Narrado por Rowena Buchudinha.
Eu não consegui escapar do pesadelo, mas dessa vez, não parecia um pesadelo. Eu consegui chegar no altar com todos vivos, bem e felizes. Dean ao longe regogizando a meta do irmão, Cas e Jack sorrindo bobamente e Sam à minha frente chorando de emoção. Dessa vez o vácuo que tinha do lado esquerdo, ainda estava vazio, mas agora mais alegre, a canção chegava e ecoava belamente. Rose estava do meu lado no altar, tão bonita e fofa sendo minha dama de honra. Dean subiu no altar, no lugar do cerimonialista e soltou uma de suas piadas tão ruins que chegavam a ser engraçadas. Ele recitou a frase "O amor tudo ama, tudo perdoa e tudo suporta" e nos passou a voz parar fazermos os votos.
- Eu prometo te amar na saúde e na doença, da riqueza e na pobreza, nas caçadas ou comendo pizza da estrada, prometo te amar e contigo tudo superar... Pelos resto de nossas vidas e mesmo depois disso... - Eu e Sam dizemos um de cada vez, nossos olhares penetrantes um no outro.
- Eu te amo! - Eu sussurrei.
- Eu te amo! - Ele respondeu.
- Sam, pode beijar a noiva! - Exclamou Dean sorrindo.
Sem hesitar, Sam se inclinou e alcançou meus lábios, os beijando intenso e fervorosamente. Eu abri meus olhos e machucou um pouco por causa da claridade. Os bebês se atrasaram com seu relógio hoje, mas na hora que abri meus olhos eles se agitaram, não tentando me acordar. Eles estavam mais agitados que o normal e eu podia sentir sua animação, porque eu também estava animada, na verdade estava eufórica. Foi como se eu tivesse tido uma revelação, uma epifanía. Eu comecei a rir sem motivo, tão feliz e plena, mas isso caiu quando eu lembrei que Sam estava lá em baixo, provalvelmente ainda com raiva. Eu voltei à vida real, onde Sam não lembrava que me amava e não aceitava que eu o amava. Mas me fez refletir sobre o que ele havia dito na noite passada, sobre o fato de que eu não o amasse de verdade e que só me sentia em dívida com ele. Eu escovei os dentes com esse pensamento. Vesti um vestido soltinho, que mesmo com a barriga, bateu nos meus joelhos. Eu desci as escadas devagar e vi Sam sentado no balcão, comendo uns biscoitinhos com suco, seu olhar queimando de raiva. Eu não disse nada e ele também não. Fui até geladeira e senti seu olhar me metralhar pelas minhas costas. Ficou tudo silencioso como se ele tivesse parado de comer porque eu apareci. Os bebês se reviraram na minha barriga, como que tentando me dizer algo. Eu olhei Sam por cima do ombro e percebi seu olhar ainda irritado. Eu vacilei. Soltei suspiro pesado e como se eu não mandasse mais no meu corpo, meus pés andaram até ele. O balcão o deixou mais baixo, então não precisaria ficar na ponta dos pés, nem fazê-lo se inclinar para me alcançar. Segurei seu rosto entre minhas mãos e o beijei intesamente. Seus lábios confusos sincronizaram com os meus e senti sua mão na minha nuca, seus dedos se prendendo em meu cabelo, deixando o beijo mais demorado.
- Eu te amo Sam! - Eu exclamei quando consegui escapar do beijo. - Eu te amava e sempre vou te amar, independente do que você se lembre sobre nós. Eu te amo porque de repente eu não consigo mais viver sem você, eu não consigo pensar, comer, respirar... Sam você virou meu oxigênio desde a primeira vez que o "eu te amo" saiu da minha boca. E não tem nada que possa mudar isso... - Eu suspirei. - Então não ouse confundir o que sinto por você, com algo que você acha que eu te devo. Nós concordamos de criar novas lembranças, mas só estamos repetindo as ruins...
Eu disse forte, direta e sincera. Não sei como, mas a palavras foram só saindo da minha boca. Foi um pouco clichê e exagerado, mas acho que não poderia espressar o que sinto de outra forma. Eu me afastei de seu corpo, para liberá-lo, mas seus braço se envolveram na minha cintura e me puxaram para seu corpo novamente. Ele me prendeu em outro beijo intenso e só me soltou quando nos faltou ar. Ele me olhou no fundo dos olhos e sorriu.
- Rowena você é a pessoa mais incrível do mundo. Eu não lembro do que nós vivemos, mas o que eu sentia por você ainda está aqui dentro, eu simplismente não compreendia. Mas esses dias com você, intensificaram isso e me fez entender, que a única garota que eu amo é você! Não é atoa que eu me apaixonei de novo por você e me apaixonaria mais mil vezes se for preciso... - Ele sorriu sincero.
- Você tá a-apaixonado por mim? - Eu gaguejei incrédula.
- É claro Rowena! - Ele me olhou óbvio. - Eu só queria entender o que eu não lembrava e mais uma vez você me mostrou a pessoa incrível e maravilhosa que você é! Não existe ninguém além de você Rowena... - Ele suspirou. - E de repente você também se tornou meu oxigênio... - Ele sussurrou.
Eu não conseguia processar isso. Eu tinha feito ele se apaixonar por mim de novo, basicamente sem querer.
- Me perdoa se eu te coisas ruins ontem, eu só... - Ele negou com a cabeça. - Eu só queria entender... - Ele me olhou intensamente.
Minha única reação foi sorrir e envolver meus braços no seu pescoço, encravei minhas unhas de leve na sua nuca e o beijei. Um beijo mais quente, intenso e demorado. A falta de ar nos separou novamente e nos encaramos por um momento, ofegantes e quentes. Sam tirou meus braços do seu pescoço e segurou minhas mãos.
- Eu te amo Rowena McLeod! - Ele sussurrou.
- Eu também te amo Samuel Winchester! - Eu respondi.
Nessa hora o celular tocou. Eu tirei o celular do bolso, era Dean, como sempre interrompendo.
- Alô Dean?! - Eu revirei os olhos e Sam riu baixinho.
- Oi, como vão as coisas por aí?
- Estão indo bem... Sam parece se lembrar de poucas coisas, mas ele está tentando...
- Que bom! Eu só queria saber se estava tudo bem mesmo... - Ele hesitou.
Eu estranhei seu jeito de falar e tampei o celular com a mão.
- Eu volto já... - Sussurrei para Sam e subi as escadas até o quarto. - Qual o problema Dean? - Perguntei direta.
- Eu não sei como fazer com a Rose... - Ele cuspiu a "indireta".
- Dean posições básicas do sexo... - Eu comecei a dizer óbvia, mas ele logo me interrompeu.
- Eu sei como se faz sexo Moby Dick, mas... - Ele hesitou novamente. - Rose parece tão frágil e inocente... - Sua voz ficou frágil. - Pela primeira vez na vida eu estou pedindo dicas de como transar.
- Pelo amor de deus Dean, recomponha-se! - Ordenei e ele deu uma limpada na garganta. - Você não é burro e muito menos inocente, joga o papo direto para Rose. Ela parece ser pequena e frágil, mas dentro daquele pele de metamorfa se esconde uma tigresa e uma tigresa feroz.
- Uma tigresa?! - Dean repetiu.
- E você é o tigrão? - Perguntei sorrindo.
- Sou, eu sou o tigrão! - Exclamou Dean fervoroso.
- Então vai fundo tigrão!
- Eu vou! Valeu Moby Dick!
- Tchau idiota!
Desliguei o celular e desci novamente.
- Problemas? - Perguntou Sam.
- Nada com o que se preoculpar! - Eu sorri e me aproximei novamente. - O que acha de a gente dar uma nadada? - Sugeri inocente.
- Nadar? - Ele repetiu fazendo uma careta.
- Tem a cachoeira de trás da cabana. Você me prometeu que iriamos lá quando voltassemos aqui... - Eu fiz beicinho.
- Se eu prometi... - Ele me deu um celinho. - Vai pegar sua roupa!
Eu sorri e subi para me trocar.
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Desejos Impróprios - Samwena
FanfictionNão sei exatamente como descrever a história, mas é basicamente uma fanfic de Supernatural que irá envolver muito romance, hots, confusões, suspense... Vou tentar ao máximo trazer um bom enredo para a história, alguns otps queridos e bastantes capít...