Desejos Impróprios - Samwena

Capítulo 32

Narrado por Rowena Buchudinha.

- Eu te amo! - Sussurrei, separando nossos lábios e o olhando intensamente.

- Eu também te amo! - Sussurrou de volta.

- Eu tenho uma surpresa!

Exclamei me levantando da cama, toda nua mesmo, tenho certeza que Sam não se importou com isso. Fui até seu guarda-roupas e peguei uma sacola, bem no fundo, atrás das camisetas. Um sacola rosa e azul, com um desenho de um bebê da frente, indicando a logo marca de uma loja de bebês.

- Eu sabia que você iria querer comprar as primeiras roupas dos bebês comigo, mas... Eu quis fazer uma surpresa... - Expliquei voltando à cama, me sentando ao lado de Sam, o olhando de frente e lhe entreguei a sacola, indicando que a abrisse.

Ele me olhou duvidoso, pegando a sacola da minha mão e tirando dois pequenos borys, para recén-nascidos. Um rosa escrito "Princesa do Papai" e um azul escrito "Principe da Mamãe", em uma letra cursiva e elegante. De tamanhos iguais, ideais para gêmeos. Sam analisou as roupinhas por um instante pensativo, como se tivesse tentando entender o que significava aquilo.

- No dia que eu voltei pra casa, eu passei na obstetra e ela me revelou os sexos dos bebês... - Expliquei tentando ajudá-lo a entender, e como um clique ele se tocou.

- É um menino e uma menina? - Perguntou arqueando as sombrancelhas surpreso.

- Sim! Um casalzinho! - Afirmei sorrindo.

- Vamos ter um menino e uma menina? - Perguntou ele ainda incrédulo e pude ver seus olhos se enxerem d'água.

- É Sam! - Repeti.

Em um suspiro ele me deu mais um beijo intenso e carinhoso. E logo separou nossos lábios novamente, olhando no fundo dos meus olhos. Respirando devagar como se estivesse criando coragem para dizer algo.

- Tudo bem Sam?

- Casa comigo?! - Perguntou ele ansioso.

- O q-quê? - O olhei sem reação?

Ele riu da minha reação e se virou para a mesinha da cabeceira, abriu a gaveta de cima e tirou uma caixinha vermelha de veludo. A quanto tempo isso tava aí e eu nunca tinha visto? Ele abriu a caixinha e revelou três alianças, a da direita, uma fina simples (masculina). As da esquerda, uma mais fina, arrudiada de pequenos diamantes e outros maiores em cima, formando um pequeno circulo brilhante no topo, outra um pouco mais grossa, com um pequeno diamante em cima, as duas alianças femininas, podia-se ser consideradas simples, mas ainda bem chamativas. Fiquei boqueaberta olhando para essas perfeições na minha frente.

- A quanto tempo você ta guardando isso? - Perguntei curiosa, sem tirar os olhos dos anéis.

- Desde um pouco antes de você viajar. Eu ía pedir no dia que voltasse mas... - Ele se interrompeu lembrando.

- SIM! - Exclamei tirando-o dos pensamentos ruins.

- Como?!

- SIM! SIM! SIM! - Repeti várias vezes, bem forte.

Pulei em cima de seu colo de surpresa, enquanto meus olhos se enxia de lágrimas, acho que agora eu poderia chorar.

- Não vai nem me deixar fazer meu discurso? - Brincou.

- Guarde para o dia do casamento! - Respondi sorrindo.

Ele sorriu de volta abaixando o olhar para as alianças. Tirou a primeira, mais fina, a aliança de noivado, e pôs em meu dedo delicadamente, fez o mesmo com a outra, a aliança de casamento, e deu um beijo calmo no final. Sorri emocionada e fiz o mesmo com a sua aliança. Nos encaramos em silencio por um minuto até que Sam se atreveu a quebrar o silencio.