𝕸𝖞 𝖇𝖔𝖘𝖘 °𝕂𝕀𝕄 𝕊𝔼𝕆𝕂𝕁𝕀ℕ° [Terminada]

• Vingança Perfeita •

Por hora, eram dois, três, quatro tapas que ele dava na minha cara. Conseguia sentir minhas bochechas vermelhas e doloridas, a parte onde mais me doía era onde havia o corte que até nesse momento não parava de sangrar.

Quando ele levantou a mão para me bater mais uma vez, eu gritei, gritei tanto que minha garganta secou e minhas últimas forças se esgotaram de um segundo para um milésimo.

— BATE, BATE BASTANTE SEU DESGRAÇADO, VOCÊ VAI VER O QUE TE ESPERA NA PRISÃO. — Engoli em seco — VOCÊ E ESSES SEUS HOMENS NÃO PASSAM DE CARNES PODRES, SEU DINHEIRO É UMA MERDA E SE VOCÊ ACHA QUE ELE VAI TE SALVAR ESTÁ MUITO ENGANADO, SEU FILHO TE ODEIA, SUA MULHER TE ODEIA E VOCÊ NÃO PERCEBE ISSO, PORQUE VOCÊ QUER IGNORAR E CRIAR SEU MUNDINHO POR CONTA PRÓPRIA, MAS VAI ACABAR AFUNDANDO JUNTO COM ELE... — A mão dele acertou tão forte meu rosto que o sangue em minha bochecha pingou no chão a alguns metros de distância de mim.

— Ha ha ha, gostei... uma gatotinha que está indefesa tentando me atacar com as próprias palavras. Isso é hilário não é Ken? Ela é engraçada. — Ele perguntou a um dos seus homens, que há de concordar com ele e rir juntamente de todos.

— Viu? Nem mesmo eles gostam de você, só estão aqui pela sua grana suja e imunda. — Continuei independentemente de receber mais tapas ou não. — Saíam daqui pessoal, vão embora pra suas famílias antes que seja tarde demais, vocês vão ser presos junto com esse idiota...

— NÃO ESCUTEM ELA. ESSA GAROTA ESTÁ BLEFANDO. CALA A BOCA. — Ele gritava para tentar me fazer ficar quieta. Só pelas palavras ditas por mim eu vi que estava dando certo, os homens se olhavam como se estivessem pensando no que eu disse.

Se eu vou ficar fraca, então o senhor Kim também vai.

— Nenhum dinheiro paga a felicidade de uma família, se vocês tem filhos não os deixem sozinhos pra arriscar a vida por esse maluco. — Prossegui. — Se ele afundar vai tentar levar vocês também, não vêem? Não vêem que a vida de vocês estão na frente? Ele mataria vocês para ficar vivo.

— CALA A PORRA DA BOCA SUA FILHA DA PUTA. — Pegando uma outra faca ele apontou em minha testa. — Ela tá mentindo, se quiserem seus pagamentos então façam o que eu estou mandando.

— Desculpa senhor, mas ela tá certa, meus filhos estão me esperando em casa. — Alguns deles começavam a sair pela porta, um por um, até não restar mais deles.

— O que? Esperem.... SEUS TRAIDORES. OLHA O QUE VOCÊ FEZ. — O mesmo chutou a mesa de armas, fazendo todas elas caírem no chão. — Você vem comigo.

Pegando uma pistola, ele desamarrou as cordas e agarrou meu braço. Me levantando com tudo, apontou a arma pra minha cabeça e começou a me empurrar para fora do galpão.

Estava escuro o bastante, mas ainda dava para ver o lugar em que nos localizavamos, era nos arredores de uma floresta, ou melhor, uma mata. Mais se parecia com um local de fazenda e granjas.

De longe dava para ver a cidade numa imensa claridade brilhosa. O senhor Kim me guiava até um carro preto escondido atrás do galpão, não me lembrava como me trousseram pra cá, mas pelo carro já imaginava.

— PAI!!!

Ouvi uma voz familiar soar de longe, nós dois nos viramos imediatamente. E lá estava ele, Kim Seokjin, acompanhado da Senhora Kim, da Sook e da... Sung?

Por que ela voltaria? Se quissesse que eu me ferrasse, teria ficado na festa e esquecido de mim. Então por que ela veio? Arrependimento talvez?

Sei não... eu já não sei de mais nada.

— Como descobriram que estávamos aqui? — Kim perguntou perplexo, exalando medo e pavor. Suas mãos tremiam, a respiração começava a sair do controle e eu já fazia ideia do porque. Os homens dele não estão aqui para proteje-lo.