Capítulo 15

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Antes...

Dylan

- Sim... eu quero a mais bonita. – Eu falava ao celular. - Sim, e precisa ser loira, a mais loira que você tiver... certo... estou aguardando.

Desligo o celular e vou até o meu guarda roupa. Visto um dos ternos mais caros que eu tinha e ponho perfume nos punhos. Gostava de usar anéis, por isso coloco um no meu dedão da mão direita, um no meu mindinho da mesma mão, e um no dedo indicador da mão esquerda. Passo as mãos em meus cabelos os jogando totalmente para trás, e caminho até a cozinha, pego uma garrafa de vinho e me sirvo.

Após longos minutos ouço a campainha do meu apartamento, provavelmente deve ser a prostituta que eu havia pedido. Deixo a taça na bancada e caminho até a porta, quando abro, uma frustração enorme toma conta de mim.

- Eu havia pedido uma loira de verdade, você é meio oxigenada, ne?! – Falo a olhando dos pés a cabeça.

-  O que...

- A partir do momento em que passar por essa porta você é minha e faz o que eu mandar. Entendeu? – A interrompo, não me interessava o que ela tinha a dizer.

- Depende.

Mostro a ela um punhado de dinheiro e ela rapidamente entra. Fecho a porta logo em seguida e a deixo destrancada, pois eu aguardava mais uma pessoa.

- Enquanto estiver aqui, seu nome vai ser "Parker", e vai me chamar de "mestre" sempre que se dirigir a mim para dizer qualquer coisa. – Ela acena com a cabeça em concordância.

A mulher trajava um vestido preto brilhante, e um salto alto preto. Para uma loira falsa até que era bem atraente a final de contas. Caminhamos até a sala, e ela já ia se sentar no meu sofá quando eu a impeço.

- Não te dei permissão para se sentar ainda.

- Desculpe, mestre.

- Seja lá de onde você veio, deve estar imunda. Me acompanhe, por favor.

Vou em direção a um dos banheiros do meu apartamento, e começo a preparar um banho para a mulher. Assim que a banheira se enche de água e espuma, eu faço um sinal com a mão.

- Quero que entre e se limpe.

- Sim, mestre.

Ela tira os saltos, depois o vestido e a calcinha. Entra na banheira e começa a se ensaboar enquanto eu a observava. A deixo ali e vou até a cozinha, pego outra taça com vinho e levo até o banheiro onde "Parker" estava. Entrego ela uma das taças e ela abre um sorriso.

- Obrigada, mestre.

Caminho com a minha taça na mão e me encosto na parede enquanto olhava a prostituta se lavar na banheira.

- Sabe, eu andei muito ocupado durante esses três anos. Abri uma empresa, mandei matar algumas pessoas importantes para tirá-las do meu caminho, porém acabei deixando a Lyanna e o Bernard um pouco de lado...

- Quem são eles, mestre?

- Cala a boca, sua puta! – Me recomponho. - Não me interrompa de novo.

"Parker" arregala seus olhos e leva sua taça a boca, percebo que seu corpo se afugentou dentro da água.

- Como eu estava dizendo, eu andei meio ocupado, e assim que consegui manter tudo em ordem, deixei com que a Lyanna e Bernard soubessem que ambos estavam vivos. A reação do Bernard foi bem previsível, ele costuma perder a cabeça facilmente e pensar com os punhos a maioria das vezes. E até o momento, a Lyanna não fez nada, segundo o que o sub-líder dela me disse. Você acha que foi uma boa ideia? – Eu a encaro e ela desvia o olhar. – Pode falar agora.

Amor Oculto - Vol. IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora