Capítulo 51.

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Vinícius narrando- horas antes.

Passar o dia com a família, tem coisa melhor não rapaziada, dar aquela atenção pra mulher, aquele carinho no filho, porra não tem preço.

Acordei disposto a entregar minhas parada na boca, vou largar essa vida, depois que Caleb nasceu eu passei a pensar mais, essa vida incerta ta ligado? imagina ai, meu filho crescer sem pai, da não.

Vou ter que cumprir um mês, essa noite vou ficar de plantão papo de invasão rolando, primeira proteção é Deus a segunda é o colete, eu vou voltar pra casa na fé de Deus.

...

Enchi o copo.

Carlos: Último plantão contigo menor, da nem pra acreditar. - negou e riu.

Eu: Da mais pra mim não meu mano, quero aproveitar meu filho pô, cada dia que passa fica mais difícil de se manter vivo

Carlos: Papo é reto filhão, mas namoral mesmo só progresso nessa sua nova caminhada ai - fez toque comigo.

Eu: É isso chefe. - levantei - vou me adiantar daqui a pouco a dona começa a apertar a mente

Carlos: Só problema kkkkkk 

Fiz toque com ele, subi na moto e parti pra casa, estacionei no portão e entrei, escutei o choro de Caleb e os suspiros da Eduarda.

Eu: Qual foi doida? - ela virou - ta chorando por que Eduarda?

Duda: Ele não para de chorar Vinícius, não sei o que fazer mais - fungou.

Eu: Me dar ele aqui, dar uma descansada vou tentar acalmar o moleque

Ela me deu ele, comecei a ninar ele e o menor chorando.

Eu: Ta maluco rapa? - olhei ele - para de chorar cara dar um descanso pra sua mãe, ela ta cansada pra caralho pô.

Ele ficou me olhando, eu falando com ele, do nada o menor começou a rir.

Eu: Ai ta vendo, pai é brabo

Duda: Seja brabo assim todo dia, porra - suspirou e sentou no sofá - resolveu aquele assunto?

Eu: Resolvi mesmo, vou ficar de plantão hoje, maior burocracia pô - coloquei Caleb no carrinho - mas vai da tudo certo, nós vai refazer nossa vida

Duda: Se Deus quiser, eu sonhei tanto com esse dia. - me olhou - agora vai ser só nós dois pelo Caleb

Eu: É isso pô, e Deus por nós - dei um beijo nela - vou dar uma descansada, hoje é dia de virar plantão.

A gente almoçou, fiquei maior cota batendo um papo com ela, namoral eu olho pra trás lembro dos meus vacilos, Duda não merecia isso não, ta maluco, só de pensar que eu quase perdi a mulher da minha vida.

...

01:40 da madrugada.

Passei o fuzil nas costas, arrumei o radinho na cintura, pai tava ignorante, coloquei o boné preto interrado na cara, minha dedeira de são jorge e o cordão com o mesmo pingente.

Eduarda: Amor cuidado - me abraçou - a gente vai te esperar, Caleb ta esperando você.

Eu: Fica tranquila, eu vou voltar pô - dei um beijo nela.

Eduarda: É sério Vinicius, toma cuidado, pelo amor de Deus.

Eu: Fica calma mulher - ri - eu vou voltar cara, ta tranquilo, deixa eu ir, mano ta me esperando.

Eduarda: Beijo amor - me beijou.

Dei um beijo na cabeça dela, sai passei no quarto do Caleb ele estava dormindo, fiquei olhando ele um tempão

Eu: Tu é a minha cara moleque, pai te ama pra caralho.

Sai, Carlos estava com o carro estacionado, entrei ele deu partida, tinha umas garota sentada no portão, quando viu os bico na janela já começou a se aparecer.

Eu: Reduz, reduz

Carlos: Qual foi mano.

Eu: Encosta.

Ele encostou o carro, abaixei mais o vidro, chamei atenção delas se elas pudesse tirava a roupa, postura passa longe.

Eu: Qual a parte da porra do toque de recolher vocês não entenderam? nós vai ali na frente, se quando nós voltar vocês estiverem aqui ainda vai ser sem massagem, pau vai quebrar.

Carlos: Vai ficar careca porra, vai perder o cabelo - gritou do carro.

Rapidinho caçaram o caminho de casa, porra ninguém na rua mané, fica de putaria, ta maluco.

Carlos: Patrão mandou nós ficar na divisa da 12, perto da mata.

Eu: Tranquilo pô.

(...)

oi meus amores, peço mil perdões pela demora, mas enfim consegui voltar, beijos, mais tarde tem mais!

Andressa- o preço dessa escolha Onde histórias criam vida. Descubra agora