Capítulo 48.

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Karine narrando.

Esses últimos dias foram tensos, quando eu estava prestes a fechar negócio na casa da pista eu fui mandada embora do serviço, naquela loja que eu contei para vocês lembra? o desgraçado do Fernando ( gerente ) ficou com o ego ferido pelo fora que eu dei nele e não mediu esforços em fazer minha caveira para o dono da loja, mas Deus é justo e os orixás também! uma semana depois disso descobriram que ele estava roubando a loja e toma processinho no meio do rabo pra deixar de ser otário.

Fui buscar o Rafael na creche, cheguei em casa coloquei ele direto pro banho e pus o uniforme para lavar de branco ficou preto. terminei de dar o banho nele fiz a mamadeira e deixei ele deitado assistindo desenho.

Rafael: Oh mamãe. - gritou.

Eu: Oi meu filho.

Rafael: Cabo - amostrou a mamadeira - quer none

Eu: Não. - falei pegando a mamadeira - você acabou de tomar uma mamadeira cheia de mucilon, depois.

Rafael: Eu quelo. - fez birra, se esperniando.

Eu: Parou - falei alto - engole esse choro agora, vamos parar com a graça, deixa de olho grande.

Rafael: Mas eu quelo noninho.

Eu: Você só vai tomar danone mais tarde.

Ele começou a chorar.

Eu: Você pode chorar a vontade.

Peguei o notbook e fui pra cozinha, estava vendo um site de imóveis aqui perto e fui agitando a janta.

Carlos: Qual foi, por que o menor ta chorando cara ?

Eu: Ai Carlos isso é falta de porrada, culpa sua acostuma o garoto mal.

Carlos: Porrada o que se liga. ele quer o danone da o negócio dele Karine

Eu: Não Carlos, ele vai aprender de alguma forma, o garoto acabou de tomar uma mamadeira cheia de mucilon.

Carlos: Custa nada cara, vai deixar o menino chorar.

Eu: Chorar não mata ninguém, pode deixar, uma hora ele cansa.

Carlos: Tu é ruim em garota.

Eu: Sou não.

Continuei cortando os legumes, ele olhou a tela do notbook me olhou e fechou a cara saindo da cozinha. ele não quer que eu saia de casa, mas o que eu posso fazer? ficar dentro de casa empurrando um relacionamento falido com a barriga? eu tenho meu senso, o cara não gosta de mim o que eu vou ficar fazendo dentro da casa dele? posso dizer que da parte de ninguém havia sentimento, mas de uns tempos para cá eu comecei a gostar sabe? não é apenas comodismo eu gosto mesmo, mas não vou me sujeitar a ficar com ele se não tem reciprocidade.

Terminei de fazer janta, ele chegou da rua e foi direto pro quarto, passou uns minutos e desceu de short sem camisa pelo jeito não vai sair mais, olhei eram nove e meia, Rafael já tinha jantado estava até dormindo, chamei ele para comer e foi um clima chato demais.

...

Deitei na cama, terminei de responder a Andressa que tinha perguntado do Rafael e Carlos deitou do meu lado, ficou olhando pra minha cara.

Carlos: Até quando vai ficar desse jeito cara?

Eu: Que jeito Carlos?

Carlos: Você sabe do que eu to falando cara, porra. - passou a mão no rosto - eu to pedindo para você sair de casa?

Eu: Não

Carlos: Então pronto cara vai caçar outra casa por que? tem necessidade disso não, seu lugar é aqui cara do meu lado.

Eu: A questão é que não tem mais eu e você Carlos, já acabou faz tempo você não percebeu isso ? - olhei ele - nunca existiu amor você sabe disso, bom, pelo menos não da sua parte.

Carlos: Teu mal é esse cara, fica tirando conclusão precipitada porra.

Eu: Carlos tudo que começa errado,nunca da certo! eu fui a maior filha da puta contigo, me aproveitei do seu pior momento e você se deixou levar, fiz da vida das pessoas alheias um inferno, eu era uma pessoa horrível. Hoje eu vejo o quão errado foi se meter em assuntos que não era meu, viver com um homem que não me ama, a gente se acomodou muito.

Carlos: Vamos recomeçar Karine, porra eu gosto de você cara, tu me faz bem. - alisou meu rosto - a gente tenta mas da maneira certa ta ligada? por favor amor vai embora não, faz isso comigo não.

Eu: Eu não sei Carlos. - suspirei - prometo que vou pensar, tabom ? prometo.

Carlos: Suave então cara.

Ele fechou a cara, virei pro outro lado e fechei os olhos tentando dormir, senti ele me puxando e abraçando minha cintura.

Andressa narrando- meses depois.

Eu estou vivendo os melhores meses de minha vida gente, nunca me senti tão feliz hoje eu posso dizer que tenho minha família. Victor se adaptou muito bem com a gente, quando eu e dedé anunciamos que a gente tinha adotado ele, foi a alegria de todos, minha mãe? mima esse garoto até ele enjoar, minha tia também adorou ter ele entre a gente, os meninos faz de tudo pra ele se sentir avontade, Victor ta todo bobo, toda hora agradece a gente e meu coração fica pequeno.

Já estava esquecendo, Clarinha nasceu está completando 2 meses e o Caleb fez 1 mês preciso nem dizer que estou babando demais né? ai gente são meus pacotinhos de amor.

E eu que estava quase me separando de André achando que ele estava me traindo? pois é, ele estava cheio de mistério mudou a senha do celular e tudo.

Fiquei puta babado, se arrumou pra ir para o baile e mandou eu ficar em casa, agi como se nada tivesse acontecendo, marquei 10 e me arrumei parti pro baile.

Gente minha cara foi no chão e o coração saiu pela boca, ele chamou ferrugem pra cantar, " até que enfim " porra, preciso nem dizer que chorei babado, né? meu pretinho todo trajadinho ajoelhado na minha frente me pedindo em casamento, fiquei feliz para um caralho, principalmente quando eu soube que minha melhor amiga armou tudo junto com ele.

[...]

Andressa- o preço dessa escolha Onde histórias criam vida. Descubra agora