Capítulo 53

6.9K 460 22
                                    

Isabel narrando - 04:45

Quem disse que eu consegui pregar os olhos? foi a noite todinha acordada, rezando pedindo proteção aos meus, não adianta quem olha a gente de fora pensa que é só ostentação, roupa cara, cabelão feito, unha e baile final de semana, mas só Deus sabe o que passamos, aturamos, por mais que não temos envolvimento com nada, o medo de alguém invadir sua casa a qualquer momento fica aonde? de do nada te pegarem e fazer covardia com você pra atingir o outro? é foda filhas, é foda.

Eu fiquei tão nervosa quando recebi a ligação da minha irmã falando do Vinicius, Priscila chorava tanto naquela ligação que eu entrei em desespero eu só peguei um casaco e coloquei, chave do carro, Andressa acordou na hora em que eu estava saindo, tentei inventar uma desculpa, mas vocês conhecem aquela ali né? quando eu contei a menina entrou em desespero e eu tentando manter a calma, eu só consigo pensar na Eduarda com o Caleb, porra.

...

Eu: Priscila pelo amor de Deus minha irmã calma - sacudi ela - eu to com você, a gente vai encontrar o Vinícius, fica calma.

Priscila: Meu filho Isabel, fizeram covardia com meu menino - sentou no sofá - meu menino.

Eu: Vamos esperar amanhecer e procurar em todos os lugares possíveis, a gente vai encontrar o Vinícius, eu to com você.

Andressa: Temos que falar com a Eduarda, se ele der entrada em algum hospital com certeza vai ser motivo de reportagem e se ela ver vai ser bem pior. - limpou o rosto.

Priscila: É - concordou olhando pra porta - eu só queria que ele entrasse por essa porta rindo e dizendo que isso tudo é mentira, eu só quero acordar desse pesadelo Isabel.

Eu: Vai da tudo certo, a gente vai encontrar ele. - dei um beijo na Cabeça dela.

Priscila: Victor dormiu, Andressa?

Andressa: Dormiu mãe, ele ficou em pânico vendo todo mundo nesse estado mas eu conseguir fazer ele dormir.

Eu: Eu vou tentar falar com uma amiga minha que trabalha no hospital  em São João, se ele der entrada lá eu peço que ela entre em contato comigo.

Passei uma mensagem pra Kátia, ela na mesma hora me respondeu concordando e desejando forças, é o que mais precisamos nesse momento, principalmente quando Eduarda souber disso tudo.

(...)

08:00 da manhã.

Eduarda narrando.

Passei a noite em claro literalmente, a vontade de ter mandado uma mensagem pro Vinícius foi tanta, mas eu me segurei, esperei ele entrar em contato comigo e nada, até agora não chegou também.

Eu: Você ta com saudade do papai meu amor - peguei o caleb - daqui a pouco ele chega filho.

Fiquei conversando com ele, o clima no morro está tão ruim, pesado demais, peguei meu celular vou tentar falar com alguém, ficar esperando não tem como.

Olhei o wpp ninguém online, tentei ligar e nada, comecei a ficar nervosa, a campainha tocou, deixei o Caleb no carrinho e fui atender, era minha sogra, tia isabel ea Andressa.

Eu: Oi gente, entrem - dei espaço - o Vinícius ainda não chegou aqui, estava justamente tentando entrar em contato com vocês.

Andressa: Nós viemos conversar com você, precisamos te contar o que aconteceu - falou sentando.

Eu: O que aconteceu deda? pelo amor de Deus cade o Vinícius? - perguntei nervosa, meus olhos já estavam marejados. - el.. ele, mo.. morreu ?

Meu coração estava acelerado, passava tanta coisa na minha cabeça, minha mente me fazia tanta perguntas e eu não conseguia obter uma resposta certa.

Isabel: Eduarda calma, fica calma.

Eu: Como eu vou conseguir manter calma? o que aconteceu com ele, eu quero meu marido gente, pelo amor de Deus.

Andressa: Calma, calma - segurou meus braços - nós não sabemos o certo, ele foi baleado no confronto, Carlos tentou levar ele mas não dava, os policiais saiu com o corpo dele, não sabemos se jogaram em algum lugar ou deram entrada no hospital.

Eu: Andressa.  - falei num sussurro, eu não tinha força alguma.

Andressa: A gente vai conseguir encontrar ele duda - falou chorando - calma, o Caleb precisa de você, vai da tudo certo,  vamos sair agora para procurar ele, nós vamos encontrar meu irmão.

Eu: Eu vou com vocês - falei levantando - deixa eu apenas trocar de roupa, eu vou com vocês.

Isabel: Não, não nesse estado você não vai a lugar algum - balançou a cabeça em negativa - fica aqui com a Priscila, eu e deda vamos ir e qualquer coisa vamos entrar em contato.

Concordei mesmo não querendo ficar, eu só consigo pedir a Deus que nada tenha acontecido com ele, o medo é tanto que eu não consigo me concentrar em nadinha, minha sogra estava desolada eu conheço ela, não deu uma palavra mas Deus que tia Isabel e deda saiu, ela tentou de toda forma manter a calma, me passar confiança.

[...]

Andressa- o preço dessa escolha Onde histórias criam vida. Descubra agora