Capítulo 36

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- Agora vamos, comece a falar.

- Eu já disse! Não vou te dizer nada!

Dylan suspende minha blusa e desliza os seus dedos pela lateral do meu corpo, em direção a minha cintura.

- O que está fazendo? Tira a mão de mim!

- Vou perguntar de novo. Como descobriu sobre o rastreador?

- Vai se fuder!

Dylan fecha o punho e acerta um soco tão forte em minhas costelas, que as sinto se partirem. Na mesma hora me contrário na cama e solto um urro de dor. Meus olhos se enchem de lágrimas por mero instinto, e perco o meu fôlego.

- Filho... Da... Puta... – Falo com a voz trêmula, sentindo uma dor intensa percorrer toda a área lateral esquerda do meu corpo.

- Eu quebrei suas últimas costelas, não deve causar nenhum risco a sua vida, mas a dor que você deve estar sentindo já é o suficiente.

Minha respiração agora estava curta, pois doía demais para respirar. Não conseguia mais encher os meus pulmões totalmente, sem sentir uma dor forte se enraizar pelas minhas costelas quebradas.

- Foi... Eu... Quem descobriu essa merda! – Suspiro. – Porque não acredita em mim?!

- Porque eu sei que você está mentindo! – Dylan aperta minhas costelas quebradas e eu faço uma careta de dor.

- PAREEE!!

- O que?! Você quer que eu pare? Porque não tenta implorar? Talvez eu pense no seu caso.

- Pare... de fazer papel de idiota... – Eu forço um sorriso para ele, mesmo sentindo aquela dor intensa.

Dylan se enfurece e sobe para cima de mim, ele me apanha pelo pescoço com as duas mãos e começa a me enforcar. Não havia nada que eu pudesse fazer naquela situação, o que eu poderia ter feito antes eu falhei. A única escolha que havia me sobrado era aceitar o meu destino. Talvez eu morreria hoje, mas só de saber que quando Bernard descobrir ele vai estripar esse desgraçado, eu já fico feliz.

- EU VOU TE MATAR!!! – Ele grita no meu rosto enquanto me sufocava.

Me debatia na cama implorando por ar, sentia que as minhas vistas estavam escurecendo e que finalmente eu iria morrer, mas Dylan me solta. Eu puxo o ar para dentro dos meus pulmões com toda a força que eu posso, e a dor na minha costela me faz soltar lágrimas novamente. Tusso várias vezes ao sentir um incomodo na garganta, onde Dylan havia apertado com toda a força que tinha. Não me surpreenderia se ele tivesse acabado quebrando meu pescoço enquanto fazia isso.

- Você vai me dizer! ME DIGA!

- Me mata logo... – Tusso mais algumas vezes. - ... Porque eu não vou falar!

- Quem você está protegendo?! – Dylan me acerta um soco no rosto. – QUEM??!!

- Eu vou te matar...

- O que disse?! Você vai me matar?! – Dylan da uma gargalhada sarcástica. – Me diz como você vai fazer isso? Porque você está amarrada! E só vai sair daqui quando me disser um nome! E até lá, se continuar desse jeito, não vai sobrar nada de você para fazer alguma coisa contra mim!

Dylan me encara e eu o encaro de volta, eu o olhava como se ele fosse a minha presa. Se eu estivesse solta, o iria dilacerar até com os dentes feito um lobo se pudesse. Ele apanha meu rosto com toda a força que tinha, e aproxima seu rosto do meu.

- Não me olhe desse jeito!!

- Porque?! Está com medo de mim?! – Eu dou um curto sorriso no canto dos lábios.

Amor Oculto - Vol. IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora