Quem procura, acha II

3.5K 249 80
                                    

Subíamos lentamente cada degrau daquela escada, nos beijando e nos acariciando com desmedido desejo. Nossas roupas ficaram pelo caminho. O corpo ardia de desejo, o corpo! Naquele instante parecia um só. Rafaella se enroscava em mim, suas mãos leves e macias passeavam pelo meu corpo, desnudando-o por completo. Tirei sua calcinha e contemplei suas formas perfeitas, ela puxou-me para cama e meu corpo pesou sobre o dela. Nossos corpos estavam num atrito tão perfeito que quase gozei no meio das suas pernas.

Rafaella rebolava embaixo de mim com uma perfeição indiscutível. Suas mãos percorriam as minhas costas enquanto meus lábios tocavam seu pescoço beijando-os de leve e mordendo-os no mesmo ritmo dos beijos. Esquivei-me um pouco daquele contato dos nossos sexos para não gozar. Comecei a beijar seus seios, ela apertava o lençol desesperada. Suguei os bicos com vontade, ela gemeu alto e se contorceu ainda mais. Desci tocando a sua pele com a minha língua, seus pelos se arrepiando pelo caminho me faziam enlouquecer ainda mais. Afastei suas coxas com as duas mãos, beijei seu sexo molhado, quase gozei novamente só de vê-la tão excitada. Beijei suas coxas, Rafaella ficou impaciente, segurou minha cabeça com as duas mãos e tentou posicioná-la no meio das suas pernas.

- Para de me torturar... - falou ofegante - Faz, por favor...

Adorei ouvi-la implorar pela minha língua dentro dela. Comecei a chupar todo o seu sexo enrijecido, ela estava tão irracional quanto eu. Levantava o quadril e se esfregava no meu rosto como se quisesse que eu entrasse dentro dela. Minha língua deslizava pelo seu sexo fazendo movimentos rápidos. Ela começou a gozar e então introduzi dois dedos na sua boceta, aumentei o ritmo das estocadas e não demorou para ela gozar na minha mão e na minha boca. Suguei todo o gozo que ela derramara e depois subi pelo seu corpo beijando cada centímetro da sua pele suada. Pousei meus lábios nos dela e nos beijamos demoradamente com paixão.

Enquanto nos beijávamos, Rafaella começou a estimular meu sexo com uma das mãos, com a outra ela, passeava pelos meus seios, fazia movimentos circulares com a palma das mãos e eu gemia sentindo aquele carinho gostoso. Ela começou a beijar meu pescoço, minha nuca, suas mãos eram firmes, porém macias e carinhosas. Seus dedos começaram a entrar dentro de mim e minhas pernas ficaram bambas. Ela foi aumentando as estocadas e nesse instante eu não conseguia nem respirar. Antes que eu gozasse, ela parou de me penetrar, foi deslizando sua boca pelo meu corpo, sua língua quente marcava o caminho, nesse momento, olhei para o teto e consegui ver tudo azul, detalhe: o quarto era amarelo.

Ela apertou minhas nádegas e ajoelhou-se diante da cama. Entendi o que ela queria. Apoiei meus pés na borda da mesma e ela sorriu, um sorriso tão safado que me fez arder por dentro... Rafaella afastou ainda mais minhas pernas e começou a me sugar com força. Sua língua ágil e rígida quase me matou de prazer e eu não sabia se gemia, se gritava... O quarto ainda continuava azul... Minha cabeça rodava... Eu gozei como nunca tinha gozado na minha vida...

Ela deitou-se novamente ao meu lado na cama, com seus lábios molhados de gozo começou a me beijar, seus olhos diziam: "Eu quero mais..." Deitei-me novamente sobre o seu corpo, enfiei-me no meio das suas pernas e comecei a roçar meu sexo no dela. Seus seios também roçavam nos meus, suas mãos apertavam minhas nádegas querendo comandar o ritmo dos movimentos, o suor escorria por cada pedacinho dos nossos corpos e nossos olhos nem piscavam, ficávamos nos olhando e vendo nossa face se transformar completamente. Gozamos ao mesmo tempo.

Quase desfaleci nos braços dela... Quem era aquela mulher? O que ela fez comigo? "E eu que pensei que sabia tudo, mas se é você eu não sei nada..." Essa música começou a tocar na minha cabeça... Rafaella começou a me olhar, não com o desejo de segundos atrás e sim com um imenso sinal de interrogação no meio da testa. Ela levantou-se, abriu uma gaveta do seu armário e vestiu uma camiseta enorme de malha. Não disse nada, apenas pegou uma carteira de cigarros que estava em cima da cômoda e acendeu um.

- Não sabia que você fumava. - falei, não surpresa, mas para quebrar aquele silêncio.

- Nem eu. - ela falou aparentemente nervosa - Esses cigarros não são meus, são do Rodolffo.

Ao contrário dela, eu não estava com vergonha da minha nudez. Levantei-me e fui até onde Rafaella estava. Abracei-a com carinho, mas o telefone tocou e ela foi atender.

- Alô? - perguntou - E-eu... Eu tive uns probleminhas, mas já-já... Já vou me arrumar. Chego aí rapidinho. Desculpa! - desligou.

Não sei o que disseram do outro lado da linha, mas Rafaella estava deveras incomodada e eu decepcionada com uma de suas palavras. Bom, ela disse "probleminhas". Será que é assim que define o que aconteceu?

- Era o Rodolffo. - falou.

- Deu para perceber.

- Se veste, Bia! - pediu evitando olhar para a minha nudez.

- Nem sei onde estão minhas roupas. - respondi. Cheguei mais perto dela - Deixa eu ficar com você essa noite, ainda estou com vontade... - sussurrei no seu ouvido. Logo a abracei e beijei seu pescoço.

- Para! Não dá mesmo. - ela falou desvencilhando-se do meu abraço - O Rodolffo está me esperando.

- Liga para ele, diz que você não pode ir. - pedi com os olhos mais tristes que já exibi na vida.

- Não dá mesmo, Bia! - fugiu do meu olhar. Suas mãos e suas palavras estavam trêmulas.

- Por quê? O que te impede de ficar comigo? Eu te amo tanto... - nem senti as lágrimas no canto dos meus olhos.

- Droga! Hoje é meu jantar de noivado! - ela respondeu num impulso.

- Não pode ficar noiva dele! - falei sem conseguir controlar minhas lágrimas - Não pode! - repeti enérgica - Você nem ama esse cara... Nós acabamos de fazer amor, não mudou nada?

- Eu não quero te magoar! - falou também com lágrimas nos olhos.

- Não dá para te entender, Rafaella! - respirei fundo - Juro que não dá!

Minhas roupas estavam espalhadas pelas escadas. Vesti-me às pressas. Não olhei para trás quando sai pelo portão da casa dela. Eu parecia uma maluca andando pelas ruas, totalmente desorientada, descalça, com os tênis nas mãos, as roupas do lado avesso e amarrotadas... Conseguem imaginar isso? Então acrescentem as lágrimas que escorriam sem controle pela minha face cheia de angústia e dúvidas.

Suddenly It's Love | História Rabia.Onde histórias criam vida. Descubra agora