Prólogo

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"O diabo vai me fazer um homem livre; O diabo vai me libertar; O diabo vai me fazer um homem livre; O diabo vai me libertar." - KALEO


Antes...

Bernard

Mais uma vez nesse maldito lugar

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Mais uma vez nesse maldito lugar. Quantas vezes eu já me imaginei entrando em um lugar como esse, repleto de júris e polícias, e fuzilando a todos. Já faz mais de uma hora que os desgraçados estão falando todos os meus crimes, e o maldito advogado que o estado me arrumou está tentando me defender, mas nenhum deles chegam a lugar algum.

Só o que eu queria agora é estar nos braços de Lya, poder vê-la mais uma vez, poder tocá-la, beija-la... Qualquer coisa, mas acho que isso não vai acontecer. Nós dois já estamos praticamente mortos, e eu só quero que isso acabe logo, cansei de ficar calado nessa merda.

- Sem mais perguntas, Meritíssimo. – O advogado termina de falar e volta ao seu lugar.

- Meritíssimo, será que eu posso dizer uma coisa? – Falo e todos voltam sua atenção a mim.

- Pode. – Ela responde.

- Aquelas pessoas que eu abati e que eu matei, eu quero que saiba que eu faria tudo de novo. Isso aqui é um circo! Uma farsa! Uma encenação! Babaquice do quanto eu sou louco. Eu não sou louco!

- Cuidado com o linguajar.

- Eu não sou louco! Okay? Eu sei o que eu fiz. Eu sei quem eu sou. E eu não preciso da ajuda de vocês. Eu estou em pleno juízo mental, e qualquer policial, qualquer bandido, qualquer verme desgraçado que eu matei... EU MATEI PORQUE EU GOSTO! EU SOU UM ASSASSINO!

- ORDEM! – A juíza insistia.

- EU MATO!!! EU TO SENTADO AQUI, MEU DEDO TA COÇANDO... MEU DEDO TA COÇANDO PRA MATAR TODOS VOCÊS!! E VOCÊS ACHAM QUE VÃO ME MANDAR PRO HOSPÍCIO?? QUE O MÉDICO VAI ME AJUDAR A PARAR DE FAZER O QUE EU QUERO??? ISSO NÃO VAI ACONTECER!! COMIGO NÃO VAI NÃO!! EU TO AQUI! E SE VOCÊS QUEREM, VOCÊS VÃO TER!!

- REMOVAM O RÉU!! – A juíza ordena.

Dois policiais me pegam em um mata-leão, me segurando e me arrastando para fora do tribunal a força, enquanto eu berrava e me debatia.

- NINGUÉM QUE TIVER AQUI HOJE VAI ME OUVIR RECLAMAR E SUPLICAR!! VAI SE FUDEEEERRR!!!!! EU TO AQUI!! EU SOU CULPADO!! ESSA É A MINHA ALEGAÇÃO, JUÍZA!! EU SOU CULPADO, OUVIU?!! EU SOU CULPADO!! EU SOU CULPADO!!! VOU MATAR TUDO QUANTO É POLICIAL QUE TENTAR ME PARAR!! NÃO VAI SOBRAR NENHUM...


Dois dias depois...

Eu estava dentro de uma cela na solitária aguardando a minha vez, pois hoje era o dia tão esperado por todos, mas não por mim. Eu seria finalmente executado, mas, sinceramente, me sentia em paz comigo mesmo, até me lembrar da Lyanna. Eu estaria desistindo dela se aceitasse tão facilmente a minha morte? Estaria desistindo de nós? Estaria desistindo da promessa de envelhecermos juntos, por mais ridícula que seja?

Amor Oculto - Vol. IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora