Desejos Impróprios - Samwena

Capítulo 72

Muitos anos depois...

A História dos Irmãos Winchester...
Conta a história de dois irmãos criados como caçadores desde pequenos para encontrar o monstro sobrenatural que assassinou sua mãe e seu pai. Depois de tudo o que passaram, conseguiram matar o monstro e também outros que destruíram outras famílias, venceram vários apocalípses e salvaram centenas de pessoas. Os dois perderam muitos que consideravam família, mas mesmo assim continuaram fortes e sempre acolhendo um ao outro. Ambos chegaram a enfrentar Lúcifer e Deus em pessoa, até que chegou o dia que os dois encontraram suas metades e resolveram formar suas famílias. Mas Lúcifer procriou um filho na qual nunca se importou em criar e amar, meio anjo e meio humano que foi acolhido pelos irmãos e acabou rejeitando o pai biológico, aceitando ser conhecido como meio filho de dois caçadores natos e um anjo rebelde. Lúcifer ficou tão odiado que o próprio filho tenha o prendido na dimensão vazia da morte que jurou um dia encontrar uma saída e se vingar, e esse dia chegou. O senhor das trevas voltou e suas façanhas foram sem limites: o mesmo matou o anjo que era o mais próximo que o garoto tinha de um pai e um mentor; prendeu o filho para torturá-lo pela eternidade e foi atrás da família que os irmãos haviam construído. A esposa do irmão mais novo, para "salvar" seu filho, matou o bebê ainda em seu ventre e Lúcifer ficou tão irado que matou ela também. O irmão mais novo não aguentou a morte de seu filho e de sua amada que se rendeu à Lúcifer e aceitou ser possuído pelo mesmo. O irmão mais velho não suportando a queda do irmão, fugiu com sua esposa e filho enquanto ainda tinham chance de viver. Desde então não se sabe mais deles e o senhor das trevas reinou sobre todos os mundos sobrenaturais: céu, terra, inferno e vazio. Ele usou o próprio filho para procriar novos anjos, mas com sua graça contaminada, se transfomaram em um exército de anti-cristos, criados para destruir os humanos de todas as dimensões que Deus havia criado.
Pelo menos essa é a história que contam, qualquer ser sobrenatural que se preze conhece essa história, mas o que poucoa sabem, é que têm alguns equívocos na história...

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A respiração da garota ofegava sem freio, seu medo saindo de seu corpo em pequenas gotas de suor. Ela tentou se esconder na sala escura, onde a única fonte de luz era a do poste na rua, que entrava pelas frestas da única janela no local, atrás de várias caixas empoeiradas com obejtos de escritório desnecessários pra esse ano, ela se ajoelhou trêmula, e no silencio horripilante daquela sala, a garota conseguiu ouvir os passos lentos se aproximarem, sua respiração ficando fora de controle e seu coração quase saltando pra fora. Ela fechou os olhos, mas quando ouviu as caixas cairem no chão ela os abriu novamente e gritou, alto e agudo de medo.

- SHIIIIIIIIIIII!!! - Uma mão tapou sua boca imediatamente fazendo ela se calar. - Não grita! - Uma voz suave pediu sussurrante, mas não tirou a mão do lugar.

Só então a garota percebeu que estava acompanhada de duas pessoas, aparentemente comuns: uma garota e um menino. A garota se ajoelhou ao seu lado e o menino permaneceu em pé, em sentido de vigia.

- Nós queremos te ajudar, então faz silencio... - A garota pediu e a outra concordou.

- Manda ela se acalmar, da pra ouvir a respiração dela do outro lado da rua! - Disse o garoto em pé, meio grosseiro.

- Respira fundo, você está segura agora! - A garota pediu e tirou a mão da boca da outra que começou a respirar fundo e silenciosa.

- Ele ta vindo! - O garoto entrou em alerta olhando para a única porta da sala.

A menina puxou a mão do outro que se abaixou ao lado da mesma.

- Vai pra trás, e não importa o que você veja, não grita! - A garota sussurrou.

A que ainda estava assustada se afastou para a parede e ficou quieta, observando seus dois heróis a salvarem. Logo se ouviu mais passos, dessa vez mais pesados que fazia o piso ranger. Os dois espreitaram por de trás das caixas e depois foram pra cima. A garota movimentou sua mão e o monstro foi parar pregado na parede, o garoto se aproximou tirou uma faca enorme das costas e fez um corte fino na garganta do monstro que estava raivoso, mas uma estatua pregada na parede. Um tipo de nuvem brilhosa escapou do pescoço do monstro e flutuou até um frasquinho que o garoto segurava perto da sua garganta. Quando toda a nuvem entrou no frasquinho, a garota girou a mão e só se ouviu os ossos do pescoço do monstro se quebrarem, a garota deixou sua mão cair novamente e o corpo do monstro se esparramou no chão. A garota no canto do quarto soltou um leve gemido de susto ao ver a cena e começou a se preoculpar com os dois que a ajudaram.

- Ta tudo bem, ele morreu! - A garota disse calma.

- Você pode levantar agora! - O garoto concluiu, grosseiro novamente.

A garota apenas os olhou chocada.

- Não vamos machucar você, acredite, somos os mocinhos! - Exclamou o garoto guardando o frasquinho no bolso e a faca nas costas novamente.

- Vocês acabaram de matar esse monstro que esta me perseguindo a dias... E nem se quer triscaram um dedo nele... - A garota assustada murmurou trêmula.

- De nada por isso! - Disse o garoto meio ríspido.

- Para de falar assim por favor, o monstro ja morreu, pode parar com a atuação! - A garota revirou os olhos.

- Mas minha performace foi boa não é?! - O garoto desfez sua cara de bruto e sorriu para a garota.

- É, ela foi, pareceu com o titio! - A garota sorriu fraco.

- V-vocês são irmãos?! - Perguntou a garota assustada enfim.

- Ah, desculpa. - O garoto se aproximou, seu andar e sua feição mais calorosa. - Eu sou o Bobby John e essa é minha irmã Rosemary! - Ele sorriu e ofereceu a mão para a garota assustada.

A mesma hesitou, mas ainda sim estendeu a mão e com a ajuda do garoto se levantou. Ela estava mais calma que seu perseguidor estava morto e que o garoto grosseiro não era tão grosseiro assim.

- Meu nome é Elle... - Ela disse fraco.

- Prazer Elle! - A garota estendeu a mão e as duas se cumprimentaram.

Elle encarou os dois cuidadosamente, os dois sorriram calorosos como que dizendo "pode confiar que somos os mocinhos". Elle suspirou e sorriu fraco.