ao lhe enfrentar sem problemas algum naquele quarto.
Aquela seria uma luta de monstros.
Godzilla contra King Ghidorah.
Cila contra Kraken.
Jaguadarte contra Alice.
O homem julgava já ter matado Alice com aquela rajada de tiros. Mas, mesmo assim, ele iria se precaver. Já havia percebido que Alice era imprevisível. Poderia, muito bem, ter sobrevivido. Com alguns bons buracos de tiro, mas estaria vivo. Então o Jaguadarte tratou de recarregar o rifle. Foi quando ele ouviu.
O som de passos ágeis próximos ao quarto em que ficava o seu arsenal. Assustado, o homem largou o rifle no chão e se virou para o armário, puxando um M16A4 preto. Quando se virou novamente, ele pôde ver um ser de vestido azul passar correndo pela porta do quarto, gargalhando alto como uma criança que se divertia em um parque de diversões. Alice passou correndo na direção do esconderijo que não fora atingida pelas balas do Jaguadarte, por se encontrar atrás do mesmo.
O homem não pensou duas vezes. Rugindo em ódio, o homem passou a atirar novamente. As balas, novamente, destruíram as paredes, espalhando lascas de madeira para todos os lados. Abrindo buracos nas madeiras, permitindo que o homem pudesse ver o que se encontrava do outro lado das paredes. Novamente, ele apenas parou de atirar quando as balas acabaram. Assim que o silêncio reinou naquele esconderijo, a risada divertida voltou a ecoar pelo esconderijo.
Assustado, o homem de sobretudo largou o fuzil no chão e puxou uma p90 para si, a acolhendo no corpo e se colocando de costas para a parede, se escondendo atrás da mesma, ao lado do armário com as armas. Como o sobretudo e o armário eram da mesma cor, ele passaria despercebido pelos olhos alheios.
- o que houve? – a voz de Alice ecoou pelo local e logo o mesmo voltou a correr pelo ambiente.
Mas Jaguadarte se conteve. Ele não iria atirar indiscriminadamente. Não mais. Já havia percebido que não estava funcionando. Não estava conseguindo matar aquele homem daquele jeito. Precisaria ter calma. Precisaria ter paciência.
- cansou de cuspir fogo? – o outro indagou, gargalhando, ainda correndo.
Do outro lado do quarto, pelos buracos causados por seus disparos, Jaguadarte pôde ver o vestido azul passar pelos corredores do labirinto. Ele engoliu em seco, por um momento, acompanhando o movimento rápido da cor azul pelos buracos de bala. Mas, para o seu maior desespero, o vestido sumiu. Quando Alice iria fazer a curva em um dos corredores, o seu vestido sumiu, deixando o homem confuso.
- não vai se esconder de mim – murmurou o homem mirando com a submetralhadora e disparando algumas vezes.
Quando ele cessou o ataque, o silêncio voltou a reinar. Olhando atentamente para o local em que atirara, o homem se focou em procurar algum sinal de um corpo ferido. Ele semicerrou os olhos, concentrado.
- um, dois: brincamos os dois – o castanho cantarolou enquanto voltava a correr.
O homem disparou contra o vilto azul que via passar há algumas paredes de distância.
- três, quatro: de tiro ao alvo – a voz de Alice voltou a ecoar e duas rajadas de tiros foram disparadas na direção em que o seu vestido azul fora visto.
- cinco, seis: errou outra vez –
Jaguadarte já estava ficando possesso de raiva. Ele voltou a atirar sem controle algum. Quando parou para recarregar, ele pôde ouvir mais um verso da música.
- sete, oito: ficando afoito – a voz do castanho ecoou mais alto ainda, como se estivesse chegando perto.
- MORRE, FILHO DA PUTA! – gritou o homem puxando mais uma submetralhadora do seu arsenal, passando a atirar com as duas na direção do castanho, cada uma indo de um lado para o outro, aumentando o alcance dos seus tiros. Quando as balas acabaram, o homem jogou as duas no chão e puxou outro fuzil de assalto do armário.
- nove, dez – Alice cantarolou, animado, antes de gargalhar alto.
