Capítulo 52

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Ben e eu nos encaramos antes de entrar, estávamos os dois armados, segurando nossas pistolas na altura do rosto. Ben empurra a porta com a mão e olhar para dentro, nos deparamos com alguém amarrado em cima da cama, e com a cabeça coberta por um saco de pano. Não havia mais ninguém no quarto, então corremos até a pessoa amarrada na cama. Logo percebemos que era uma adolescente, eu já não tinha mais duvidas de que era realmente Milla.

- Calma! Viemos te salvar! – Falo enquanto ajudava Ben a desamarra-la.

Tiramos o saco da sua cabeça e Ben pareceu surpreso.

- Não é ela.

- Como é que é??!!

A garota tira o pano que cobria a sua boca, ela estava extremamente assustada e seus olhos estavam vermelhos. Ela se levanta da cama e sai correndo em direção a porta, tentamos a impedir, mas ela consegue escapar. Antes que ela pudesse terminar de atravessar a porta, a garota é fuzilada na nossa frente, seu corpo se debate ao receber vários tiros e depois despenca no chão, coberta de buracos de bala.

- ELES A ENCONTRARAM!!! – Ouvimos um grito do lado de fora.

- A gente tem que sair daqui! – Falo com Ben e ele acena para mim.

Atiramos em todos os guardas que apareciam no corredor, e nos abrigávamos dentro dos quartos sempre que tiros vinham em nossa direção. Aos poucos íamos avançando para fora do interior do barco, mas mais e mais homens armados chegavam. Eu tento correr em direção a uma caixa que havia mais a frente para me esconder, e um homem sai de uma das portas e atira em minha direção, um dos tiros atravessa o meu braço. Me jogo no chão e levo a mão ao local sentindo uma dor intensa.

Quando Ben vê que fui atingida, ele descarrega sua arma no homem, o matando de vez. Ele corre até mim logo em seguida e tira minha mão de cima do buraco que sangrava abundantemente. Ben rasga um pedaço da sua blusa e enrola no meu braço, tentando conter o sangramento.

- Consegue continuar? – Ele me pergunta.

- Consigo... - Faço uma careta de dor.

Eu me levanto do chão, ainda pressionando minha ferida no braço, e fico atrás de Ben. Ele abre o caminho para passarmos e chegar finalmente no convés do navio. Haviam alguns homens lá e Ben consegue matar todos eles. Corremos pelo corredor até finalmente chegarmos no barco de madeira que estava pendurado. Já íamos desamarrar as cordas quando outro homem aparece, com algo na mão. Eu espremo meus olhos e logo percebo que aquilo na mão do homem era um detonador. O desgraçado do Dylan não estava mentindo, ele colocou mesmo bombas nesse navio.

- BEN! – Grito e aponto para o homem.

Ben vê o que o homem tinha nas mãos, no mesmo instante abraça o meu corpo e nos joga para fora do navio, em direção ao mar. Espremo meus olhos e afundo meu rosto no peito de Ben. O navio segue em frente na sua velocidade máxima, pois a alavanca que controlava seu motor havia se quebrado, e finalmente explode antes mesmo de chegarmos a água. Pude sentir o calor queimar minha pele, o impacto da explosão em nós nos faz chegar ainda mais rápido na água e somos engolidos por ela.

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Amor Oculto - Vol. IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora