Primeira aula.

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"Simples e perfeita!" - pensei enquanto notava os cabelos um pouco bagunçados

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"Simples e perfeita!" - pensei enquanto notava os cabelos um pouco bagunçados.

- Oi! Cheguei cedo demais? - perguntei um pouco desconcertada olhando o relógio que marcava 18:45h.

Rafaella abriu aquele sorriso lindo.

- Imagina! - Fez um gesto para que eu entrasse - Acabei de chegar também, vem cá. - falou enquanto passávamos da sala para a cozinha. Logo que chegamos, vi umas sacolas de supermercado sobre a mesa.

- Acabei de chegar do mercado. - ela falou.

- Dá para perceber. - sorri.

- Comprei muitas coisas que você deve gostar. Biscoitos, iogurtes, leite...

- Lá vem você me chamando de criança de novo. - falei ofendida. Defendia-me porque queria que ela não me visse como uma simples garotinha de dezessete anos.

- Hey, espera aí! Não estou te chamando de criança, mocinha! - exclamou com aquele jeito doce de sempre - Sou bem mais velha que você e gosto de tudo isso.

- É que detesto ser tratada como criança, entende?

- Só crianças bebem iogurte? - perguntou enquanto abria o lacre de um - Adoro isso. Quer? - bebeu um pouco.

"Quero o que está na sua boca." - pensei.

- Não, obrigada. - respondi. Senti minha face corar. Não lembro de ter me definido antes, mas tenho 1,62m de altura, peso proporcional a minha estatura, cabelos pretos, olhos escuros e o que me denuncia, uma pele pálida. Por isso, quando penso em alguma besteira ou quando fico envergonhada, minhas bochechas ficam rosadas. Isso me irrita. Ela não deve ter percebido, afinal, não falou nada.

- Se preferir, posso fazer um sanduíche para você, quer?

- Não, obrigada. Comi alguma coisa quando sai de casa.

Rafaella era tão atenciosa, será que estava pensando que era minha mãe? É pecado desejar a mãe da gente. Ri sem perceber.

- Tá rindo de que? - ela perguntou.

- Você está enrolada, quer ajuda?

- Jura que você me ajuda? - perguntou sorrindo.

- Claro!

Fui tirando as coisas de dentro das sacolas e dando a ela para que as guardasse nos seus devidos lugares. De vez em quando esbarrava nela para encostar na sua pele. Uma vez, ela sentou-se no chão para guardar algumas coisas no armário de baixo e na hora de entregar-lhe latas de conservas, passei meu braço perto dos seus seios. Encostou de leve, fiz parecer um acidente, mas pude notar que os pelos do seu braço se arrepiaram todos. Senti um calor subindo pelas minhas pernas... Pena que acabamos rápido, acredito que em menos de meia hora. Ela estava agradecida e cansada, percebi pela sua face um pouco abatida.

Suddenly It's Love | História Rabia.Onde histórias criam vida. Descubra agora