O silêncio reinou e o homem com cicatrizes estranhou. Ficou tão focado em selecionar um fuzil bom, que acabou perdendo o vestido azul de vista. Ele não pôde ver para qual direção a cor azul que surgia por entre os buracos de bala seguiu. Mas ele estava preparado. O fuzil já estava destravado e apontado na direção em que vira o vestido pela última vez. Quando mãos pálidas quebraram a fina madeira, já um pouco danificada pelas balas, atrás do seu corpo, ele gritou, desesperado. As mãos se fecharam em seu pescoço, o puxando violentamente para trás. Nervoso, ele disparou. Mas nenhuma das balas se quer fora direcionada para o dono das mãos firmes em seu pescoço.
A madeira da parede atrás de si terminou de se quebrar quando ele simplesmente atravessou a parede após ser puxado. Com um movimento rápido e preciso, Alice lhe jogou no chão, antes de lhe desarmar ao agarrar o fuzil, girando o mesmo, e pisar em seu braço. Separando o pente do fuzil, o castanho jogou cada um para um lado. Antes de se jogar sentado sobre o peito do homem que se auto denominava Jaguadarte.
- inversão de papéis – o homem de cabelos castanhos penteados para trás sorriu largo, fazendo os seus dentes separarem o coração perfeitamente desenhado no centro dos seus lábios.
Alice gargalhou ao perceber o desespero do homem, que tentou lhe afastar imediatamente, com golpes de suas unhas metálicas. Mas o homem de vestido fora mais rápido, usando um dos rifles descarregados largados no chão para imobilizar as duas mãos do seu adversário brevemente. Com socos de sua mão direita, Stiles forçou o homem a ficar tonto, retirando um pouco de sangue da boca do mesmo. Gargalhando uma última vez, o homem de vestido se ergueu, se afastando brevemente.
- você atira mal para caralho! Não acertou um tiro se quer! – exclamou enquanto erguia o homem zonzo, o colocando de pé.
O Jaguadarte ainda tentou um soco em Alice, mas o mesmo desviou, antes de dar a volta no canibal, segurar no sobretudo do homem e se jogar no chão. O castanho apoiou o pé na cintura do adversário, e o usou para impulsionar o homem, o jogando nas paredes atrás de si, terminando de as quebrar.
O homem de intensos olhos azuis não ficou para trás. Quando Alice finalmente se ergueu, fora agarrado pelo canibal, que colocou o braço do castanho por sobre o ombro se o lançou em outra parede. As lascas pequenas se fincavam em seus corpos e se perdiam em suas peles. Mas eles não estavam incomodados com aquilo. Os dois estavam mais focados em se enfrentar que se quer se preocupavam com o incômodo em suas carnes.
- você é ridículo! – exclamou Alice ao girar o próprio corpo e acertar um chute na face do homem com cicatrizes por todo o corpo.
- eu vou matar você! – exclamou o homem, furioso. Acetando um soco potente no peito do castanho, o fazendo cambalear para trás, parando ao lado do armário com armas.
- você não consegue nem acertar um tiro em mim. Por falar nisso, me deixe lhe ensinar como relmente se atira – ditou Alice puxando uma mp5 e já disparando contra o homem de sobretudo, que correu desesperadamente para o lado.
Mas, para a surpresa do homem com cicatrizes, Alice não o seguiu com a arma. Pelo menos não diretamente. O castanho parecia mirar em outra coisa, enquanto apontava a arma em sua direção. Quando a munição acabou, Alice virou o armário para a frente, impedindo que o Jaguadarte pudesse pegar outra arma com facilidade.
- vamos voltar a brincar diretamente. É mais interessante – ditou o castanho e logo o som de madeira caindo chamou a atenção do homem com cicatrizes.
Ao olhar para trás, ele pôde ver que algumas das paredes haviam caído. Logo ele compreendeu. Alice não mirava nele. Mirava na parte inferior das paredes de madeira, com o intuito de derrubar elas. Mas o que ele ganharia com isso era a pergunta da vez. Por que derrubar paredes se poderia atirar em si? Quando enfim descobriu a resposta fora tarde demais. Alice lhe acertou os dois pés nas costas, lhe empurrando em uma outra parede, a derrubando.
- VAMOS! NÃO É VOCÊ QUE VAI ME MATAR?! ENTÃO FAÇA ISSO DIREITO! – gritou Alice em fúria correndo até o homem, que se jogou para o lado, tentando desviar do castanho.
Stiles, propositalmente, se jogou contra uma parede de madeira, a atravessando. O Jaguadarte encarou, confuso, quando o castanho se jogou contra uma parede, antes de sumir de sua vista.
- mas o que ele tem na cabeça? – murmurou, confuso, antes de olhar para trás, surpreso.
Aquela era sua chance. Ele poderia erguer o armário o suficiente para poder puxar alguma arma para si. O homem de sobretudo correu na direção do armário. Quando estava quase alcançando o corredor, ele fora surpreendido quando Alice atravessou mais uma parede com o punho direcionado para o seu rosto. Fora tudo muito rápido. Ele se quer teve tempo de pensar. Alice apenas lhe socou e ele rodopiou sobre os próprios pés.
O castanho avançava despreocupadamente a passos normais. Quando o Jaguadarte parou de rodopiar chutando o rosto de Alice, o fazendo cambalear para o lado. Alice revidou da mesma forma, surpreendendo o outro assassino por sua resistência e agilidade. Eles passaram a medir as forças de seus golpes, além de suas táticas de lutas. Sempre acertando um ao outro e desviando de ataques que acertariam pontos cruciais em seus corpos, sempre usando o corpo alheio para quebrar as paredes finas já danificadas por tantos tiros.
O sangue de ambos os assassinos já havia pintado todo o local, seja em forma de respingos ou na forma de digitais das mãos ou dos pés descalços. E nessa luta intensa, a qual Alice dominava completamente, os dois foram parar na cozinha.
O Jaguadarte tentou, desesperado um chute, mas Alice bloqueou o golpe com um braço antes de abraçar o membro, mantendo a perna presa ao seu corpo. O homem gritou de dor quando o castanho acertou o cotovelo com força no meio de sua perna, quebrando a mesma. Alice se aproximou mais, antes de jogar a perna do homem para cima, enquanto segurava a coxa com a outra mão, dobrando a perna para o lado, deslocando o joelho.
O homem rugiu de dor antes de cair quando Alice lhe empurrou.
- mas nem para gritar como um dragão você presta. Por que diabos eu deveria lhe reconhecer como Jaguadarte? – provocou Alice antes de, em um golpe desesperado, o homem lhe acertar a perna com as garras.
Alice não protestou.
Ele gargalhou.
Uma gargalhada gostosa e alta, como se alguém tivesse lhe contado a melhor piada de todas. O olhar dele era de pura diversão, e os lábios abertos em um sorriso largo evidenciavam isso.
O homem que se achava um grande, furioso e amedrontador dragão, agora se sentia minúsculo, inquieto e assustado lagarto.
Ele não passava de um pobre réptil.
- você realmente achou que podia comigo? – indagou Stiles, em um tom divertido, pisando na outra perna do homem, quebrando a mesma.
- essa é – o castanho pisou no joelho do outro com força, quebrando a patela – a coisa – ele pisou na coxa do outro, quebrando o fêmur – mais – ele quebrou o outro fêmur – mais ridícula – ele chutou o braço do outro com força, quebrando o mesmo. – que eu já ouvi! – exclamou chutando o tórax alheio várias vezes, quebrando duas das costelas.
Alice parou alguns segundos para respirar. O castanho maquiado parcialmente maquiado passou as mãos pelos cabelos, se acalmando e tendo a certeza de que eles estavam devidamente penteados, vendo o homem a sua frente, impossibilitado de se mover, chorar mudo com um olhar repleto de ódio e medo sendo direcionado para si. O castanho pareceu se acalmar.
- sabe, você é um canibal – afirmou o castanho, como se o outro ainda não soubesse daquele fato.
- qual é a parte que você mais gosta? – questionou Stiles enquanto se afastava do homem, se dirigindo para a bancada, abrindo a gaveta de utensílios, retirando de lá um cutelo afiado e brilhante. A arma branca se encontrava em perfeito estado.
