Capítulo 69

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Narrado por Rowena McLeod.

Estava tudo indo tão bem, o meninos estavam se recuperando bem, Castiel estava conseguindo contato com o céu aos poucos, Rose e Dean o casal mais fofo do mundo, os gêmeos se desenvolvendo rapidamente e tem eu e o Sam, transando toda noite ainda para compensar os meses perdidos. Realmente estavamos bem e felizes, de vez em quando os meninos saíam para resolver casos de sempre, mas Lúcifer tinha voltado para seu covil do mal, bem escondido e longe de nossa localização.

- An... Eu vou deixar Rose no trabalho e depois vou comprar suprimentos, alguém quer ir pra cidade? - Perguntou Dean terminando de tomar seu café.

- Você pode nos dar uma carona até o cinema? - Perguntou Jack olhando sorridente para Castiel.

- Vocês vão ao cinema? - Perguntou Dean surpreso.

- Jack disse que iria me mostrar um filme que saiu recentemente e que iria me provar que doces tem gosto de doce e não de moléculas. - Respondeu Castiel meio envergonhado.

- Isso e no cinema tem muitos doces... - Jack reforçou animado.

- Tudo bem então! - Dean riu. - E vocês? - Dean olhou para Sam e eu.

- Os gêmeos ainda estão dormindo e acho que o bunker precisa de uma limpeza. Aqueles livros estão quase dando uma bronquite de tanta poeira. - Eu respondi e Sam concordou com a cabeça.

- Ah, então boa festa pra vocês! - Dean disse sarcástico e saiu rápido, como que para evitar um convite nosso.

- Tchau gente! - Rose se despediu e saiu logo depois do Dean.

- Até mais tarde! - Cas saiu acompanhado de Jack.

- Será que temos um tempo antes dos gêmeos acordarem? - Sam me perguntou mal intensionado.

- Não senhor! Temos muita coisa pra limpar, e temos que aproveitar que os gêmeos estão dormindo. Essa poeira não faz bem para eles. - Respondi na alta.

- Okay, você que manda! - Ele riu e levantou os braços em sentido de rendimento.

Eu ri de volta e depositei um celinho nos seus lábios. A faxina não demorou tanto, estavamos tirando o pó das prateleiras de livros da biblioteca quando eu ouvi os gêmeos chamarem e corri para pegá-los, logo eu voltei com os mesmos no colo. Eu olhei para Sam que estava muito concentrado em uma das estantes.

- Olha só quem acordou... - Eu tentei chamar sua atenção para os bebês que estavam estranhamente quietos.

- Que porra é essa Rowena? - Sam se virou pra mim ríspido.

- Sam, olha a boca! - Eu o repreendi pelos bebês.

- O que isso significa? - Ele ignorou meu comentário e veio na minha direção com algumas fotos em sua mão, erguendo na minha frente.

A única foto que vi foi uma que me lembro de ter tirado em uma pizzaria em Manhattan, dos gêmeos comendo pizza com Dean e Rose, depois de um caso que resolvemos. Os quatro fazendo caretas engraçadas e segurando um pedaço de pizza. Eu sorri lembrando e coloquei os gemêos no chão para pegar as fotos da mão de Sam.

- Onde achou isso? - Eu peguei as fotos, mas permaneci olhando para a que estava na frente.

- Eu achei no esconderijo de pornô do Dean! - Ele respondeu grosso, o que me fez estranhar sua atitude.

Aparentemente não tinha nada nas fotos, eram simples recordações divertidas de família, nem sei porque não estavam no album.

- Por que você está tão irritado? É só a gente comendo pizza! - Eu perguntei estranha.

- Ah é?! Então olha as outras fotos! - Ele passou a mão no cabelo irritado.

Eu obedeci e troquei a foto. A decepção veio lá do fundo e se compôs no meu rosto.

- Eu vou matar o Dean! - Eu rosnei.

As fotos seguintes não eram da família. Eram fotos que Dean havia tirado para me provocar. O caso estava complicado para se resolver e fui obrigada a dar em cima de uma das testemunhas do caso, o Dean como sempre inconveniente, tirou fotos escondidas de mim dando mole para um velho tarado. Apenas para me provocar depois, como uma pegadinha de mal gosto.

- Eu disse para ele queimar essas fotos! - Eu cuspi analisando as fotos irritada.

- Mandou mesmo? Tem certeza que não queria guardar uma recordação do seu amante? - Sam me olhou desafiador.

- Você tá com ciúmes? - Eu o olhei estranha. - Sam isso foi só uma brincadeira idiota do Dean! - Eu expliquei.

- Jura? Não parecia que você estava brincando com esse aí! - Ele apontou para as fotos na minha mão.

Eu o olhei incrédula e suspirei pesado.

- James, leva sua irmã para o quarto. Daqui a pouco a mamãe vai lá! - Eu pedi, sem tirar os olhos raivosos dos de Sam.

James acompanhou Juliet até o quarto, os dois engatinhando pelo corredor.

- Sam isso não foi nada. Eu só fingi dar em cima dele para ele nos ajudar com o caso. - Eu expliquei ríspida.

- Ah você só fingiu?! E depois, vocês se encontraram às escondidas? - Ele insinuou.

Não conseguia acreditar que era o Sam insinuando essas coisas. Ele nunca tinha agido desse jeito.

- Ah para de criancisse. Você sabe que eu nunca faria isso Sam. Eu apenas fingi tudo e Dean tirou essas fotos para me provocar. Eu juro que não foi nada demais e que mandei Dean se livrar dessas fotos. - Eu tentei me acalmar.

Não tinha motivo para ficar nervosa e tinha que mostrar para ele que também não havia motivo para ele ter ciúmes.

- Sei... - Ele me deu as costas. - Depois você vem e me fala que estava com saudades... - Ele murmurou quase inaudível.

Ele disse pra mim não escutar, mas eu escutei e foi quase um tiro no meu peito.

- Ah não, você não vai fazer isso! - Eu andei até o mesmo e o peitei de frente.

Eu estava irada com as suas palavras e atitudes, não iria me rebaixar a isso. Meus olhos não brilharam como bruxa, mas faiscaram de ira. Nossos olhos não se desviaram um do outro, mas percebi seu punho se apertando e suas veias pulando pra fora em seu rosto.

- Foi você quem foi embora... - Eu comecei a dizer.

- Eu já disse que fui pra deixar você e os bebê seguros! - Ele me interrompeu.

- Fodasse o motivo! - Eu disparei. - Você tinha acabado de se tornar meu marido  deveria ter resistido, ter lutado e ter ficado comigo, mas não, você se rendeu e se deixou ser levado. Eu que fiquei aqui sozinha e quebrada em mil pedaços, e fiz de tudo para colar meus pedacinhos de volta, mas nunca me vendi como uma prostituta para esquecer. Então não venha começar com ciúmes e nem me chamar de vadia. - Eu o olhei irada, meus olhos queimando de ódio.

Eu me afastei e sai do cômodo, esbarrando em seu ombro de propósito.

- Quer saber?! - Eu parei na porta e o olhei, mas o mesmo permaneceu virado de costas para mim. - Depois que resolvemos esse caso, eu entrei na sua mente e falei que imaginei como você teria reagido à esse cara: com ciúmes, de uma forma fofa e engraçada, tentando me defender e manter minha bunda longe das mãos dele. Mas agora acho que você só teria bancado o babaca mesmo. - Eu disse e dei de ombros. - Foi você que se tornou a vadia do Lúcifer! - Eu lhe dei as costas e saí em direção ao quarto dos gêmeos.

Desejos Impróprios - SamwenaOnde histórias criam vida. Descubra agora