Depois da boate.

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Não me despedi de Ari, ele estava ocupado demais com a Dan. Eram tantos beijos e abraços. De qualquer forma, eles não sentiriam mesmo a minha falta. Desci as escadas apressada. Peguei um táxi de frente para a boate. Minutos depois ele estacionou na frente da casa de Rafaella. Paguei a corrida e desci. Estava chovendo tanto, em poucos minutos eu estava com água até dentro do tênis. As luzes da casa de Rafaella estavam todas apagadas.

— Será que sou tão sem sorte assim? – perguntei enquanto tocava a campainha. Toquei várias vezes, ela não atendeu. Eu fiquei inconformada. Comecei a gritar o nome dela e bater no portão – Onde ela se meteu desta vez? – chamei mais algumas vezes, eu não queria acreditar que havia perdido a viagem, não com toda aquela certeza de que eu iria fazê-la me ouvir explodindo dentro de mim.

Chamei de novo. Umas dez vezes gritei o nome dela. Nesse instante, enquanto eu batia no portão e me desesperava embaixo daquela chuva que mais parecia presságio do fim do mundo, vi a luz do quarto dela ascender, logo a luz da sala, da varanda. Em menos de cinco minutos ela estava abrindo o portão. Rafaella vestia um robe preto, agora molhado de chuva. Fiquei imaginando o que teria por baixo daquele robe. Por Deus! Meus pensamentos diante desta mulher não valem um centavo.

— Você está louca? – perguntou assustada tentando abrir o portão às pressas – O que deu em você para vir aqui a esta hora, com essa chuva e fazer esse escândalo todo na minha porta?

Olhei bem dentro dos olhos de Rafaella. Era incrível o que eu sentia diante dela, explodia dentro de mim sensações tão estranhas quanto maravilhosas. Dava febre, já ouviram falar em febre de amor? Era isso que eu sentia só de olhar para ela.

— Você está proibida de me mandar embora, dona Rafaella. – falei e a segurei pela cintura. Encostei-a no muro pela parte de dentro da casa e beijei-a com saudade. Rafaella empurrou o portão com uma das mãos e com a outra, segurou em meu pescoço me puxando para ela, prolongando aquele beijo febril e irracional. Seu corpo comprimido no meu clamava para ser tocado.

— Vem. – segurou minha mão – Vamos sair dessa chuva.

Ela desistiu das explicações e não me rejeitou, vocês viram? Fomos direto para o quarto. O caminho foi lento, nossos passos eram interrompidos pelos beijos inflamados de paixão, desejo, amor. Deu trabalho para tirarmos aquelas roupas molhadas, jogamos tudo pelo chão. Meu celular caiu do bolso da calça e rolou para debaixo da cama. A essa altura estaria além de molhado, quebrado. Quem disse que eu me importei com isso? Perto dela, eu apenas me importava com ela. Não havia mais mundo lá fora. Continuei beijando-a, beijos cada vez mais intensos e excitados. O que tinha por baixo do robe? Uma camisola minúscula cheinha de rendas. O que tinha por baixo da camisola? O corpo da mulher que eu amaria e desejaria para sempre.

Estávamos consumidas pelos beijos, respirações ofegantes, mordidas nos lábios e no pescoço intercaladas com gemidos e sussurros no ouvido. Minhas mãos se perdiam naquela pele macia e cheirosa. Meus lábios deslizavam pelo seu pescoço. Deitei-a na cama, logo o meu corpo sobre o dela. Rafaella abriu as pernas e me acomodou confortavelmente. Fiquei roçando no seu sexo. Nossos seios comprimidos também estavam em atrito, nossa respiração descompassada comandava o ritmo do nosso desejo. Rafaella gemia, nossos olhos se encontravam de vez em quando e diziam uma só frase: “Eu quero você!” E dito isso, pelos nossos olhos, vi os dela tão vermelhos de desejo, Rafaella parecia desfalecer nos meus braços. Inclinei meus lábios no seu ouvido.

— Goza na minha boca? – pedi sussurrando.

Ela assentiu com a cabeça. Soltou de leve os seus braços que estavam em volta do meu corpo. Suguei seus seios, ora num, ora noutro. Minha mão deslizava pelas suas coxas e pousou no seu sexo molhado. Rafaella empurrava minha cabeça para baixo enquanto mexia o quadril esfregando-se na minha perna que estava no meio das suas.

Suddenly It's Love | História Rabia.Onde histórias criam vida. Descubra agora