- você deve ter umas lâminas boas, já que golpear demais a carne na hora de cortar estraga ela. Deixa borrachuda – ditou Alice vendo o como a lâmina aparentava estar afiada.
- ah. Não que eu saiba uma coisa dessas. Odeio carne de gente. Mas conheci alguém que gostava. Hoje, ela está morta. Mas, um dia ela me serviu um banquete interessante. Você iria gostar. Os olhos estavam crocantes – comentou o homem de vestido azul deslizando a língua pela lâmina brilhante do cutelo.
O castanho estava tão distraído com a lâmina, que não viu o outro colocar a mão do braço bom no bolso do sobretudo que usava, retirando de lá uma pistola com silenciador. A arma que o castanho carregava quando se deixou ser sequestrado. Quando Alice se virou ele se viu em choque ao ver uma arma apontada para si. O homem sorriu e puxou o gatilho.
Peter estava cansado.
Scott, Vernon e ele haviam passado a noite em claro, revisando o caso, atentos para qualquer novidade que chegasse. Mas nada veio. O dia chegou e o resto da equipe retornou do hotel, descansado. Pronto para continuar a investigação.
- alguma novidade? – questionou Isaac, esperançoso.
Peter negou com a cabeça e foi nesse momento em que o delegado entrou na sala.
- Kim Matarazzo está aqui – o homem anunciou vendo os agentes franzirem o cenho em sua direção, enquanto Peter lhe fitava surpreso.
- ele está aqui? – questionou Derek, igualmente surpreso.
- sim. Ele disse que conseguiu fugir – disse o homem antes de começar a guiar todos para a sala de interrogatório.
- o que isso quer dizer? – questionou Isaac para Erica.
- quer dizer que ele pegou o Stiles – respondeu Peter passando na frente e entrando na sala com velocidade.
- Kim Mata... – o louro se calou ao ver as roupas do outro.
Eram as roupas de Stiles. Allison, a outra agente além de Peter a adentrar a sala com Vernon, também se viu surpresa. O Boyd franziu o cenho para aquilo. Era estranho. Por que aquele universitário estava vestido com as mesmas roupas que Stiles vestia quando chegaram a cidade para investigar o caso?
- Kim Matarazzo? – Vernon deu continuidade para a fala de Peter, já que Alisson e o louro não pareciam querer dizer nada.
- sou eu – respondeu o rapaz ,receoso.
- vocês são do FBI, não são? – questionou o castanho de olhos azuis vendo o homem menear positivamente.
- você... – Vernon fora calado quando o rapaz se apressou nas palavras
- vocês tem que ir lá! – exclamou Kim deixando os agentes confusos.
- ir onde? – indagou Peter após acordar para a realidade.
- nas docas. Ele vai matar o amigo de vocês! –
Após toda a explicação por parte do Matarazzo de como Alice lhe ajudou a fugir e como o Jaguadarte era perigoso. Os agentes pegaram as coordenadas da entrada do esconderijo com o rapaz antes de se dirigirem para lá com algumas viaturas. Demorou um pouco para que eles encontrassem o local, mas assim que encontraram, eles começaram a adentrar o mesmo com uma certa pressa por parte de Peter.
O homem estava desesperado para encontrar Stiles. Mas tentava, ao máximo não transparecer o seu nervosismo e sua ansiedade.
- acha que ele pode tentar matar o Stiles? Quer dizer, ele ama o Alice, certo? – indagou Isaac, pensativo.
- não, Isaac. Ele não ama Alice. O Jaguadarte é como um inseto atraído pelo Sol. Ele está tão encantado pela beleza do brilho dele, que não percebe que vai acabar morrendo se chegar perto. – explicou Peter enquanto eles estavam na viatura, seguindo para o local informado por Kim.
- e como sabe disso? – questionou Derek, desconfiado.
- o Jaguadarte é inteligente, sim. Não posso negar. Mas ele não é um gênio. E apenas um gênio é capaz de amar uma mulher como Alice – respondeu Peter deixando todos confusos com as suas palavras.
