Feliz aniversário II

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Desliguei o telefone com o "coração na mão" como dizem. Não demorou para eu ouvir o famoso "treck" do portão. Engraçado, pensei que ela fosse brigar comigo, mas não! Ela sorriu ao me ver.

- Entra, Bia! - pediu.

- Não posso. - olhei minhas roupas. Calça jeans, uma camiseta azul e tênis. Rafaella usava um vestido preto meio que... Formal? É, acho que sim.

- Já que veio, entra! - ela estava simpática demais, não parecia em seu juízo perfeito.

- Não vou entrar! - lhe dei um beijo demorado no rosto - Feliz aniversário, Rafaella! - desejei.

Ela me olhou e sorriu.

- Vem cá... - pediu enquanto me puxava pelo braço. Nem se dera o trabalho de fechar o portão. Só soltou o meu braço quando chegamos na garagem. Ela estava estranha! Eu descobri o porquê quando não resisti mais e puxei-a pela nuca para beijar os seus lábios.

Tinha um gosto delicioso de bebida. Rafaella me abraçou com tanta vontade. Sua língua deslizava dentro da minha boca como se estivesse brincando comigo. Ela ria entre um beijo e outro. Acabei achando graça. Ela estava completamente bêbada e literalmente sensual. Não que ela precise de bebida para ficar sensual. Aquele gosto de álcool na sua boca foi me enlouquecendo de tesão.

Nossos beijos foram ficando violentos e excitantes. Rafaella mordia a minha boca e alternava com sussurros no meu ouvido. Apoiei-a na parede, estava escuro demais. Derrubamos algumas latas que estavam num canto. Minhas mãos desceram pelo seu corpo, apertei suas coxas, logo levantei seu vestido. Com a mão ergui uma de suas pernas até a altura da minha cintura, com a outra mão livre, afastei sua calcinha e introduzi meus dedos dentro dela. Rafaella gemeu tão gostoso. Começou a sussurrar no meu ouvido que queria mais rápido. Minha coxa no meio das suas pernas ajudava a empurrar cada vez mais rápido e mais fundo os meus dedos dentro dela. Não demorou para ela cravar suas unhas nas minhas costas sentindo o alívio daquele orgasmo. Ela gozou e inundou os meus dedos.

No minuto seguinte, ela me empurrou de encontro ao carro e começou a passar suas mãos macias por baixo da minha roupa. Abriu o zíper da minha calça enquanto sugava minha língua com os seus lábios famintos. Eu estava sem ar, sem chão... Não dava para pensar em mais nada, nem no perigo que estávamos correndo. Ela estava me enlouquecendo com o atrito do seu corpo no meu, suas mãos em minha pele, sua boca passeando pela minha boca, pelo meu pescoço...

Rafaella levantou a minha blusa e começou a sugar meus seios com força, não provocava dor, só prazer. Depois foi descendo, abaixou minha calça com rapidez. Ela não tirou a minha calcinha, só afastou com as mãos e me chupou com tamanha vontade que eu gozei rapidinho na sua boca. Eu gozei e minhas pernas não conseguiram suportar o meu corpo, só senti quando os meus joelhos lentamente tocaram o chão gelado. Rafaella riu e logo me abraçou. Foram só dez minutos, podem imaginar? Posso dizer que essa foi a "rapidinha" mais gostosa da minha vida. Respirei fundo. Vesti novamente a minha calça. Tirei do bolso uma caixinha e dei a ela.

- Abre! - pedi, ainda tentando controlar a respiração - Vê se você gosta.

Rafaella ajeitou-se primeiro. Suspendeu a alça do vestido. Abriu a caixa e olhou para minha cara com um sorrisinho sarcástico preso nos lábios.

- Um sol? - perguntou olhando o pingente.

- Sim. Quando o Sol e a Lua se encontraram pela primeira vez eles apaixonaram-se perdidamente
e a partir daí começaram a viver um grande amor. Eu tenho a Lua. - eu disse, tentando não deixar transparecer a importância que o significado desse pingente tem pra mim.

- Coloca? - pediu virando-se de costas. Afastou os cabelos. Fiquei quase paralisada olhando o seu pescoço, a sua nuca. Nossos olhos já estavam acostumados com a escuridão do ambiente - Vai pôr ou não? - perguntou ansiosa.

Não coloquei mesmo. Fiquei beijando aquela pele quente e cheirosa. Rafaella riu, ela ria tanto. Virou-se para mim, me abraçou e selou novamente aqueles lábios deliciosos nos meus. Eu apertava-a cada vez mais forte nos meus braços. Acariciava suas costas, seus ombros. Minhas mãos deslizavam por baixo do seu vestido.

- Não dá mais tempo, Bia! - exclamou sem desgrudar os lábios dos meus - Meu Deus! Que loucura! Eu tenho que voltar pra festa. Meu pai está lá dentro. Rodolffo... Meus amigos... Todos os professores do colégio... - suas palavras saíam sufocadas pelos beijos, mas pude compreender perfeitamente o que ela estava dizendo.

- Posso vir amanhã?

- Não! Nos vemos na escola segunda. - respondeu olhando para os lados, agora assustada.

- Preciso ver você amanhã. - falei apertando-a um pouco mais nos meus braços, meu corpo estava pegando fogo.

- Meu pai vai estar aqui. Por favor, não complica as coisas! - seus olhos exibiam medo.

- No colégio você não fala direito comigo.

- Prometo que vamos conversar! - tirou minhas mãos das suas coxas - Agora vai, por favor. - pediu.

- Me dá mais um beijo?

Ela sorriu, aquele sorriso lindo! Adoro sorrisos. Me deu um monte daqueles beijinhos rápidos, sem língua, sabem como? Aqueles beijos que nos deixam com vontade de ficar e beijar mais, muito mais...

- Vai, Bianca!

- Tá bom. - lhe entreguei o cordão - Você é meu Sol, viu? Não esquece.

Rafaella não disse nada, apenas sorriu e ficou me olhando ir embora. Enfim, feliz de verdade. Até quando? Hum... Não queria pensar nisso.

Bom, eu sei que é nojento o que eu vou dizer, mas, quando cheguei em casa, fiquei pensando seriamente se lavava ou não as mãos... E não riam! É sério! Eu queria guardar o cheiro dela pra sempre. Era tão bom.

Olhei pro sofá da sala, ninguém? Fui devagarzinho até o quarto dos meus pais. A porta só estava encostada. Sei que não devia fazer isso, mas, bem devagar, empurrei um pouquinho a porta. Querem saber o que eu vi? Os dois dormindo abraçadinhos. O que será que aconteceu? Eles só faltavam pedir outra cama para colocar no quarto! Mistério, puro mistério.

Depois do banho. Sim, tomei banho! Depois do banho, deitei-me na cama suspirando. Que momento era aquele? Vamos chamá-lo de "momento paz". Se caísse uma bomba na minha cabeça, ainda assim, estaria sentindo-me em paz. Que exagero! Esses pensamentos de novo.

Suddenly It's Love | História Rabia.Onde histórias criam vida. Descubra agora