— Bia? – Aristóteles me fitou surpreso – O que houve?
— Boa noite, Sr. – cumprimentei o pai de Ari.
— Boa noite, querida! – beijou meu rosto, simpático como sempre. Lá vou eu pensar na grama do vizinho novamente. Tenho certeza que se o Ar fosse gay, seu pai o apoiaria – Como está?
“Mal...” – pensei.
— Bem. – respondi desanimada.
— Vamos pro meu quarto! – Ari chamou notando minha face abatida.
Entramos no quarto. Aristóteles acendeu a luz, queria que ele pudesse acender aquela luz dentro da minha cabeça também. Trancou a porta.
— Desembucha. – falou – O que houve desta vez?
— Acabou, Ar! – me sentei na cama dele – Rafaella só queria me usar mesmo.
— Acabou? Como assim? – estava confuso. Também pudera! Eu não dizia coisa com coisa e ainda queria que as pessoas acompanhassem meu pensamento, sabe como? Você pensa, não diz o que pensou e quer cobrar entendimento da outra pessoa.
— Estive na casa dela hoje e bom... Foi horrível! Ela disse que já está marcada a data do casamento e jogou na minha cara que eu não devia ter criado ilusões a seu respeito. – estava indignada.
— Poxa, Bia! Você também pede para ser desprezada, né? Sabe muito bem que se fosse por ela, nada teria acontecido porque é sempre você quem vai atrás dela. – as vezes a sinceridade dele me irritava.
— Mas, no aniversário dela, foi Rafaella quem tomou a iniciativa. – falei – Praticamente me arrastou pra garagem, e nós fizemos amor loucamente.
— No sábado? – perguntou surpreso.
— Não me olha com essa cara! – o olhei quase brava – Você sabe que a gente andou transando.
— Sei... Mas, caramba, Bia! É estranho pra mim... Não estamos falando de qualquer pessoa e sim da professora mais gostosa do colégio. Cara! Todos os garotos fariam qualquer coisa para dar apenas um beijinho nela e você... Bom, você conseguiu bem mais que isso... E duas vezes! – exclamou frustrado.
— Três... – falei – Hoje também.
— Metida!
— Para, Ari! – pedi desanimada – Não estou para brincadeira hoje... – me levantei, fui até a janela – Rafaella só quis se divertir, cara! Eu não, entende? Estou arrasada! Como vou conseguir olhar para ela no colégio agora? Controlar a vontade que eu sinto de beijar aquela mulher... Tocar... Vai ser insuportável!
— Para você, Bia! Porque ao invés de ficar se martirizando, não reage? Ela vai casar e você já sabia disso. Parte para outra! – me abraçou – Minha prima está lá na sala, louquinha por você. – completou.
— Nos beijamos. – soltei.
— Beijou e muito mais, né? – tornou a se sentar na cama.
— Estou falando da Mariana. – respondi hesitante.
— Você beijou a minha prima? – me olhou surpreso novamente – Sua cachorra! Como foi? Ela beija bem? – estava curioso.
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Suddenly It's Love | História Rabia.
RomanceJá passou pela sua mente algum dia se apaixonar por algum professor? Ou melhor, professora? Não, verdade? Pois é, Bianca também pensava assim até se ver perdidamente apaixonada por sua professora substituta de Matemática, Rafaella. Será que a difere...