Ele não tinha noção do quão perigoso o Jaguadarte era e ele temia que isso acabasse influenciando Stiles de forma negativa. Quando eles, enfim, chegaram ao labirinto, foram surpreendidos por uma cena caótica. Todas as paredes de madeira apresentavam buracos de bala e pedaços faltando. Eles seguiram pelo labirinto com cautela até alcançarem uma area em que as paredes estavam quebradas o suficiente para alguém passar por elas, ou até mesmo derrubadas. Investigando um pouco, Peter fora surpreendido pela imagem do corpo de Stiles, sentado, apoiado na mesa pelas costas, ensanguentado e com quatro manchas redondas de sangue nas costas. Os agentes se viram surpresos com o corpo de cabeça jogada para a frente.
- Peter – Allison tentou convencer o louro a não se aproximar, mas Peter lhe ignorou, avançando brutalmente na direção do que parecia ser a cozinha.
Derek e Erica seguiram o homem, parando ao lado do mesmo quando Peter, nervoso, notou o que havia algo no colo de Stiles, que estava sentado na posição de lotus.
- Peter – chamou Erica e o louro olhou para a loura, a vendo apontar na direção de um corpo sem cabeça.
- Stiles...
- eu cortei-lhe a cabeça – disse Stiles, docemente, acariciando a cabeça decapitada em seu colo.
O castanho ergueu a própria cabeça para os agentes, sorrindo inocente para eles, enquanto permanecia a acariciar a cabeça em seu colo. Peter gelou ao ver o rosto de Stiles. A maquiagem branca, com o desenho de paus e ouros, um em cada bochecha, o símbolo de espadas na testa e o de copas desenhado no centro dos lábios com batom. O rosto pálido e os cabelos penteados para trás deixavam o castanho com um aspecto de artista circense.
- mãos onde eu possa... – uma oficial apontou a arma para o castanho, mas fora calada por Erica, que se colocou na frente da arma da policial.
- eu aconselho a não fazer isso – ditou a loura vendo a mulher franzir o cenho em sua direção.
- ele claramente matou esse cara - argumentou outro policial vendo o castanho lançar um sorriso largo em sua direção.
- vamos embora daqui – ditou Peter estendendo a mão para o castanho que lhe ignorou para se erguer normalmente, surpreendendo a todos pelos estado do vestido azul que ele usava.
- eu acho que está óbvio que foi legítima defesa – comentou Peter enquanto guiava Stiles para fora do local.
- você está bem mesmo? – questionou Erica vendo o castanho, todo enfaixado, dar de ombros.
- já estive pior – respondeu Stiles enquanto eles desembarcavam no aeroporto.
- até que enfim esse caso acabou. Eu estou morto! – exclamou Isaac enquanto se dirigiam para os dois carros pretos estacionados no aeroporto, exclusivamente para eles.
- eu dirijo – ditou Peter estendendo a mão para Allison, que o encarou confusa.
- mas e o seu ombro? – questionou Allison, confusa.
- então dirija para mim, mas com uma condição – disse o louro enquanto via Stiles e Isaac adentrarem a traseira do carro.
- qual? – questionou a morena, desconfiada.
- siga as minhas instruções – falou o louro vendo a Argent ponderar sobre o acordo.
Todos estavam desconfiados de Stiles, mas Peter era o único a apresentar algo diferente da nítida vontade de culpar o outro por uma morte. O Tate parecia preocupado com o castanho. O homem parecia temer algo.
- tudo bem – respondeu a Argent vendo o louro adentrar o veículo pelo lado do passageiro.
Peter pegou o rádio, assim que Allison deu a partida, para dizer ao pessoal do outro veículo que eles iriam fazer uma parada antes da base e que era para seguirem Allison. Derek e Scott desconfiaram imediatamente, mas pareceram reconsiderar quando o louro falou que era um simples jantar, argumentando que o grupo precisava de um momento de interação após um caso tão complicado.
Por mensagem, o homem mandou um endereço para Lydia, pedindo que, urgentemente, a ruiva fosse para o local, não explicando muita coisa. Allison pôde ver, de soslaio, o louro digitar uma outra mensagem para alguém que ela não conseguiu ver quem era. A medida em que o veículo ia fazendo curvas pelas ruas da cidade, Derek ia ficando inquieto. Ele estava reconhecendo aquele lugar aos poucos. Quando finalmente notou o que estava acontecendo, ele já estava adentrando com o carro na rua em que a sua família morava.
O seu coração gelou.
Ele ordenou, pelo rádio, para que Allison seguisse direto e não parasse ali, mas a morena acabou cedendo para o tio do Hale. Peter conseguia ser bastante convincente quando queria e o louro apelou para que a morena o ajudasse. Sem contar que o homem parecia sempre saber o que fazer para manter Alice sob controle. E, depois do que ocorrera com Laura, o que eles mais precisavam era acalmar o castanho de olhos claros.
- eu perdi muito para finalmente ter essa equipe. Não vou arriscar perder tudo – foi o que o louro disse quando Derek ordenou para que a Argent não escutasse Peter.
Erica, Boyd e Isaac estavam confusos com toda a gritaria, assim como Stiles. Quando Allison parou o carro, Peter desceu do mesmo, vendo Derek parar o carro logo atrás e saltar do mesmo quase desesperado. Quando Alice desceu do carro, o moreno de olhos verdes tratou de tentar o conter, mas, desconfiado, o castanho desviou.
- VOCÊ ENLOUQUECEU?! – gritou Derek chamando a atenção de Malia e Cora, que estavam na varanda da casa.
- Alice. Entre. Agora! – ordenou Peter enquanto puxava o castanho pela mão com certa urgência.
- NÃO! – gritou Derek pulando no castanho, mas fora impedido quando Allison lhe puxou o braço com força.
- VOCÊ TAMBÉM? – gritou o Hale irritado pela traição da morena.
- eu vou obedecer ao Peter, Derek. Você já se mostrou inconsequente demais. Mesmo que o que o Peter esteja fazendo não seja o certo para você, se isso mantiver Alice do lado da justiça, eu vou fazer – argumentou a Argent enquanto ela e o Hale começavam a disputar habilidades de contenção.
Malia e Cora apenas olhavam para tudo, confusas, quando o Tate adentrou a casa, arrastando o castanho com velocidade. As duas adentraram a residência, curiosas, antes de Derek, violentamente, se soltar de Allison, que permitiu a ida do moreno, adentrar a casa de sua mãe desesperado.
Ele não iria permitir que o maluco do seu tio fizesse aquilo com a própria irmã. Não iria permitir ele fizesse aquilo com a sua mãe. O Hale não iria permitir que a sua mãe sofresse novamente ao olhar na cara do homem que matou o seu marido. Que matou o seu pai.
Ele chegou tarde demais.
Quando abriu a porta, Derek se deparou com a sua mãe olhando bem para o castanho parado no centro da sala, enquanto era abraçada por Peter. Derek se viu furioso. Ele surpreendeu Stiles ao puxar o braço do mesmo com força, tentando o tirar da sala.
- MAS O QUE PORRA ELE FAZ AQUI?! – gritou Laura ao ver o castanho ser arrastado pelo irmão, aos poucos, para fora de casa.
- quem é? – questionou Malia, confusa.
Laura não respondeu. Cora estava perto. Ela não queria apresentar o homem que tirou o pai da garota de apenas quatro anos. Laura não queria apresentar o monstro de sua família para a sua irmã.
- Derek! Pare já com isso – ordenou Talia vendo o filho lhe ignorar prontamente.
- tire logo esse lixo daqui, Derek! – ordenou Laura vendo Scott surgir na porta para ajudar o moreno de olhos verdes.
- ele não matou o seu pai! – Talia praticamente gritou vendo os dois homens pararem de puxar o castanho com força para lhes fitar com surpresa no olhar, assim como todos os outros presentes.
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Death Wonderland - Livro 1
FanfictionA segurança nacional está em crise. O FBI já não está mais dando conta de tantos casos. O sistema carcerário está em crise, a criminalidade apenas cresce no país, e apenas mais casos aparecem, enquanto que o número de casos resolvidos diminui. Deses...