𝕸𝖞 𝖇𝖔𝖘𝖘 °𝕂𝕀𝕄 𝕊𝔼𝕆𝕂𝕁𝕀ℕ° [Terminada]

• Um beijo de amor verdadeiro? •

Era bem ali onde estávamos, bem numa praça em frente a empresa, uma praça cheia e que tinha uma linda estrutura que parecia um carrossel, porém, não tinha cavalinhos, apenas um banco rodeado de flores lindas.

Me apoiei no beiral do corrimão de madeira, apreciando as rosas e aquela maravilhosa noite estrelada, sem contar na lua cheia que iluminava a cidade com seu brilho estonteante. Jin me olhava sentado com os cotovelos apoiados sobe as pernas.

Eu não me virei para encontrar seu olhar, mas sabia bem que ele ainda não desviará suas íris de mim. Aquele olhar era atentador e não sei se me sentia bem ou mal com ele lá. Desejava saber o que o mesmo pensava neste momento, será algo bom ou ruim?

- Ainda não acredito que você e Sung não são casados porque querem. - Me atrevi a encara-lo, girando os pés em direção a ele.

- Sei disso, Ae-Cha, e era por esse motivo que não queria que você descobrisse. - Largou o corpo sobre o banco, pondo um dos braços por cima do encosto - Agora estamos muito mais próximos do que eu pensava e as coisas ficaram estranhas. - Fitou o chão, seriamente.

- Tenho que concordar, nem mesmo eu me sinto confortável com uma barbaridade dessas, Jin. - Me sentei com ele, um pouco mais afastada - Quando você disse que ainda não podia contrariar seu pai, o que quis dizer com isso?

Jin deu uma risada divertida, curvando a cabeça para me fitar. - Bom, a empresa pode até estar no meu nome e a conta bancária também... porém, o dinheiro não é o que me importa, se contrariar meu pai agora ele pode machucar minha mãe de formas variáveis e eu não quero que isso aconteça,  até porque minha mãe é uma boa mulher... não é igual ao meu pai, um idiota de um coração de pedra, cabeça dura, egoísta, meu pai não é bom, Ae-Cha. - Fez uma careta estranha, Jin parecia furioso ao falar de seu pai e eu entendi o por quê.

- Tá dizendo que ele poderia matar ela? - Perguntei perplexa, sem acreditar que uma pessoa como Sr.Kim pudesse fazer uma coisa assim... 'Claro Ae-Cha, ele é o pai de Kim Seokjin, o segundo homem mais rico da Coréia do Sul, ele pode tudo'.

- Não... isso ele não faria. Kim ainda ama minha mãe, no entanto, ele mandaria machuca-la para me atingir, porque aquele babaca sabe que ela é importante pra mim. - Bagunçou seu cabelo maravilhosamente arrumado, levando-o para trás.

Fiquei sem palavras para descrever o quanto estou surpresa e assustada. Ajeitei meu vestido, engolindo seco ao olhar para as folhas das árvores que era arrebatadas pelo vento da noite fria, tanto que me espremi no blazer do Jin.

- Não está com frio? - olhei para ele, percebendo que mal se importava com a ventania. Seus cabelos bagunçavam ainda mais com o vento, confesso que Jin era lindo de todas as formas, até com o cabelo todo desarrumado. Sua camisa social marcava suas curvas e mostrava os músculos dos braços de forma que sua calça também marcava suas coxas, se eu não fosse educada diria que aquilo é um pecado em pessoa.

- Posso aguentar haha... é melhor voltarmos a festa, o Sr.Culimã deve me procurar, sem falar nos meus pais e os convidados para o meu discurso. - Disse ele levantando-se.

- Hum. - Concordei, feliz por sair daquele frio. Também precisava encontrar as meninas, mas quando descia as poucas escadas daquela estrutura, Jin me puxou para ele e me encostou no corrimão, pondo suas mãos delicadamente na minha cintura e roubando meus lábios num beijo calmo e doce.

Senti um frio na barriga, a sensação de estar beijando sua boca macia era incrível e deliciosa, fui pega de surpresa e não conseguia interagir, mas correspondi ao seu beijo.

Estar sentindo sua boca naquele momento era como estar cavalgando nas nuvens, era como comer algodão doce e sentir as partículas de açúcar derreter em sua língua. Me lembrava uma cena de um filme de romance clichê, se eu visse alguém fazendo o mesmo acharia romântico demais, mas com Jin e eu foi diferente, foi mais que uma cena clichê, é inexplicável.