Capítulo 8

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Ela parou enquanto ele vinha correndo em sua direção.
- Oi, Emmy - diz ele com arfadas de ar depois de sua corrida de alguns metros pra chegar até ela, pelo visto não era muito atlético.
Por um instante ela fica olhando fixamente nos olhos castanhos dele, reparando em cada contorno do seu rosto, o cabelo arrumado... "NÃO, PODE PARAR", ela começa a repreender si mesma em sua cabeça, "sem garotos, Emmy, sem garotos por enquanto".
Até que ela se lembra de que ele estava parando em sua frente esperando uma resposta para o seu oi.
- Oi, Josh. Acho que seu nome é Josh, não é?
                                       ...
Eles foram conversando até a porta da casa dela, afinal, que mal tinha nisso?
Ela havia acabado de chegar, Josh tinha sido uma das pessoas mais gentis com ela, o rapaz parecia muito interessado em saber mais de onde ela veio, quais os interesses dela, as bandas cristãs que ela curtia, eles até tinham um gosto parecido, por um momento Emmy não se sentia uma estranha, era confortante estar conversando com alguém que não fosse sua mãe, não que ela não amasse conversar com sua mãe, mas queria muito fazer novos amigos.
Enquanto conversava com Josh, Daniel vinha constantemente em seus
pensamentos, mas ela decidiu que não iria pensar nele, tinha acabado de chegar na cidade, não precisava de problemas com namoradas doidas ciumentas, se é que aquela garota namorava ele.
                                      ...
Quando chegou em casa ela foi pro seu quarto e pegou sua Bíblia de capa florida, já desgastada de tanto ser folheada, mas havia sido um presente da avó, ela se recusava a se desfazer ou então trocar por uma nova, tinha um valor sentimental enorme pra ela.
Então Emmy abre em Romanos e lê um dos seus versículos favoritos, onde diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, ela faz uma oração e tira um pequeno cochilo.
Cochilo suficiente para ela sonhar com Daniel.
                                      ...
E então lá estava Emmy, naquele sebo de novo, e viu que Stacy estava em um canto com um livro rosa na mão. Era o livro que Daniel tinha dado de presente para ela! Como Stacy pegou? Não fazia sentido, então Emmy foi até ela.
- Isso me pertence! Devolva!
- Ah querida. Você acha? Eu estou aqui tem muito mais tempo, isso é meu quase que por direito.
Então elas escutaram passos e deduziram que fosse Daniel, então Stacy a empurrou correu para os braços dele.
Ela lhe dizia "Está tudo bem meu amor. Aquela garota não vai nos incomodar mais, somos só eu e você".
Emmy não conseguia se mover, não conseguia falar nem gritar.
Daniel parecia um robô, não tinha nenhuma reação, era como se a garota loira o controlasse.
E então todos os livros começaram a cair e afundaram o chão, Emmy sentia como se estivesse caindo, caindo, caindo...
E em um salto acordou, talvez tenha sido uma péssima ideia cochilar.
Ela levantou imediatamente da cama, suando frio e tentando espantar da mente as cenas que vira no seu sonho. Será que isso é algum sinal? Perguntou ela pra si mesma, será que isso é um alerta pra que eu não me aproxime dele? Ela estava confusa, decidiu tomar um banho pra relaxar.

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