Tempt

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Stiles adentrou o presídio com certo tédio no olhar. Maybelle era puro tédio. Ele tinha que se esforçar mais para manter a sua sanidade ali dentro do que durante algum caso do FBI. As pessoas ali tinham sempre  os mesmos perfis, as mesmas manias, os mesmos egocentrismos. Era muito cansativo. Os guardas? Igualmente egocêntricos e de mesmos perfis. Chegava a ser irônico que a única coisa que separava alguns presos dos guardas eram algumas roupas.

Ao passar por uma das celas no corredor, Alice pôde ver um guarda se entorpecendo com algum tipo de droga em pó. O homem, ao perceber que estava sendo observado por um detento, sinalizou um corte no pescoço para o mesmo, indicando que o criminoso estaria morto caso abrisse o bico. Stiles sorriu largo enquanto seguia o seu percurso. Brett havia sido útil para algo em seu dia.

Agora, Stiles sabia seria o seu próximo servo em seu castelo de cartas.

O castanho estava selecionando cada homem daquela prisão a dedo. Ele era bom em jogos de tabuleiro. Ele era expert em jogos de estratégia como Damas, Xadrez, Shogi e Go. E aquela prisão, para si, não passava de um tabuleiro de Shogi personalizado e adulterado para um jogo de mestre. Um jogo cuja a única peça que Stiles começará tendo fora o rei, tendo que enfrentar mais do que o triplo de peças do jogo original. Um jogo impossível no qual ele estava começando a tomar território.

O homem de cabelos castanhos mordeu o lábio inferior, tentando controlar o seu sorriso largo. Ele conhecia a si mesmo. Sabia que costumava perder o foco quando se excitava com coisas pequenas e momentâneas. Ele precisava se manter focado em não estragar tudo. Alice precisava ser controlado antes que matasse de novo. Finalmente o FBI havia lhe entretido depois de mais de uma década. Ele precisava se manter focado no FBI, necessitava manter a sua mente centrada em Peter.

Ah, mas ele se lembrava perfeitamente da emoção que sentiu ao ver Alan Deaton a sua frente, com toda aquela pose autoritária, exalando supremacia. O seu sorriso largo voltou a dominar os seus lábios, exibindo os seus dentes o máximo que podia. Alan estava tão diferente de quando o vira pela primeira vez. Aquilo lhe animava, lhe excitava. A sua mente trabalhou em reproduzir a imagem de um homem negro de cabelos raspados e um colete aprova de balas com as três letras do FBI bem destacas na parte frontal do acessório. O olhar de completo pânico em sua expressão de choque criava reações no homem de cabelos castanhos. Lembrar da expressão aterrorizada de Alan em há dez anos atrás era demasiadamente satisfatório. Se recordar do modo como as mãos do agente tremiam enquanto lhe direcionava o olhar fazia a boca de Stiles salivar.

O assassino levou o indicador aos lábios, deslizando o dígito pelo lábio inferior, repuxando o mesmo para baixo. Em um suspiro, Alice introduziu a ponta do indicador na boca, passando a deslizar a ponta da língua pelo dígito.

“Merda! Eu quero ver aquela expressão no seu rosto de novo!”

Pensou o Stilinski enquanto circundava a ponta do dedo com a língua. Puxando um pouco mais do dedo para fora da boca, o castanho mordeu o próprio dígito até que sangue começasse a escorrer para o interior de sua boca. Ele se sentia animado, se sentia instigado. Lembrar de Alan Deaton, hoje um dos membros do conselho do FBI, há uma década atrás, completamente aterrorizado com a sua mera presença lhe deixava ansioso. O gosto metálico em sua boca servia apenas para lhe excitar ainda mais, embora fosse uma tentativa de conter toda a sua animação.

- Alan, eu quero tanto lhe fazer tremer de novo! – murmurou em um suspiro, enquanto sugava o próprio ferimento.

Logo uma expressão de puro tédio dominou o castanho de olhos claros, substituindo, quase que imediatamente, a expressão de deleite que há poucos instantes ele sustentava. Ele precisava se controlar, manter o foco e permanecer dominando o seu lado assassino. Alice não poderia colocar tudo a perder por causa de um mísero agente.

Ao alcançar o banheiro, o castanho de macacão laranja parou bruscamente ao lado da porta. Ele pôde ouvir vozes vindas do interior do banheiro. Vozes conhecidas. Ele tinha uma memória impecável e afiada. Conseguia memorizar os mínimos detalhes facilmente. Uma das vozes era Brett. Havia conversado com o detento há poucos instantes, a sua voz estava fresca em sua mente.  Mas a outra era de certa forma desconhecida. Quer dizer, Alice sabia de quem era a voz. Tinha a imagem perfeitamente guardada de um fos guardas que lhe levou para a solitária no dia em que arrancara o piercing de um homem que derrubou o seu almoço.

A conversa não parecia estar indo muito bem para o detento que lhe convidara para o local. Stiles se esgueirou para observar o que estava acontecendo. Brett estava sendo encurralado em um dos boxes por um guarda, que parecia determinado a lhe manter ali, no banheiro.

- eu já disse que não! – ralhou Brett soltando o braço que era agarrado firmemente pelo guarda ao jogar o membro par abaixo com força.

- ah, qual é, cara? Você gosta que eu sei – argumentou o guarda Winston voltando a tentar agarrar o pulso do Crowler mais uma vez.

- eu não vou transar com você, cara. Eu já disse que eu não quero! – exclamou o detento tentando se soltar mais uma vez.

- qual foi, cara? Há dois dias atrás você estava afim. Eu fico te devendo outra caixa de cigarro mentolado – argumentou o homem de fardado vendo o louro continuar a relutar.

- eu já disse que não vai rolar, meu irmão! – ralhou Brett empurrando levemente o guarda, apenas o suficiente para o afastar de si.

- qual é a sua, cara? Eu estou aqui, com o pau duro pra caralho e você aí fazendo cu doce? Não vai ser a primeira vez que a gente transa, cara! Voceté gay, eu quero foder. Qual é o problema?! – exclamou o guarda, indignado.

- o problema é que eu não quero, meu irmão! Não é só porque eu gosto de homens que eu vou transar com qualquer um. E não é só porque você tem um pau que eu vou querer transar com você! Agora vaza daqui! Eu estou fora dessa merda, Winston  – ralhou Brett empurrando o guarda, tentando abrir caminho.

Ele estava preocupado. Se o detento de cabelos castanhos o encontrasse ali, com um guardar, poderia acabar tendo ideias erradas sobre ele. E isso acabaria fodendo com todo o seu plano. Mal sabia ele que Stiles se encontrava atrás da parede, ao lado da porta, assistindo a tudo. Alice grunhiu, curioso, enquanto levava o indicador aos lábios. Brett Crowler estava se mostrando um pouco mais interessante. Ele já fazia uma certa ideia do que o outro detento queria conversar consigo.

Alice havia ligado os pontos facilmente. O Crowler era o quarto detento que dividia cela com Rei, Rainha e Valete. Ele, com toda a certeza, havia notado o seu envolvimento com os três. Mas não por descuido seu. Alice não era um amador. O castanho sabia que uma se suas cartas havia vacilado em guardar o seu segredo.

Ele deveria estar irritado com eles. Possesso. Mas estava alterado demais para se importar com aquilo agora. Mesmo tendo feito besteira, o trio acabou trazendo Brett para o seu campo de visão. Eles haviam lhe entretido. O castanho teve que sugar o próprio dedo mais uma vez, tentando sufocar a risada divertida que insistia em lhe subir a garganta. O assassino fora tirado dos seus devaneios quando ouviu o som de impacto vir do interior do banheiro.

O rapaz grunhiu curioso mais uma vez, gemendo abafado por causa do dedo em sua boca, se inclinou para espionar o interior do banheiro mais uma vez. Winston havia empurrado Brett contra a madeira do box em que conversavam. O agente penitenciário empurrava o corpo do detento contra o box, usando o seu corpo para exercer pressão sobre o outro.

- não é assim que as coisas funcionam, Crowler. Não comigo. Você não vai me chutar. Você não pode. Não tem poder pra isso – ditou o guarda, furiosos, ao mesmo tempo em que esfregava a sua ereção contra as nádegas cobertas pelo macacão laranja.

Brett tentava se soltar, mas ficava difícil quando ele não podia agredir o outro homem fisicamente. O detento sabia de seus limites, e não conseguiria sair dali sem ultrapassar todo eles. Winston tinha a vantagem por vestir uma farda de guarda e trabalhar ali.

- eu pensei que você fosse casado, Winston – a voz jovial e de tom divertido cortou o ambiente, assustando ambos os homens.

Winston por ser pego naquela situação com um dos detentos e Brett por reconhecer a voz que ecoara pelo ambiente. No mesmo instante, o guarda se afastou do detento Crowler o suficiente para esconder todo o teor sexual da situação, passando a encenar apenas um enquadramento de um criminoso. Ao olhar para trás, o homem de cabelos morenos franziu o cenho ao ver o detento jovial que havia sido transferido recentemente para o presídio.

- o que você quer aqui, novato? Quer substituir ele? – inquiriu Winston levemente mal humorado por ter sido interrompido.

- ah, eu adoraria, vai por mim. Nós iríamos brincar de jogos dos quais você nunca pensou em participar – respondeu o Stilinski sorrindo maroto na direção do guarda, que sorriu ladino com a confissão do detento, não sabendo o verdadeiro significado do jogo de palavras do assassino.

- mas, para ser sincero, eu gostaria de saber o que a sua filha acharia do pai estuprador dela – completou Alice vendo o semblante do guarda Winston perder um pouco do sorriso.

- você é idiota ou o quê? Eu não tenho filhos – argumentou o agente penitenciário vendo o castanho erguer o queixo, lhe olhando com um ar de superioridade.

- será? Garanto que Samantha estaria bem interessada em seu segredinho sujo. Isso faria a sua mulher ganhar o divórcio de lavada, não faria? E sua pequena e doce Samantha nunca mais olharia em sua cara novamente – provocou o assassino sorrindo vitorioso na direção do guarda.

- afinal, que tipo de ativista feminista ela seria se apoiasse qualquer tipo de abuso sexual. Imagina só a hipocrisia! Ela postou há algum tempo atrás em suas redes sociais sobre como repudiava abuso sexuais de qualquer tipo, e então descobre que o próprio pai estupra homens na cadeia. A decepção a faria sumir de sua vida – ditou Alice com os olhos brilhando na direção do homem no momento em que o mesmo tomou uma expressão de pânico no rosto.

A sua filha Samantha, a qual ele fazia questão de esconder a existência no trabalho, era o seu diamante. A melhor coisa que já havia acontecido em sua vida. A ideia de perder sua filha assim lhe desesperava.

- você está louco! – ralhou, furioso, enquanto empurrava Bretto contra a parede e se afastava do box.

Alice gargalhou alto

- louco eu sempre fui. Você, por outro lado, não passa de um cachorro sem dono. Mas eu vou colocar uma coleira em você, Winston. Você não tem serventia nenhuma para mim, mas eu não posso deixar um cachorro solto pelo meu jardim. Ele poder acabar cavando buracos e estragar todo o meu cenário. E eu preso pelo meu jardim, cachorro. Agora, suma, antes que eu faça da sua vida um inferno – ditou Alice antes de o guarda passar por si, batendo o ombro no seu.

- não pense que isso irá ficar assim – rosnou o homem com farda de agente penitenciário não vendo o castanho sorrir ladino para o nada.

- nem por um segundo – murmurou Alice olhando por sobre o ombro de vendo o moreno se retirar do banheiro a passos pesados.

8- você me ajudou! – exclamou Brett, surpreso.

- antes que você comece a tirar conclusões precipitadas, eu não fiz nada por você. O meu tempo é precioso e precisamos tratar de negócios, não? Winston estava no meu caminho por tempo demais – ditou o detento de olhos castanhos claros cruzando os braços dia te do peito.

Brett sorriu ladino. Aquele homem parecia ser duro na queda. Ele não fazia ideia de como o castanho de brincos a sua frente havia conseguido uma informação tão sigilosa do guarda Winston. Samantha, a folha de Winston, era um segredo até mesmo para a maioria dos agentes penitenciários daquele lugar. Brett apenas descobriu a existência da garota ao escutar uma conversa entre o chefe da prisão e o próprio Winston. Mas, diferente de Alice, ele não tinha tantos detalhes sobre a vida da garota. Se quer sabia as redes sociais dela. Aquele homem estava lhe surpreendendo de várias maneiras.

- e então? O que seria bem mias divertido? Espero muito que não tenha sido esse projeto de show entre você e Winston – inquiriu Alice vendo o louro sorrir revelando os seus dentes dianteiros grandinhos.

- antes de tudo, temos negócios para fazer – falou o louro cruzando os braços e se apoiando com as costas na parede do chuveiro do box.

Alice apenas ergueu a sobrancelha em questionamento.

- eu sei o que você está fazendo aqui – ditou o homem apoiado a parede, erguendo a perna, encaixando a planta do pé na parede de azulejos que deveriam ser brancos.

- e o que seria? – inquiriu Stiles vendo Brett sorrir ladino.

- você está querendo dominar esse lugar – respondeu com convicção, gerando um riso contido no outro.

Stiles soltava ganidos gerados pelo ar que escapava por suas narinas. Ela não estava conseguindo conter o riso em si. Brett franziu o cenho confuso.

- eu sei que já tem o Rei e os amigos dele na palma da sua mão. Até mesmo o guarda Josh está comendo na sua mão – argumentou, internamente desesperado para ter a certeza de que o outro estivesse ciente de que ele sabia o que estava acontecendo.

- e daí? O que vai fazer? Me denunciar você não vai – perguntou Alice sorrindo maroto na direção do louro.

- he he! O seu jeito ousado é interessante, sabia? – ingadou o homem de cabelos louros observando o de castanhos esticar os lábios para o lado, em um sorriso de canto.

- eu quero...

- eu sei o que você quer. O que eu quero saber é o que você pretende com a informação que você tem – ditou Stiles encarando Brett lhe fitar surpreso.

- você sabe?

- não foi muito difícil de descobrir, se você quer saber – respondeu apontando com o polegar na direção da porta do banheiro.

O Crowler suspirou.

- pois é. Eu consigo lidar com os caras do nosso lado. Mas os guardas.. se eu usar de violência vou apenas piorar as coisas. Mas você... Você pode. Já o fez três vezes, pelo que pude perceber. – ditou o louro e o outro detento franziu o cenho em sua direção.

- e o que eu ganho em troca? – questionou vendo o simplório detento lhe fitar com um sorriso debochado.

- não tem medo que eu vá te denunciar? – indagou irônico observando o outro espremer os lábios em desdém.

- é inútil. Mesmo que entregue para a direção da prisão, nada vai mudar. Quero dizer, nada além de o fato de que eu estarei lhe caçando. Ru vou continuar recrutando escravos e você ficará isolado em sua cela até p doa de sua morte, que será ditado por mim – o castanho ditou com seriedade, fazendo o outro repensar bem as suas escolhas.

Alice era barra pesada e ele sabia disso. Mas ele seria tão intenso ao ponto de conseguir bater de frente com a direção da prisão? Brett não iria testar. Não com aquela hipótese, não naqueles termos. Ele preferia estar do lado certo quando o muro caísse.

- bom, isso não seria nada divertido para mim. Então... Que tal eu ser o seu informante? Eu tenho informações sobre todo mundo aqui. Seja guarda ou criminoso. Todos eles estão fichados em minha lista de informações. Posso ser muito útil em seu recrutamento – sugeriu sorrindo vitorioso na direção do castanho.

- eu duvido que você possa ser tão útil assim. No entanto, me parece divertido ter um espião tão prestativo. É melhor você provar que estou errado quanto a sua utilidade, Brett. Eu não sou muito gentil com brinquedos inúteis – disse Alice dando as costas para o louro.

- é só isso? Então você topa? – indagou Brett, esperançoso, vendo o Stilinski parar, lhe fitar por sobre os ombros e voltar a marchar, desta vez em sua direção.

- sim. A partir de agora você é meu, Brett. Nada nem ninguém deve lhe tocar. Aquele que o fizer, eu quebro como um boneco barato – respondeu Alice parando no centro do box, apoiando o cotovelo na parede, acima da cabeça, enquanto encarava o louro nos olhos.

Brett sorriu ladino.

- a propósito, não quer se divertir, como eu disse que iria? – perguntou o homem vendo o castanho franzir o cenho.

- e como é? – inquiriu Alice vendo o outro morder o lábio inferior, sensualmente.

- você parece já saber o processo. Está bem animado, por sinal – respondeu o Crowler levando a ponta do indicador para a ereção nada discreta do detento a sua frente, deslizando o dígito pela pequena mancha redonda que havia ali.

- há pouco tempo estava negando sexo a um homem, e agora está se oferecendo a outro? – questionou o Stilinski, desconfiado.

- há! Fala sério! Sem comparações. Você é sexy! Winston é... Desprezível? – o homem tentou argumentar, mas não achava uma palavra exata para definir o guarda que há poucos instantes estava lje forçando contra a parede.

- eu não me interesso por sexo – disse Stiles se mostrando inalterado ao toque suave em sua glande.

Brett gargalhou

- então por que você está tão duro? – o louro interrogou passando a apertar a ereção em sua mão, sentindo bem quando a mesma pulsou contra a sua palma.

A mão de Alice voou para o pescoço do louro, o empurrando contra o interior do box, voltando a o fazer colar as na parede do chuveiro.

- vai por mim, você não vai querer saber o que me deixou nesse estado – ralhou o castanho apertando suavemente o pescoço alheio. Ele se sentia estranho. Nunca em sua vida se sentiu interessado em sexo. Sempre odiou toques ousados em seu corpo. Mas a mão de Brett era quente e lhe dava uma sensação agradável contra o seu membro pulsante.

- eu não preciso, necessariamente, saber o que lhe excitou para poder lhe fazer gozar. Apenas preciso que você me deixe fazer – argumentou Brett passando a mover a sua mão, lentamente, sobre a ereção alheia, a massageando.

Stiles não soube como reagir. O seu cérebro gritava para ele simplesmente quebrar o pescoço de Brett em apenas dois movimentos. Mas o seu corpo tremia. Um misto de temor e ansiedade. Alice sabia fazer leitura corporal desde criança. Mas o seu corpo parecia um completo mistério para si, no momento. Ele estava tão absorto em tentar compreender o pane sistemático do seu corpo, que se quer notou quando Brett abriu o zíper do seu macacão e, simplesmente, enfiou a mão nele, buscando por seu membro rígido.

Alice prendeu a respiração, temeroso, quando o louro passou a lhe masturbar com suavidade.

- relaxe, você está muito tenso. Primeira vez com um homem? – disse o Crowler sorrindo safado na direção do castanho. A voz rouca e sedutora do homem despertou Alice de seus devaneios.

- com certeza não. Não ligo se você é homem, mulher, ou o que quer que seja –  respondeu com seriedade enquanto via o outro morder o lábio inferior ao apertar o seu falo brevemente, antes de seguir com a massagem lenta.

- então por que está tão tenso? – inquiriu o detento da segurança mínima ainda com a voz rouca, sedutora.

Alice o empurrou contra a parede novamente, fazendo uso apenas da mão que se encontrava em seu pescoço. Brett achou melhor soltar o castanho, desfazendo o envolvimento de sua mão no genital pulsante e erguendo as mãos em um sinal de rendição. O novato reduziu a distância entre seus rostos lentamente, fazendo uso de uma expressão de poucos amigos enquanto a ponta dos seus dedos pressionavam a carne do pescoço do louro. O Crowler engoliu em seco, receoso.

- meus motivos não lhe dizem respeito – ditou Alice com os dentes cerrados, antes de, com a outra mão agarrar o membro ereto de Brett, o surpreendendo.

- o que... – o homem fora valado quando o castanho soltou o seu pescoço, agarrando o colarinho e o puxando com certa brutalidade, forçando os dois corpos a se chocarem.

- cale a boca antes que eu mude de ideia – o assassino soltou, entredentes, antes de tomar os lábios alheios nos seus.

O beijo fora um pouco necessitado, violento, mas Brett não podia negar que havia gostado. Enquanto os seus lábios disputavam a dominância, as mãos do castanho seguiram para o zíper do seu macacão.

- não se preocupe. A minha boca vai ficar ocupada demais pqra ficar lhe fazendo perguntas – disse o louro antes de suspirar quando a mão de dedos longos se fechou ao redor de sua ereção por dentro do macacão.

O louro empurrou as mangas do macacão alheio, o fazendo deslizar pelos ombros do castanho e cair. Stiles puxou o macacão do outro detento para baixo, o despindo parcialmente. Brett sorriu com o ataque em seu pescoço. Alice avançou com os lábios contra a sua pele, lhe mordendo e chupando. Aquele cara com certeza deixaria marcas em si. Não estava tomando o mínimo cuidado com a sua pele, usando dos dentes sempre que queria.

- para alguém que não estava interessado em sexo, você me parece bem entrosado – o louro provocou enquanto juntava a sua ereção com a do castanho, passando a masturbar os dois simultaneamente.

