Desejos Impróprios - Samwena

Capítulo 65

Narrado por Rowena McLeod.

- Vamos tomar mingalzinho... - Eu disse para os gêmeos que já estavam nas suas cadeirinhas de refeição.

Eu levantei a colher, mas os dois fizeram uma carinha emburrada e taparam suas boquinhas com as mãos.

- O que foi? Vocês não querem comer? - Eu estranhei, eles nunca recuzaram.

Juliet bateu os punhos na mesinha e bufou, foi muito fofo, mas ela não gostou que eu ri.

- Ba-baaaa! - Ela subiu mil oitavas irritada.

- Okay, okay, se acalma! - Eu abaixei o prato com o mingal. - O que vocês querem?

Juliet olhou para James e James me olhou com a cara fechada. Era incrível como os dois se comunicavam, eu me senti sendo interrogada pelo FBI.

- Paa-pa... - James bufou.

E eu me toquei que na verdade eles queria ver o Sam, com certeza sentiram que ele havia acordado e estavam aguniados para vê-lo. Eu não sabia como eles ainda eram tão apegados com ele, sendo que não passaram se quer um minuto juntos desde de que nasceram, mas já estava na hora disso mudar.

- Tudo bem, o papai ta no quarto acordado, mas eu só vou levar vocês quando os dois comerem tudo! - Eu fiz uma falsa cara de brava e eles riram.

Os dois desfizeram as caras de irritação e abriram a boca facilmente. Realmente comeram tudo, ficaram com as bocas todas lambuzadas, eu as limpei e coloquei James no chão que me esperou pacientemente enquanto pegava sua irmã. Por mais os dois fossem gêmeos, James se desenvolvia mais rápido e mesmo tendo apenas cinco meses, já cuidava da Juliet. Ele sempre esperava ela para brincar, dormir, comer. Nunca a deixa sozinha, principalmente quando eu não estou perto. Ele é como o mini segurança dela. Coloquei Juliet no colo e James engatinhou ao meu lado pelo corredor até o quarto. Quando chegamos na porta, ele se sentou novamente e me olhou curioso.

- Pode bater querido! - Eu pisquei.

Ele riu, se inclinou e deu leves soquinhos na porta, sua mão era tão gordinha que eu mal pude ouvir as batinhas, mas mesmo assim ele riu animado. James estendeu as mãozinhas chamando Juliet, então eu a coloquei no chão também. Sam abriu a porta bem na hora e seus olhos se enxeram de surpresa e emoção vendo os gêmeos sentadinhos sorrindo no chão. Essa cena aqueceu meu coração de uma forma...

- Oii... - Sam sorriu e uma gotinha caiu de seu rosto.

Ele se agachou e estendeu o braço para os bebês, James cavaleiro como sempre, deixou sua irmazinha ir primeiro. Sam a pegou no colo com todo cuidado do mundo e a olhou como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo. James me estendeu as maozinhas pedindo colo e eu o peguei do chão. Sam entrou e sentou na cama com Juliet, eu coloquei James na cama e o pequeno correu para o colo do pai, junto da irmã. Os dois bateram palminha e agarraram o pescoço do pai, pareciam ter realizado um sonho. Sam não conseguia dizer nada além de sorrir e chorar.

- Papai... - James disse olhando para Sam.

- Ai meu deus... Eles nunca tinham dito isso! - Eu sorri emocionada.

- É, é o papai meus filhos! - Sam sorriu bobo.

Aqueceu meu coração novamente ouvindo isso. Parecia que meu coração estava se colando novamente, eu podia sentir ele acelerar e parecia que algo bom me invadia mais. Eu olhei para Sam e para os bebês e percebi que realmente estava completa com eles, e que se perdesse qualquer um, estaria quebrada novamente.

- Eu tenho que comprar suprimentos, você pode ficar com eles Sam? - Os olhos do Sam brilharam nos meus.

- Claro! - Ele disse entusiasmado.