- eu já disse para calar a boca – ralhou o castanho investindo com a cintura contra mão do outro, passando a serpentear o corpo.

- okay. Me calando - disse o Crowler passando a escorregar as costas pela parede do box, se permitindo cair de joelhos diante do homem de brincos.

O louro agarrou o pau pulsante do castanho com punho firme, antes de olhar para cima. O homem mordeu o lábio inferior com a visão que tinha. Aquele castanho de brincos, olhando  sua direção com um olhar severo, lábios entreabertos por onde escapavam suspiros, e a ereção do mesmo dominando o seu campo de visão.

- você fica ainda mais sexy visto daqui de baixo – o Crowler pronunciou com um sorriso safado. Antes mesmo que Stiles o mandasse calar a boca mais uma vez, o homem lambeu a glande rosada com avidez.

Stiles suspirou com o toque quente e úmido em seu falo. Ele se sentia estranho ao apreciar aquele tipo de toque tão íntimo. A sua mente dizia para ele quebrar o pescoço do louro por se atrever a lhe tocar de forma tão atrevida. Mas o seu corpo tremia em apreciação. O homem passou a mover a cabeça para a frente, engolindo o pau do castanho até a metade.

Alice gemeu rouco. O seu membro pulsou uma vez contra a língua atrevida, a sentindo deslizar lentamente antes de Brett deixar o seu pau escapar pelos lábios umedecidos.

- ainda não gosta disso? – questionou o louro observando o outro suspirar um pouco pesado.

- é... – o castanho suspirou, ainda inerte, incrédulo, com a sensação prazerosa que sentira há pouco – até que está sendo interessante – disse o assassino movendo a cintura, deslizando a sua ereção parcialmente molhada com a saliva do Crowler, o vendo soltar um sorriso safado.

- você quer que eu continue? – inquiriu Brett e o assassino sorrir de canto..

- você disse que me faria mudar de ideia, não? – argumentou Stiles em resposta

O louro sorriu convencido. Quando ele abriu a boca para poder acolher a cabeça rosada do pau pulsante e molhado a sua frente, o louro fora surpreendido quando o seu cabelo fora agarrado bruscamente.

- você está me saindo melhor do que a encomenda, Brett – disse o castanho permanecendo a bater com o seu pau na face alheia.

- e então? Qual é o meu? – indagou o louro, sensualmente, deixando o castanho confuso.

- seu o quê? – questionou vendo o outro agarrar o seu membro com a mão, o guiando para a própria boca, deslizando os lábios e a língua pela lateral de sua ereção enquanto a masturbava.

- qual é o meu nome? Pelo o que eu vi, todos os seus capangas têm nome de cartas. Qual é a minha carta, senhor? – respondeu antes de levar a ponta rosada do pau alheio aos seus lábios, a envolvendo suavemente, antes de a sugar com vontade, sentindo o gosto do pré-gozo dominar a sua língua.

Alice sorriu.

- primeiramente, você deve me chamar de Alice, e não senhor. E você vai dar um ótimo Coringa – respondeu Stiles estocando uma vez contra a boca do louro, o ouvindo rir abafado assim que voltou a ter apenas a sua glande na boca.

- espero poder lhe servir sempre, Alice. Meu pau está babando só de estar lhe chupando – ditou o detendo deslizando a outra mão pelo próprio corpo até alcançar a própria ereção, passando a se masturbar enquanto o castanho voltava a lhe estocar a boca.

Valete adentrou o banheiro com uma expressão preocupada. Estava apavorado com a desgraça que Brett poderia lhe causar ao provocar aquele cara daquele jeito. Mas, ao focar o olhar no banheiro e ver o colega de cela gozando enquanto batia uma punheta, ajoelhado diante do seu superior, estando este com o macacão parcialmente despido e suspirando alto, o homem arregalou os olhos e recuou rapidamente, se retirando do banheiro.

- porra! – exclamou baixinho enquanto recuava a passos lentos e silenciosos.

Aparentemente, o Crowler não irritara Alice. Muito pelo contrário, conseguira até aliviar um pouco o mesmo. Mas se ele fosse pego ali, naquele lugar e naquele momento, talvez a irritação de Alice retornasse com força total. Então ele iria ter que esperar para tirar a água do joelho.

Death Wonderland - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora